“As palavras ensinam, mas os exemplos arrastam”. Quem nunca ouviu este antigo proverbio atribuído a Confúcio, o qual se aplica nas nossas atitudes quando somos referência para aqueles que nos cercam?

Segundo o mesmo filósofo chinês, um homem mostra superioridade quando começa pôr em prática as suas palavras e em seguida fala de acordo com as suas ações. Nossas palavras articulam-se por conveniência, por convenções e podem ser muito bem dissimuladas por força de nossa vontade, isto é, nem sempre contarão a verdade.

As ações mostram o que há em nossa alma, nossa índole, nossos valores. É muito fácil falar. Mas difícil agir.

Exemplo disso é que cada família tem seus valores e hábitos diferentes uma da outra. Isso é normal e sadio. Ainda bem que existe a diversidade. De fato você aprende que, conforme cresce, seu filho escolherá, conscientemente ou não, imitar suas condutas, e isso poderá até mesmo fazê-lo consciente de alguns comportamentos que não sabia que tinha, mas que em algum momento, são refletidos pelas crianças. Ser pais é ser exemplo até que seu filho possa ter consciência suficiente para moldar seus próprios padrões de vida.

Isso se aplica em diversas situações em nossas vidas. Preciso ser exemplo, para poder exigir algo na mesma medida e proporção. A coerência é a base de qualquer coisa que desejamos formar no outro.

Se quem me cerca acha que o que escuta de mim e o que vê em mim é coerente, provavelmente começará a lapidar suas ações futuras. Se meu próximo me admira e me vê como exemplo, quando se deparar com alguma situação que precisará agir como eu, pensará: será que ele agiria assim? Aí está o desafio e o esforço de ser um molde.

Encerro com uma notável citação do educador e filósofo brasileiro Paulo Freire: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Seja um agente do bem! Não precisa alcançar a perfeição para ser, mas saiba com exatidão o que não quer que os outros se tornem, assim você será a melhor versão de você mesmo.