Comércio campista sente a escassez de mercadorias
Paulo Renato Pinto Porto - Atualizado em 15/09/2020 22:33
A pandemia da Covid-19 gerou uma crise sem precedentes na economia, mas após a flexibilização com a reabertura de uma gama de atividades, o comércio passou a ter dificuldade com o fornecimento de mercadorias. É o caso das lojas de peças de motos e bicicletas de Campos. “No nosso caso não tivemos dificuldades porque já prevíamos este momento em que as fábricas reduziriam seu ritmo de produção em razão das medidas para evitar aglomerações devido a pandemia. Então, fizemos as encomendas dentro destas previsões”, disse Cinthia Carvalho, gerente de uma loja no centro de Campos.
José Luís Dias, que trabalha também numa loja de peças, lembra um aspecto comportamental por conta da pandemia. “Houve uma intensificação das atividades de lazer ou trabalho com bicicleta e moto que também contribuiu para a demanda. Muita gente já não aguentava mais a quarentena e decidiu pedalar para relaxar e manter a atividade física. Outras, diante do desemprego, passaram a trabalhar com delivery”.
José Luís disse que os fornecedores de peças estão com previsão de entrega de algumas peças para dentro de dois ou até três meses.
O setor de gêneros alimentícios e o de móveis também encontram dificuldades em servir seus clientes devido a falta de mercadorias e também em razão da alta dos preços, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Campos, Roberto Viana. “Nesta fase de reabertura de atividades durante a pandemia tem havido esse desequilíbrio no mercado. Erraram a mão nas exportações, e o que sobrou no mercado interno não atende a demanda”. 

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