Orlando Portugal pede afastamento temporário da presidência da CDL
Paula Vigneron 08/05/2020 15:21 - Atualizado em 08/05/2020 16:53
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, Orlando Portugal, pediu afastamento temporário do cargo, sem previsão de retorno, nessa quinta-feira (7). Ele foi reeleito em novembro de 2019. Quem assume a presidência da entidade é José Francisco Rodrigues, que ocupava a vice-presidência na gestão de Orlando.
— Vou cuidar dos meus negócios, porque está muito difícil. Também tenho problema de pressão arterial e pedi o afastamento temporário para que eu me cuide um pouco. Mas é muito mais em função das minhas empresas, que estão precisando muito de mim neste momento. Esta é a grande questão — comentou.
Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) do Rio de Janeiro, Marcelo Mérida afirmou que o afastamento temporário não resultará em alterações na entidade, que será comandada por José Francisco.
— A própria instituição tem o dever, nesse momento de licença, de ter uma estrutura que funciona normalmente para dar continuidade. Agora, nós temos que pensar em todos os entornos que, por conta dessa pandemia, estão demandando as instituições e realmente sobrecarregam o presidente, sem dúvidas. Isso acaba afetando diretamente a saúde. O presidente da CDL de Niterói também se licenciou. O motivo dele foi estafa, questão de saúde. As demandas não são pequenas. A gente torce pela recuperação e que as coisas continuem caminhando normalmente.
Portugal participou das reuniões com o prefeito Rafael Diniz (Cidadania) no final de abril para discutir a reabertura do comércio. O então presidente da CDL levou ao governo a proposta de reabertura total do setor, porém, ouviu de Rafael que qualquer retomada das atividades consideradas não essenciais só poderia acontecer após a finalização do hospital de campanha do Governo do Estado.
Orlando Portugal foi reeleito no dia 26 de novembro. Na ocasião, ele fez um balanço do mandato finalizado em 2020, afirmando que a diretoria tinha “a missão dessa integração da CDL com os comerciantes, tanto da área central como das adjacências, e grande parte disso nós conseguimos”.
Em entrevista ao Folha no Ar, nessa quinta-feira (7), ainda à frente da CDL, ele comentou sobre as perspectivas de venda no Dia das Mães, com previsão de queda de 75% em relação ao ano passado, reforçou a necessidade de consumir produtos do comércio local por meio de delivery ou retirada no estabelecimento e analisou a relação dos representantes do setor empresarial junto ao poder público no acompanhamento das medidas de restrição e também para flexibilização para alguns segmentos do comércio.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS