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Campos precisava passar por obras de recapeamento asfáltico, ninguém tem dúvidas disso: mas nas ruas, o boca a boca sobre a demora para a conclusão de algumas obras, por parte da prefeitura, só cresce. Motoristas, motociclistas e até transeuntes... todos se queixam dos grandes buracos deixados pelas máquinas que, há mais de um mês, já retiraram o asfaltamento antigo, expuseram crateras de paralelepípedos e, até agora, não iniciaram os trabalhos em trechos importantes da área central. Exemplos são as ruas Alvarenga Filho (no início da Avenida Pelinca, uma das áreas mais nobre da cidade) e Lacerda Sobrinho, no Centro.

Enquanto isso, motoristas de aplicativo como Carlos Jordão, observam e se perguntam: “Será que precisava de tanto tempo para iniciar novamente os trabalhos nessa rua (se referindo a Alvarenga Filho)?”

Ele continuou a queixa: – Parece que esse pessoal abre e quer expor a obra para mostrar que está fazendo alguma coisa. Acontece que, no meio disso tudo, quem pode perder é a população... Não é a prefeitura que vai arcar com esses custos, então para eles está tudo certo.

A prefeitura de Campos não respondeu às demandas da Folha da Manhã e o questionamento válido de Carlos permanece no ar. Mas ele não é o único. A dona de casa, Graciele Santos, passava a pé para fazer compras na Lacerda Sobrinho quando tropeçou em um buraco: “Não falta tempo para fazerem isso nas madrugadas, essa rua nem é movimentada tarde da noite. Felizmente eu consegui recuperar o equilíbrio, mas será que uma outra pessoa vai conseguir fazer a mesma coisa?”, questionou e indagou, por fim.