Um casal preso em um condomínio de luxo em Campos, na última segunda-feira (26), por suspeita de operar esquema fraudulento para transferência de estudantes de medicina, vendia vagas em universidades por até R$ 150 mil, segundo a Polícia Civil. Os suspeitos foram presos durante a operação Dodge, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás com apoio de agentes da 134ª Delegacia de Polícia, de Campos. A Polícia também informou que o casal teria praticado o golpe por todo o país.
Segundo a Polícia Civil, a 8ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Goiânia tomou conhecimento, no dia 13 de julho deste ano, de uma notícia-crime sobre uma pessoa que havia sido vítima de fraude e que culminou na obtenção de vantagem indevida por parte de um casal. A fraude consistia no oferecimento de facilidades para transferência de matrícula de faculdade de medicina cursada no exterior para instituições no Brasil, públicas ou privadas.
Ainda de acordo com a Polícia Civil de Goiás, os suspeitos informavam que as vagas seriam remanescentes, ocasião em que exibiam contratos falsos de prestação de serviços educacionais de graduação em medicina celebrados entre autarquias federais de ensino superior e estudantes. "Todavia, esta facilidade custava entre R$ 30 mil a 150 mil, a depender da classe social da vítima. Com os pagamentos feitos, na conta indicada, os autores cessavam os contatos e ameaçavam as vítimas caso houvesse denúncias às autoridades", informou a Polícia.
Após troca de informações da Polícia Civil de Goiás com as Polícias Civis do Rio de Janeiro, Maranhão, Minas Gerais e Mato Grosso, foi verificado que a dupla praticaria este golpe por todo o país. Com isso, a Polícia Civil de Goiás pediu a prisão preventiva dos suspeitos, cujo mandado foi expedido pela 12ª Vara Criminal de Goiânia. Além da prisão, foram expedidos mandados de busca e apreensão e o sequestro de mais de R$ 1 milhão em bens do casal.
Durante a Operação Dodge, veículos de luxo também foram apreendidos. O casal foi encontrado em um condomínio à margem da BR 356. Os presos estão custodiados no Rio de Janeiro, à disposição do Poder Judiciário.
