Marcão Gomes: Aumento de combustíveis é pedra no sapato
Marcão Gomes - Atualizado em 20/05/2022 15:10
Marcão Gomes é advogado e suplente de deputado federal
Marcão Gomes é advogado e suplente de deputado federal / Divulgação


Não há como negar que os sucessivos aumentos de preço dos combustíveis é uma pedra no sapato do governo federal. Não é preciso muita matemática para entender que com os combustíveis mais caros, os cidadãos sentem no bolso, diariamente, o impacto de políticas econômicas e a cobrança de impostos vai corroendo cada vez mais o ganho do assalariado.
Para entender um pouco mais esse processo, é preciso voltar ao ano de 2016, quando o país passou a praticar a política de paridade de importação no preço dos combustíveis. Dessa forma, quando os combustíveis saem das refinarias eles saem com o preço já indexado ao barril do petróleo tipo ‘Brent’. Daí, como esse valor é pautado em dólar, e como o real está desvalorizado em comparação a moeda norte-americana, a gasolina acaba ficando mais cara para o consumidor final.
A partir do aumento dos combustíveis, o que percebemos logo em seguida é uma reação em cadeia, influenciando diretamente no valor de alimentos, por exemplo, pois os alimentos são transportados por caminhões que são abastecidos por óleo diesel. Daí o valor da passagem nos ônibus urbanos precisa subir para equiparar os custos das empresas de transporte. Seguindo esse efeito cascata, mesmo quem não tem um veículo sente, e muito, no bolso os aumentos dos combustíveis.
De acordo com o levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) referente aos primeiros dias do mês de maio, o preço médio do litro da gasolina nos postos do Brasil iniciou o mês a R$ 7,55. Esse valor indica uma alta de aproximadamente 0,70% em relação ao mês passado. Já o preço do etanol avançou cerca de 3,69% se comparado ao fechamento de abril, com o litro comercializado a média de R$ 6,15.
Como é notório na imprensa, a queda de braço entre o presidente Bolsonaro e alguns setores responsáveis pelos combustíveis teve mais um capítulo na última semana, quando o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi trocado pelo almirante Adolfo Sachsida, um economista, funcionário de carreira do Instituto de Pesquisa Econômica Avançada (Ipea) e assessor do ministro Paulo Guedes.

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