Bolsas europeias despencam e Argentina fecha fronteiras por 15 dias
16/03/2020 08:30 - Atualizado em 04/05/2020 21:52
Temor  pelo coronavírus tem afetado economia mundial
Temor pelo coronavírus tem afetado economia mundial / Jorge Araújo /Fotos Publicas
Nesta segunda-feira (16), as principais bolsas de valores do mundo enfrentam mais um dia de forte queda, devido aos impactos da propagação do novo coronavírus. O fato acontece depois que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anunciou nesse domingo (15) mais um corte – o 2º em 12 dias – na taxa de juros do país, que foram reduzidas para próximo de zero.
A reação dos mercados também se relaciona à divulgação de dados apontando que a produção industrial da China caiu ao ritmo mais acentuado em 30 anos e à ampliação de medidas restritivas para frear o avanço do coronavírus, incluindo confinamento obrigatório da população e fechamento de fronteiras em diversos países.
De acordo com o G1, na Europa, o índice pan-europeu STOXX 600 desabou 8,2%, para o menor nível desde novembro de 2012.
Já no Brasil, as atenções da semana se voltam para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anuncia na quarta-feira (18) a nova taxa básica de juros. Com a decisão do Fed, aumentam as apostas do mercado de um novo corte na Selic, atualmente em 4,25%.
Argentina fecha fronteiras
A Argentina decretou nesse domingo (15) o fechamento das fronteiras como medida de precaução diante da pandemia de coronavírus, anunciou o presidente Alberto Fernández em entrevista coletiva.
— Nos próximos 15 dias, ninguém poderá entrar no país, exceto argentinos e estrangeiros residentes —afirmou o presidente. "O coronavírus não vem apenas da Europa e está começando a afetar os países vizinhos e a nós mesmos", acrescentou.
Fernández destacou que as aulas foram suspensas em escolas públicas e privadas até 31 de março como forma de prevenção.
Após uma reunião com autoridades e especialistas em saúde, o presidente afirmou que os parques nacionais também serão fechados, que aqueles com mais de 65 anos serão licenciados de seu trabalho e que os eventos que reúnam grande número de pessoas serão suspensos.
— Tudo indica que o que precisamos fazer é minimizar a circulação do vírus. Fazer tudo que for possível para que o vírus não circule entre nós — disse Fernández. "Temos que ganhar tempo para poder gerenciar melhor a questão da saúde", afirmou.

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