Região aponta a Cláudio Castro prioridades para os recursos da Cedae
Dora Paula Paes 31/07/2021 02:09 - Atualizado em 31/07/2021 02:24
divulgação governo do Estado
O governador Cláudio Castro (PL) estará na região, entre 5 e 7 de agosto, e possivelmente sacramentará o trabalho de alinhamento político e administrativo junto aos prefeitos a 15 meses da eleição. A pedido do governador, a Firjan realizou estudo apontando 22 obras prioritárias no Estado; muitas com verba da concessão da Cedae. A construção da RJ 244 que liga a BR 101, em Campos, ao Complexo Portuário do Açu, em São João da Barra, é uma delas. O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PSD), adianta que espera recursos, mas para agricultura.
Para o prefeito de Campos, os recursos da concessão precisam ser aplicados em três vertentes principais, que são: mobilidade, infraestrutura e vocações regionais que gerem desenvolvimento econômico sustentável; no caso de Campos: a agricultura. “A construção da RJ 244 é uma obra importante, mas que não resolve problemas crônicos de mobilidade observados em Campos. Ela atende a um interesse específico do Porto do Açu. Já relatei ao governador Cláudio Castro outros pontos fundamentais, e esperamos ser ouvidos”, disse Wladimir.
A mesma demanda foi encaminhada à assessoria da prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PP), mas até o fechamento da edição não houve retorno. Porém, a Porto do Açu defende o projeto. “A RJ 244 terá 43 quilômetros de extensão e irá interligar o Porto diretamente à BR 101 Norte, em uma rodovia voltada para o transporte de carga, retirando o tráfego de veículos pesados do perímetro urbano e das outras estradas. A implantação da alternativa viária melhora as condições de segurança de tráfego, otimiza o tempo de deslocamento dos usuários e consolida a conectividade ao Distrito Industrial de São João da Barra e aos terminais do Porto do Açu”, ressaltou em nota.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras (Seinfra) informa que lançará nos próximos dias uma publicação de convocação de editais de obras necessárias nos municípios. Essa publicação poderá coincidir com a vinda de Castro no Norte do Estado. Segundo a pasta, o secretário Max Lemos tem conversado com prefeitos de todas as regiões, a fim de definir prioridades de cada um.
“Neste momento, no Norte/Noroeste Fluminense, temos, através da Companhia Estadual de Habitação (Cehab), a construção de 100 unidades habitacionais em Quissamã, e a expectativa de conclusão das obras de 188 imóveis em Laje do Muriaé”, diz em nota a Seinfra. Quanto à RJ 244, a Fundação Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) respondeu: “A RJ-244 integra o Lote 1 do plano de concessões do setor rodoviário”. A condução do processo está por conta da secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Firjan monta pacote de 22 obras no Estado
Em maio, a Firjan promoveu o evento “Rio Canteiro de Obras”, que debateu a retomada econômica fluminense. O evento serviu para destacar o potencial do setor de Infraestrutura como indutor de recuperação, devido à sua capacidade de geração de empregos, efeito multiplicador na economia e promoção de competitividade.
Nesse contexto, o documento da Firjan, elaborado a partir de um pedido do governador Cláudio Castro, apresentou 22 projetos de Infraestrutura no estado do Rio, que representam R$ 9,4 bilhões em investimentos, com efeito multiplicador de R$ 11,9 bilhões e potencial de geração de 135 mil empregos diretos e indiretos.
O direcionamento da Firjan para Norte e Noroeste do Estado, em sua maioria, trata da questão da adequação do eixo rodoviário, além da concessão de rodovia, como é o caso do Noroeste. Entram ainda no pacote a reestruturação do Distrito Industrial da Codin, em Campos, e finalização da ponte da Integração, que vai ligar São João da Barra a São Francisco de Itabapoana.
Na defesa da importância da RJ 244 para a região, segundo a Firjan, atualmente, o Complexo Portuário do Açu movimenta cerca de 500 caminhões por dia, em sua maioria, pela BR 356. E a RJ 244 terá o papel de tirar o trânsito pesado de dentro da cidade de Campos e reduzir o fluxo na rodovia federal.

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