Ex-prefeito de SFI defende uma oposição unida
Arnaldo Neto 12/03/2020 07:48 - Atualizado em 08/05/2020 17:26
Pedrinho Cherene participou do Folha no Ar
Pedrinho Cherene participou do Folha no Ar / Genilson Pessanha
Ex-prefeito de São Francisco de Itabapoana, Pedrinho Cherene (ainda MDB) é pré-candidato ao mesmo cargo na eleição deste ano. Sua pré-campanha ganhou um “gás”, como ele afirmou nesta quinta-feira ao Folha no Ar, da Folha FM 98,3, com a recente decisão da 10ª Vara de Fazenda Pública que anulou o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que recomendou a reprovação das suas contas de 2016, seguido pela Câmara — o que o deixaria inelegível por oito anos. No seu grupo político, Cherene afirmou que o nome do candidato sairá de um consenso e que se não for ele o candidato, vai para rua com a mesma disposição. Pedrinho também comentou, de forma crítica, sobre a gestão da prefeita Francimara Barbosa Lemos (SD) e a polarização entre as famílias que impera há décadas no município.
Pedrinho Cherene disse que as informações sobre a prestação de contas do ano de 2016, último de sua gestão, ao TCE, ficou a cargo da equipe da atual gestão, pelo princípio da continuidade administrativa. O ex-prefeito afirmou que desde 2017 vem enfrentando dificuldades para ter acessos a documentos para sua defesa e que tinha certeza de que conseguiria reverter o quadro, após suas contas serem reprovadas pela Câmara, seguindo parecer do TCE, na Justiça. Ele usou um exemplo do que teria acontecido durante a prestação de contas:
— A atual administração tinha informado ao TCE, por exemplo, que eu tinha deixado como herança uma despesa de mais de R$ 10 milhões, dívida, sem o devido registro contábil. Esses valores não estariam empenhados, não estariam liquidados, nem pagos. Foram 20 planilhas preenchidas pela atual administração, com diversos fornecedores, apontando essa situação. Consegui provar, um por um, e o Tribunal de Contas, naquela ocasião, entendeu que esses R$ 10 milhões eram zero.
A decisão da Justiça que o colocou de novo no páreo, segundo Cherene, foi bem recebida por seus aliados. “Faço parte de um grupo formado por nosso maior líder, Pedro Cherene (pai de Pedrinho e prefeito do município de 2001 a 2008), lá em 1996. Com prazer que eu falo, que foi o prefeito que mais realizou. A gente tem um grupo bem consolidado, é logico que foi recebido com bastante entusiasmo. É um gás a mais”, afirmou.
Questionado sobre o dualismo entre as famílias Barbosa Lemos e Cherene na política do município, Pedrinho afirmou que todas as gestões têm erros e acertos, mas que todas deixaram sua contribuição para o município. Sobre a administração de Francimara, disse que
Além das pré-candidaturas da própria Francimara, de Antônio Marcos Papinha (PSL) e de Thaise Manhães (PMB), o grupo de Cherene tem mais dois postulantes a disputar a Prefeitura: Marcelo Garcia (PSDB) e o empresário José Renato Pontes, que é cunhado de Pedrinho. O ex-prefeito afirmou que a decisão sobre o nome sairá do grupo: “A política é a arte de conversar e dialogar. A gente tem conversado desde o ano passado com o Marcelo Garcia, tenho conversado desde o ano passado, e aí por uma questão familiar, por estar mais próximo, o próprio José Renato. A gente entende, sempre falou desse mesmo assunto, que a unidade da oposição é importante, além de discutir os problemas da cidade e as soluções que a gente possa trazer”.
Confira a entrevista: 
 
 

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