Polícia indicia motorista de Hilux envolvido em acidente que matou bebê
Dora Paula Paes 20/01/2022 09:12 - Atualizado em 20/01/2022 09:17
A Policía Civil indiciou por homicídio doloso e homicídio tentado o motorista do acidente que matou a bebê Geovana Alves de Araújo Peixoto, de 1 ano e oito meses, e feriu outras três pessoas, inclusive os pais da criança. A delegada titular da 134ª Delegacia de Polícia, do Centro, Natália Patrão, informou que encaminhou inquérito à Justiça, nessa quarta-feira (19). A investigação também descartou que o condutor estaria alcoolizado. O acidente automobilístico aconteceu no dia 26 de dezembro de 2021, na RJ 216, em Donana, localidade de Campos. A família da criança chegou a fazer uma campanha pedindo justiça. 
Consta no relatório da Polícia Civil que a caminhonete Toyota Hilux, conduzida por M.A.C.S., colidiu frontalmente com o Voyage onde estavam o pai, a mãe da criança e uma amiga da família. "O laudo pericial apurou que M.A.C.S. estava a uma velocidade aproximada de 82,73km por hora no momento do acidente, 37% acima do provável limite de velocidade. A velocidade máxima para as características do trecho da via é de 60km por hora, exceto onde for sinalizado por placas de trânsito", escreveu a delegada no inquérito ao acrescentar que "também havia um declive suave na pista, que não foi considerado como elemento que pudesse contribuir com o acidente".
A Polícia Civil também informou que o condutor da caminhonete chegou a ser intimado para depor e permaneceu calado como lhe faculta a lei. Bombeiros e médicos também foram ouvidos, além de uma testemunha ocular do crime. No inquérito da Polícia Civil não ficou comprovada a materialidade de embriaguez.
Ainda no trecho final do relatório, a delegada explica que "o motorista da Hilux estava dirigindo na contramão de direção, às 23h48, em rodovia importante e movimentada, em cima de uma ponte, sem acostamento e em velocidade acima da permitida". "A conduta insana de M.A.C.S. não pode ser confundida com imprudência, quem dirige nas condições acima citadas, no mínimo, admite a ocorrência do resultado", diz trecho do inquérito.

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