Maioria na Câmara ainda indefinida
Aldir Sales 18/11/2020 01:40 - Atualizado em 18/11/2020 09:20
A eleição do último domingo confirmou a vontade da população campista que renovou 80% das cadeiras da Câmara Municipal, o que significa que apenas cinco dos 25 parlamentares da atual legislatura foram reeleitos. Com a disputa à Prefeitura ainda aberta no segundo turno entre Wladimir Garotinho (PSD) e Caio Vianna (PDT), também está aberta a temporada de busca pela maioria no Legislativo. Nove vereadores eleitos com apoio de Wladimir, enquanto pelo menos cinco fazem parte do grupo de Caio. Outros 11 nomes ainda não definiram sobre quem vão apoiar, o que deixa o cenário em aberto.
A coligação de Wladimir, formada por PSD, PRTB, PP, MDB, Pros, Podemos e PSC, elegeu dez vereadores, mas Silvinho Martins (MDB) não faz parte do mesmo grupo político. Ainda na fase de coligações, a direção estadual emedebista decidiu caminhar com o deputado para prefeito, mas liberou os candidatos ao Legislativo para apoiarem Dr. Bruno Calil (SD), o que aconteceu com Silvinho.
Os outros nove que compõe o grupo são, em ordem de votação, Maicon Cruz (PSC), Thiago Rangel (Pros), Fábio Ribeiro (PSD), Cabo Alonsimar (Pode), Fred Rangel (PSD), Pastor Marcos Elias (PSC), Dandinho de Alciones de Rio Preto (PSD), Kassiano Tavares (PSD) e Juninho Virgílio (Pros).
Já ao lado de Caio Vianna foram eleitos Bruno Pezão (PL), Nildo Cardoso (PSL), Marquinho do Transporte (PDT), Luciano Rio Lu (PDT) e Leon Gomes (PDT). Filho do ex-deputado estadual Gil Vianna, Bruno Vianna foi o mais votado pelo PSL, que compõe a coligação do pedetista. No entanto, o futuro do jovem vereador de 24 anos – o mais novo da próxima legislatura – ainda é incerto. Questionado, Bruno disse, em nota, que prefere não se manifestar. “Eu prefiro não me posicionar sobre isso, até por respeito as questões partidárias”.
Após a morte do pai, vítima de Covid-19, em maio, a direção estadual do PSL alçou Bruno à presidência do diretório municipal do partido em Campos. Em entrevista no dia 21 de julho no Folha no Ar, na Folha FM 98,3, Bruno havia dito que a tendência da legenda era de apoiar a candidatura de Wladimir Garotinho ou a do prefeito Rafael Diniz, embora ainda estivessem abertos à conversas.
No entanto, o vice-presidente estadual do partido, o deputado federal Felício Laterça destituiu Bruno e indicou o também vereador eleito Nildo Cardoso para o cargo. A intenção inicial era uma candidatura própria a prefeito do ex-comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), Fabiano Santos. Porém, depois de tratativas, o PSL fechou uma composição com Caio Vianna.
Entre os outros dez vereadores eleitos e que ainda não definiram quem apoiar, seis são do grupo do deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) e que estiveram com o candidato a prefeito Dr. Bruno Calil no primeiro turno: Marquinho Bacellar (SD), Igor Pereira (SD), Rogério Matoso (DEM), Marcione da Farmácia (DEM), Silvinho Martins (MDB) e Helinho Nahim (PTC).
Em entrevista nessa terça-feira (17), ao Folha no Ar, o assunto foi a eleição para a presidência da Câmara. Igor Pereira não confirmou, mas também não negou que será candidato. “Acho que cada eleição é uma eleição. Se a gente parar e comentar pelas últimas, o vereador Fred Machado (Cidadania), com todo o respeito, até é uma pessoa por quem tenho um carinho e um respeito muito grandes, foi um dos vereadores menos votados e foi presidente da Câmara”.
Somam-se ao grupo dos indefinidos, ainda, Abdu Neme (Avante), Fred Machado (Cidadania) e Thuin (PTB), que concorreram na coligação de Rafael Diniz, além de Anderson de Matos (Republicanos), que apoiou Tadeu Tô Contigo (Republicanos) na corrida ao Executivo. Juntos, esses 11 vereadores que não estiveram com Wladimir ou Caio no primeiro turno vão definir com quem fica a maioria na Câmara a partir de 2021.
O Avante, de Abdu Neme, faz uma reunião hoje para definir os rumos do partido no segundo turno. Embora não tenha o martelo batido, dentro da legenda existe um movimento anti-família Garotinho, que reforçaria a tendência de uma composição com Caio. Já o PTB de Thuin começou a conversar internamente, mas não fechou questão. De qualquer forma, o entendimento é de coesão e de que a decisão que for tomada será seguida por todos os partidários.
Enquanto o tabuleiro eleitoral ainda se desenvolve com apenas duas peças na disputa de segundo turno à Prefeitura, o tabuleiro do Legislativo já começa a se movimentar de olho no pleito de 29 de novembro e também na governabilidade de quem for eleito.
Prefeitas de SJB e SFI com ampla maioria
Se Carla Machado (PP) já possuía maioria absoluta na Câmara Municipal de São João da Barra, a eleição do último domingo ampliou ainda mais a base de apoio à prefeita reeleita com 69,7% dos votos válidos. Atualmente, são dois parlamentares de oposição: Franquis Arêas (PSC) e Eziel Pedro (PSC), ambos do grupo político do ex-prefeito Betinho Dauaire. Eziel concorreu à Prefeitura e ficou com 10% da preferência do eleitorado, enquanto Franquis conseguiu a reeleição.
Na base governista, foram eleitos os seguintes vereadores: Elísio Motos (PL), Chico da Quixaba (PP), Julinho Peixoto (PL), Analiel Vianna (Cidadania), Alan de Grussaí (Cidadania), Soninho Pereira (PP), Aluizio Siqueira (PP) e Júnior Monteiro (Cidadania).
Enquanto isso, em São Francisco de Itabapoana, a prefeita reeleita Franciamara (SD) também fez ampla maioria, com 11 das 13 cadeiras: Professora Yara Cinthia (SD), Cocóia (PSD), Renato Roxinho (SD), Milsinho (SD), Eleno (SD), Aroldo Leandro (PSC), Mazinho de Caboclo (PSC), Mazinho da Banda (PSC), Isaac Salvador (PSD) e Alexandre Barrão (PSC). Os únicos da oposição são Ralphinho do Aipim (PP), Flor de Guaxindiba (Republicanos) e Fauzi Cherene (PP).

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