Justiça Eleitoral marca para quarta a recontagem dos votos em São Fidélis
17/01/2022 20:07 - Atualizado em 17/01/2022 23:17
John de Efinho
John de Efinho / Divulgação
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) marcou para esta quarta-feira (19), às 13h, a cerimônia de reprocessamento da totalização dos votos para vereador em São Fidélis. Com a recontagem, será definido o parlamentar que substituirá John de Efinho (Republicanos). Eleito em 2020, ele perdeu o cargo, em decisão de segunda instância, após condenação do Republicanos por fraude na cota de gênero. Ainda cabe recurso. Enquanto isso, os processos com as mesmas acusações que envolvem cinco partidos e oito vereadores em Campos estão "conclusos para julgamento" e podem ter uma decisão a qualquer momento. A tendência é de que o suplente Chico de Dadal (MDB) herde o cargo.
Em São Fidélis, o Republicanos foi condenado em primeira e segunda instância nas investigações das chamadas candidaturas laranjas. Com isso, John de Efinho, eleito pela legenda, acabou perdendo o cargo.
A relatora do caso no TRE, desembargadora Kátia Junqueira, considerou que, “ainda que, talvez, diretamente não tenha tido benefício, ele indiretamente se beneficiou, na medida em que houve o registro da chapa com aquela composição e viabilizou a candidatura”. Todos os desembargadores seguiram a relatora.
Na mesma ação, também foi mantida a inelegibilidade por oito anos do presidente do Republicanos em São Fidélis, o ex-candidato a prefeito Celsinho Dutra, e das três ex-candidatas do partido que não receberam votos.
Em nota, o vereador disse que irá recorrer. “Iremos recorrer dessa decisão, em que o próprio TRE reconheceu que eu não tive nenhuma participação ou concordei com qualquer prática ilícita. Assim, tenho toda convicção de que permanecerei exercendo o meu mandato legítimo, conseguido nas urnas, pela vontade do povo, e reverteremos essa decisão”.
Em Campos, as ações movidas contra DEM, PSL, PSC, PL e Avante sob acusação de fraude eleitoral estão prontas para serem julgadas pelo juiz Glicério de Angiólis, da 76ª Zona Eleitoral. Todas já tiveram parecer apresentado pelo Ministério Público e a expectativa é de que as sentenças saiam em breve.
O MP se posicionou pela condenação do DEM e PSL nas ações movidas pelo suplente André Oliveira (Avante). Caso isso se confirme, Rogério Maroto (DEM), Marcione da Farmácia (DEM), Nildo Cardoso (PSL) e Bruno Vianna (PSL) perderiam seus cargos.
O DEM é acusado de não atingir a cota mínima de 30% de candidaturas femininas, enquanto o PSL é suspeito de ter montado candidaturas fictícias de mulheres para cumprir a legislação.
Já em outra ação de autoria do ex-vereador Jorginho Virgílio (DC), o MP deu parecer pela absolvição de Avante, PSC e PL.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS