Investigação aponta que jovem que matou namorado agiu em legítima defesa
04/05/2021 15:51 - Atualizado em 04/05/2021 21:01
Coletiva de imprensa na 146ª DP
Coletiva de imprensa na 146ª DP / Rodrigo Silveira
A estudante de Direito G.M.C., de 19 anos, vai responder em liberdade pela morte do namorado, Maurício Pinto Dias, de 22 anos. As investigações apontaram que ela agiu em legítima defesa. O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (3), em um apartamento no Parque São Caetano, em Campos. A delegada adjunta da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), Madeleine Farias, falou sobre o crime na tarde desta terça-feira (4).
Faca apreendida pela polícia
Faca apreendida pela polícia / Divulgação
Segundo a delegada, o casal se conheceu em 20 de junho do ano passado e manteve um namoro conturbado, de “idas e vindas”, com histórico de violência. Inclusive, de acordo com Madeleine, os jovens tinham reatado o relacionamento no sábado anterior à morte do rapaz, com três facadas, que ocorreu após uma briga que chamou a atenção dos vizinhos.
No Instituto Médico Legal (IML), foi confirmado que a jovem tinha lesões pelo corpo, como hematomas, marcas de esganadura e um corte na perna direita.
— A conclusão de legítima defesa não quer dizer que ela não será investigada, processada e julgada. Ela só não será levada à prisão. O inquérito deve ser concluído em 30 dias e passará para o Ministério Público — disse a delegada Madeleine.
Segundo a Polícia Civil, a própria jovem acionou a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros após o ocorrido. Ela contou que seria vítima de agressões por parte do companheiro e, por isso, já havia até saído de casa, inclusive na noite do crime, quando saiu com um casal de amigos que esteve com eles na residência naquela noite.
O registro foi feito na 146ª DP, em Campos, por ter sido a delegadia de área do último fim de semana. Mas, a delegada plantonista Madeleine Farias informou que a investigação foi encaminhada à 134ª DP, do Centro. A apuração ainda incluirá depoimentos à polícia do casal de amigos, de vizinhos e familiares.
Orientação — Na coletiva, a delegada adjunta da 146ª DP disse que, caso alguém presencie uma briga, deve acionar a polícia. “Esse caso, infelizmente, poderia ter tido um desfecho diferente”, declarou Madeleine Farias.

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