Projeto de lei pode obrigar escolas particulares a reduzirem mensalidades
28/03/2020 09:28 - Atualizado em 28/03/2020 09:30
Reduzir mensalidades
Um projeto de lei, em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), pode obrigar as escolas particulares fluminenses a reduzirem suas mensalidades em pelo menos 30%, enquanto durar o plano de contingência do novo coronavírus da secretaria estadual de Saúde. A medida visa contribuir com os trabalhadores que ficaram sem renda ou tiveram o salário reduzido devido à necessidade de isolamento para evitar a contaminação. O projeto é de autoria do presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), em colaboração com os deputados Rodrigo Bacellar (SD) e Dr. Serginho (Republicanos).
Validade da lei
O projeto deve ser votado na quarta-feira pelo Legislativo. E, se aprovado, demandará sanção do governador Wilson Witzel (PSC). Pelo texto, as unidades de ensino que possuem calendário escolar regular, com férias no meio do ano, poderiam aplicar o desconto a partir do 31º dia de suspensão das aulas. Já as creches, internatos e demais instituições que seguem calendário ininterrupto de aulas ficariam obrigadas a dar o desconto imediatamente após a data da publicação da proposta. O descumprimento implicaria na aplicação de multas. Com a liberação para o retorno às aulas, a lei seria automaticamente cancelada.
Restrições mantidas
Witzel vai editar um decreto mantendo por mais 15 dias as medidas restritivas no estado, com objetivo de combater o coronavírus. O anúncio foi feito ontem, durante videoconferência com prefeitos da Região Metropolitana. O detalhamento das medidas será anunciado na segunda. Segundo nota no Twitter oficial do governo do estado, os prefeitos que participaram da videoconferência demonstraram apoio e reafirmaram que vão seguir as recomendações do governador. O estado do Rio registrou, até ontem, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, 493 casos confirmados e 10 mortes por coronavírus.
Arrependido
O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, reconheceu, na quinta, que errou ao apoiar a campanha “Milão não para”, que, lançada há um mês, estimulou os moradores da cidade a continuar as atividades econômicas e sociais, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. No início da divulgação da hashtag na internet, em 26 de fevereiro, a Lombardia, região setentrional da Itália, tinha 258 pessoas infectadas pelo vírus, e o país inteiro contabilizava 12 mortes. Um mês depois, Milão era a província da Itália mais atingida pela Covid-19, registrando 32.346 casos de pessoas contaminadas e 4.474 óbitos.
Confirmado
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, de 55 anos, está infectado com o coronavírus, de acordo com uma nota do governo divulgada ontem. O político conservador teve sintomas leves e vai se isolar. Matt Hancock, ministro da Saúde, também está com Covid-19. Em uma rede social, Johnson afirmou que nas últimas 24 horas ele apresentou sintomas leves e seu teste para a doença Covid-19 foi positivo. Ele agradeceu o sistema público de saúde do Reino Unido por estar trabalhando para ajudar o país a atravessar a pandemia, e reiterou que ficar em casa é fundamental para impedir o espalhamento do vírus.
Perda
O artista plástico Daniel Azulay, de 72 anos, morreu na tarde de ontem, na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio, onde estava internado há duas semanas. O artista lutava contra uma leucemia e contraiu o novo coronavírus (Covid-19), que acabou agravando o quadro do paciente. Entre as crianças, a obra de Daniel Azulay que fez mais sucesso foi A Turma do Lambe Lambe. Criada em 1975, o programa ficou no ar durante 10 anos, primeiro na antiga TV Educativa (TVE) e depois na Rede Bandeirantes, sempre apresentada por Daniel Azulay, que mostrou o mundo do desenho e da arte para milhares de crianças em todo o Brasil.
Marcou época
A volta à televisão ocorreu em 1996 com o programa Oficina de Desenho Daniel Azulay na Band. Entre 2003 e 2004 foi ao ar no Canal Futura o programa Azuela do Azulay. Entre 2006 e 2007 foi lançada uma série de minicurtas em animação para a TV Rá-Tim-Bum. Azulay influenciou a geração dos anos 80, que aprendeu com ele a desenhar, construir brinquedos com sucata doméstica e a importância da reciclagem e sustentabilidade em defesa do meio ambiente. Recentemente, viajava pelo mundo expondo, fazendo palestras e conduzindo workshops de arte, educação e responsabilidade social.

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