Morre Dennis Siqueira, serventuário da Justiça de Campos, vítima da Covid
18/09/2021 10:01 - Atualizado em 19/09/2021 09:19
Dennis Siqueira tinha 62 anos
Dennis Siqueira tinha 62 anos / Divulgação
O serventuário da Justiça Dennis Figueiredo de Siqueira, 62 anos, morreu por complicações da Covid-19 na madrugada deste sábado (18), depois de 70 dias internado no hospital Dr. Beda, em Campos. Funcionário do Fórum de Campos, ele começou a carreira no Judiciário atuando em São João da Barra. Antes, também atuou no Banco do Brasil, e também era um amante dos esportes, sobretudo do basquete, que chegou a jogar no Automóvel Clube. Dennis, que faria 63 anos na próxima sexta-feira (24), era divorciado e pai de uma adolescente de 14 anos. Seu sepultamento acontece às 15h, no cemitério do Campo da Paz. No Fórum Maria Tereza Gusmão, onde ele trabalhava, as bandeiras foram colocadas a meio mastro, em sinal de luta, neste sábado.
Dennis foi internado no dia 10 de julho, com quadro de Covid, e logo precisou ser intubado. Durante todo o período de internação familiares e os amigos fizeram correntes de oração pela sua cura, enquanto ele travava uma luta contra o vírus que já ceifou quase 590 mil vidas no país — sendo 1.643 em Campos. Primo dele, o engenheiro Ronaldo Júnior destacou que Dennis era muito querido pela família e cultivava longas amizades:
— É difícil. Dennis era o meu primo mais velho, em uma família muito unida, uma referência da minha vida toda. Muito atencioso com os familiares, com os amigos. Ele cultivava amizades de longas datas. Era uma pessoa de caráter nobre, que era querido por todos os familiares e amigos. Uma pessoa do bem, excelente pai. É uma perda inestimável.
Advogado e procurador do município de Campos, Artur Gusmão é compadre de Dennis, padrinho da única filha dele. Gusmão salientou a retidão e o caráter do amigo, observando ainda que como servidor era muito competente e querido pelos colegas da Justiça de Campos e também da época do Banco do Brasil. “Não sei quando Dênis Siqueira entrou na minha vida, mas sei que nunca mais sairá do meu coração. Presente de Deus! Amigo/compadre, fiel, generoso, leal... homem de palavra, reto, honesto cidadão! Que pai amoroso e dedicado da doce e linda Helena. Quantos encontros para pegarmos as filhas no colégio, quantas conversas, partilhas, confissões, quantos aniversários, páscoas, natais... quanta saudade, quanta dor na despedida física. Ainda bem, que no resta a esperança e certeza do céu, da eternidade. Você foi um guerreiro na luta contra o vírus, batalhou, guerreou...mas chegou a hora de ganhar a coroa dos filhos de Deus”, escreveu Artur.
Gusmão ainda falou sobre a paixão de Dennis pelo o esporte, e ressaltou que o amigo não tinha hábitos prejudiciais a saúde, que pudessem agravar o quadro clínico na luta contra a Covid: “Amava o basquete, o Flamengo, andar de bicicleta, pizza com coca-cola, blues, Jazz, MPB, música de qualidade. Serventuário da Justiça exemplar, amado e respeitado pelos colegas e Advogados. Não transigia com o errado, adorava as ciências exatas, a lógica, a razão. De tudo, fica o grande amigo, pai amoroso, dedicado, que se doou ao seu grande amor, a filha linda e iluminada Helena. Estaremos sempre juntos, unidos no coração e nas orações, até o encontro definitivo no Céu. Descanse em paz, você combateu o bom combate. Muitas saudades”.
Bandeiras a meio mastro neste sábado no Fórum Maria Tereza Gusmão
Bandeiras a meio mastro neste sábado no Fórum Maria Tereza Gusmão / DIvulgação

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