Após o juiz aposentado Pedro Henrique Alves, que em entrevista publicada na página 3 desta edição confirmou estar pensando em uma pré-candidatura a prefeito de Campos pelo SD, outro nome dos órgãos de atuação judicial também está sendo cogitado para disputar a eleição majoritária do município: o delegado federal Paulo Cassiano. A possibilidade andou circulando nas redes sociais da planície goitacá na última semana. Ouvido pela coluna, Cassiano não confirmou, nem negou. Na dúvida, uma certeza: se encampar e levar adiante a ideia, ele terá que se licenciar da Polícia Federal (PF).

Além de obrigatório, o pedido de licença de Cassiano em uma eventual candidatura seria eticamente necessário. Ele já foi designado para chefiar as investigações das eleições de outubro nos 18 municípios pelos quais a delegacia da PF de Campos é responsável. Embora tenha atuado na política estudantil, quando cursou Direito da Uerj, ele não é filiado a nenhum partido. E, por enquanto, não tem o aval de nenhuma liderança política de peso, como é o caso de Pedro Henrique, convidado a disputar a Prefeitura de Campos pelo deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) e pelo presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT).

A região teve um exemplo recente de policial federal exitoso na disputa de eleições. Em 2018, o delegado da PF de Macaé Felício Laterça (PSL) foi eleito deputado federal na onda do bolsonarismo que varreu as eleições daquele ano, no Estado do Rio e no país. Sem ligação formal com Jair Bolsonaro (sem partido), que deixou o PSL por conta da disputa pelas milionárias verbas do fundo partidário com a cúpula da legenda, Cassiano é evangélico, nicho da população que é uma das bases de apoio do presidente. De perfil diferente, mas também agente da PF local, Roberto Uchoa é pré-candidato a vereador em Campos.

Uma audiência que iria acontecer no Ministério Público, no último dia 10, para discutir problemas referentes à área de Postura em Campos foi adiada para o dia 8 de abril. O inquérito civil público foi instaurado após a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) questionar junto ao MP o “dever de fazer” da superintendência de Postura no sentido que o órgão cumpra as normas estabelecidas por ele próprio, no que se refere aos ambulantes que se estabelecem nas ruas do Centro da cidade.

O presidente da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, Cristiano Miler, participou do III Colégio de Presidentes de Subseção, no Rio de Janeiro, onde debateu assuntos de interesse da advocacia, inclusive os atos publicados pelos Tribunais relativos ao combate ao Covid-19. Dentre as pautas apresentadas pelo presidente, inclui à criação do Juizado Especial da Fazenda Pública em Campos, bem como as melhorias das condições de trabalho para os advogados nos presídios do município.

A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro manifestou inconformismo em relação à suspensão, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, de audiências e sessões de julgamento de primeiro e segundo graus de jurisdição, inclusive os administrativos, pelo período de 60 dias a contar desta segunda-feira. Em nota oficial, a OAB sugere ao TJ a instalação de gabinete de crise para a avaliação periódica da situação, com a participação efetiva da instituição, da Defensoria Pública e do Ministério Público.

Ontem completou dois anos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e muitas perguntas continuam sem respostas. Sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-policial Élcio Queiroz serão julgados pela autoria do crime, mas ainda não há esclarecimento sobre quem seria o mandante. Em Campos, para marcar a data, um ato foi realizado embaixo da ponte Leonel Brizola. Uma faixa com a pergunta “Quem mandou matar Marielle?” chamou atenção de quem passava pelo no local. Para homenagear a vereadora, um grafite com o rosto dela foi pintado em um dos pilares da ponte.