Liceu de Humanidades: primeiros passos
23/01/2021 06:13 - Atualizado em 23/01/2021 06:30
De ELEONORA CRETTON, no blog Dijaojinha:
Saía da Rua São Bento, dobrava a Gil de Góis e seguia até o Liceu. Foi assim durante os quatro anos de ginásio. O primeiro ano, cursado à tarde, os demais, pela manhã.
Minha estreia no Liceu se deu com uma bolada no meio da cara: tão logo entrei, gostava de ver o jogo de queimada ou vôlei das veteranas, no final de um turno/início do outro.
Num desses jogos, tomei uma bolada de ver estrelas. Li-te-ral-men-te. Estrelas multicoloridas. Meus óculos voaram e quase desmaiei, não senti onde estava. Me acudiram e logo, logo, tudo passou, menos a dor no nariz.
No vai-vem da memória, lembro-me do primeiro desfile de 7 se setembro; desfile, não, parada, que é assim que todos chamavam. E a figura de Seu Olimpio é uma das que passeia pelas minhas lembranças.
Exigentíssimo na disciplina e organização das turmas, era ele, com a ajuda de Seu Tacinho, quem nos colocava em ordem, por anos e turmas para desfilar.
Como eu era muito franzina, me recordo que fiquei na ‘rabada’, como se dizia na época. Fui a última aluna do último pelotão de alunos do 1º ano. Ai, que vergonha, não havia ninguém ao meu lado!
No fim do desfile, todos nós, defronte à fachada do Liceu, apreciávamos professores, professoras e funcionários arrumarem-se nas escadarias para o Hino Nacional.
O Prof. Álvaro Barcelos se destacava em seu gesto nobre de cantar com a mão direita recolhida na altura do coração. Há gestos relacionados a pessoas que admiramos e que internalizamos em nossa memória emocional para sempre.
Foi com o Prof. Álvaro que aprendi cantarolando: onde existe um conectivo, antes termina uma oração.
 
 
 
 

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    Saulo Pessanha

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