Oxigênio extra para o comércio
Paulo Renato Porto
Movimento para o Dia dos Pais
Movimento para o Dia dos Pais / Genilson Pessanha
O Dia dos Pais, a ser celebrado neste domingo, é a primeira data comemorativa após o início das medidas de flexibilização para a reabertura do comércio de Campos. Os comerciantes esperam maior aquecimento nas vendas, mas não o mesmo movimento do ano passado, em razão da pandemia e do comportamento do consumidor, além das medidas de restrição para evitar aglomeração nas lojas. A previsão é de que as vendas fiquem entre R$ 35 e 40 milhões.
— O comércio não agüentava mais ficar de portas fechadas por tanto tempo. A expectativa é de que haja um oxigênio mais animador para respirarmos melhor e possamos caminhar adiante na espera de que os números de infectados e óbitos sejam reduzidos para que venhamos retornar o mais breve à normalidade — disse o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro Abreu.
Movimento para o Dia dos Pais
Movimento para o Dia dos Pais / Genilson Pessanha
Para o presidente, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL), José Francisco Rodrigues, o Dia dos Pais será uma oportunidade para desafogar o comércio que amargava mais de 150 dias de paralisação.
— Esta semana já tivemos um volume de vendas razoável. O consumidor vem de um jejum de compras em razão da pandemia. Acredito que esta demanda reprimida traga impactos positivos no comércio. O consumidor está ansioso, e o ato dos filhos de presentear os pais em seu dia é uma tradição muito forte.
Apesar do ânimo, o volume de vendas não deve ser igual ao aos anos anteriores. Getúlio Rodrigues, empresário do ramo de confecções, acredita numa queda entre 30% e 40% nas vendas comparado ao movimento do ano passado. “Ao invés de otimista, prefiro ser realista. Os efeitos da pandemia são inevitáveis, há muita gente desempregada”, resumiu.
Getúlio, porém, acredita no advento da internet para impulsionar as vendas. “No ano passado, tivemos um aumento de 20% nas vendas online. Este ano, aposto num aumento para 30% a 40%. O campista já está acordando para as vendas por e-commerce que já avançou bastante no país e no mundo”, admitiu.
Shoppings e restaurantes de olho na data
Os shoppings também se prepararam para a data. “O Dia dos Pais sempre representou a oportunidade de um aumento expressivo nas vendas. Mesmo com esta pandemia, estamos tendo bom movimento com as ofertas de nossas lojas, sempre imperdíveis para aqueles presentes, desde aquele pai sofisticado, aquele mais descolado ou esportista, mas também o que ama um churrasco. Temos presentes para todos os tipos, estilos e jeitos. Nossas lojas estão funcionando de segunda a sábado, de 12h às 20h”, informou o CEO Talles Barreto, da Metro Malls, gestora do Shopping Avenida 28. Outro setor que vive a expectativa da data é o de bares e restaurantes. O segmento que reabriu as portas na sexta-feira adotou rígidas medidas sanitárias de acordo com o decreto municipal. Outros optaram pelo serviço de delivery, como o Piccadilly, que somente irá retomar suas atividades em março.
O proprietário Pery Ribeiro informou que, durante este período, a casa dispensou 20 funcionários e manteve apenas o pessoal que trabalha na cozinha.
Movimento de R$ 18 bilhões nas vendas
Pelo menos 58% dos brasileiros pretendem presentear no Dia dos Pais este ano, o que significa que 91,2 milhões de consumidores devem ir às compras. É o que aponta pesquisa realizada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). A previsão é de que a data deve movimentar R$ 18 bilhões no varejo.
Os consumidores se dividem entre presentes mais ou menos caros. Júlia Lima, 26 anos, moradora de Guarus, tem hábito de presentear. Familiares e amigos, todos merecem atenção e a famosa “lembrancinha”. Para não estourar o orçamento, ela não escolhe presentes caros, mas algo com valor simbólico.
— Vou comprar camisas personalizadas para os dois (marido e o filho), com frases que enaltecem a paternidade— afirmou a cabeleireira, que deve gastar em torno de R$ 150,00 com os presentes.
A consumidora Carla Cabral, de 21 anos, esteve numa joga especializada em roupas masculinas no Boulevard Francisco de Paula Carneiro, no Centro. “Vim comprar uma bermuda para meu filho de cinco anos presentear o pai. É uma agrado e também ele está precisando”.
Juliana Paes, 36, aproveitou tranqüilidade no movimento para as compras. “Já comprei o presente do marido e para os filhos presentearem o pai. Apostei em uma calça e uma blusa, e vou comprar o presente do meu pai”.

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