Morre Dircélia Cravo, primeira diretora da escola do Carrapicho, vítima da Covid
06/05/2021 09:56 - Atualizado em 06/05/2021 10:32
A professora Dircélia Amaral Cravo, de 58 anos, é mais uma vítima da Covid-19, em São João da Barra (agora, são 112 desde o início da pandemia). Pessoa muito conhecida na cidade, ela foi a primeira diretora da Escola Municipal Amália Soares de Almeida, na localidade do Carrapicho, em Atafona, cargo em que ficou por muitos anos. Profissional da rede municipal desde 1986, mas tendo começado a trabalhar como professora desde 1981, chegou inclusive a lecionar na ilha da Convivência, quando o local ainda tinha muitos moradores e escola. Atualmente, estava na equipe da secretaria de Educação.
É mais uma perda lamentável. De uma família de 12 irmãos, ela tinha perdido um deles, Dirceu, também para a Covid no ano passado. Dircélia foi internada com falta de ar nessa quarta-feira (5), logo precisou ser intubada e acabou não resistindo nessa quinta-feira (6).
Dircélia era conhecida pelo seu jeito descontraído. Além das atividades relacionadas à educação, também era atuante na igreja de Nossa Senhora da Penha, na equipe de liturgia e auxiliando nos trabalhos durante os festejos, quase sempre atuando junto ao pessoal da cozinha e da barraca. Foi também "festeira", não só das festas realizadas na escola, como também em uma época das muitas homenagens a Santo Antônio no município.
Tenho relações pessoais com Dircélia. Prima de primeiro grau da minha mãe, que também é professora e diretora de escola, sempre foi uma figura muito presente e, como dito antes, sempre descontraída, irreverente. Depois, nosso contato ficou mais restrito à participação nas festas de Nossa Senhora da Penha e outras atividades religiosas. A última vez que conversamos foi em uma reunião no mês de janeiro, nos preparativos para um almoço para arrecadar fundos para a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, também em Atafona. E como sempre, o riso rolou solto com as histórias que ela gostava de contar.
Ficam as lembranças e o desejo de conforto a todos os familiares, em especial aos filhos — Lucélia, Lucyanny e Lucian —, frutos do primeiro casamento, aos quatros netos (tendo o mais novo nascido há dois dias) e ao atual marido, Paulo, e à mãe, Elza Amaral.

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    Arnaldo Neto

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