Opiniões mantidas mesmo após críticas de especialistas
- Atualizado em 08/05/2021 01:06
As análises técnicas conflitantes com declarações de vereadores, como mostrou o edição do sábado passado (1º) da Folha (aqui), deu o tom às entrevistas do Folha no Ar, da Folha FM 98,3, nesta semana. De quarta a sexta, passaram pelo programa Rogério Matoso (DEM), Nildo Cardoso (PSL) e Leon Gomes (PDT). Apesar das críticas, na maior parte das análises, dos cientistas, eles mantiveram a posição contrária a restrições, como também fizeram nos dois dias anteriores Helinho Nahim (PTC) e Raphael Thuin (PTB) — noticiado pela Folha (aqui) na quarta-feira (5). Todos levantaram a questão do contexto, para alegar que os analistas tiveram visões equivocadas.
Matoso cobrou equilíbrio no debate. Afirmou que não é “negacionista” e que confia na ciência, mas que existem muitas dúvidas com relação a tudo que é feito na pandemia:
— O que estou propondo é que a gente faça uma análise equilibrada, para que a gente não entre no radicalismo e não deixe de enxergar e ouvir as aflições de pessoas que estão passando fome, necessidade, querendo inclusive gerar divisas para o município. No final desse ciclo todo, é quem paga o tributo justamente para pagar vacinas, comprar os insumos, pagar os médicos e cientistas.
Defensor declarado do governo Jair Bolsonaro, Nildo chegou a defender a eficácia de medicamentos sem comprovação científica, mas ressaltou ser também favorável à vacina. Contudo, disse que ainda está decidindo se vai tomá-la. Mais uma vez questionou ou números da Covid e falou sobre as responsabilidades:
— As pessoas estão esquecendo que o Supremo Tribunal Federal deu poder aos governadores sobre o que vai fechar, o que não vai fechar... E esqueceram que, por trás disso aí, existe uma situação financeira à qual, na minha maneira de ver como empresário, o país não vai suportar. Isso aí é uma sangria anunciada. O país não vai suportar.
Leon também falou que não é negacionista. Negou que defenda intervenção militar no governo, mas admitiu que sua colocação pode ter sido mal interpretada devido ao contexto da política nacional:
— Respeito a opinião de todos, mas posso discordar das opiniões. Batem muito na intervenção militar querendo me jogar para um lado ditatorial, e aí eu acho que foi uma análise somente de ideologia política. De todas as falas, uma foi a que mais me fez parar um pouco e pensar: para o momento político que a gente está vivendo no Brasil, talvez a minha fala de questionar a intervenção militar, ditatorial, porque foi um questionamento, não encaixou para o momento real político que estamos vivendo. Foi a fala do Nélio Artiles.
Notas — Os três ainda avaliaram a Câmara e do início do governo Wladimir Garotinho (PSD). Matoso falou em “10 de incentivo” e disse ser pouco tempo para avaliação. Nildo deu 8 “de esforço” para o governo Wladimir, enquanto para a Câmara, 7. Já Leon também deu 8 ao governo Wladimir, mas 8,5 à Câmara.

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