Operação em novo trecho da aviação comercial, mais horários de voos e um novo terminal de passageiros prestes a ser inaugurado. Os investimentos feitos após a concessão à Infra Aeroportos já refletem na rotina do Aeroporto Bartolomeu Lisandro e da cidade de Campos neste início de ano.

Por muito tempo tendo apenas a BR 101 como acesso à capital do estado, a população campista conta agora com dois voos diários da Azul para o Rio de Janeiro, um de manhã e outro à noite, de segunda a sexta-feira, com e sem escala em Macaé.

A partir de março mais uma facilidade para o usuário do trecho: os voos, que hoje chegam e partem do Aeroporto Tom Jobim (Galeão), voltarão, em 30 de março, para o Santos Dumont, atendendo a uma demanda dos passageiros de Campos, que assim já desembarcam no coração do Rio .

De acordo com a Azul, a mudança para o Santos Dumont visa a atender a conexão de passageiros que precisam se deslocar para outras cidades, além do Rio. “A ligação com o Santos Dumont proporcionará ao cliente conexões para outras 11 cidades atendidas pela empresa desde o aeroporto do centro da capital”, informou a empresa.

A demanda no município também foi percebida pela Passaredo (VoePass), que neste mês anunciou investimento na região e começará a operar no trecho Campos x Congonhas-SP no dia 29 de março. A companhia disponibilizará um voo diário, exceto aos sábados.

Com maior rotatividade, outra vantagem para os usuários foi a queda nos preços das passagens. No trecho Campos x Rio, a Azul já oferece bilhetes com valor mínimo de R$ 154,96 e a Passaredo inicia sua operação com tarifas a partir de R$ 199,99.

— A demanda é crescente, o que levou ao aumento nos horários de voos da Azul para o Rio, desde o início do mês, e despertou o interesse da Passaredo em começar a operar no trecho Campos x São Paulo. Esse novo trecho facilita a rotina de empresários que precisam se deslocar até o principal centro econômico do Brasil e funciona como uma porta de entrada para receber investidores em potencial. Os novos vôos melhoram a movimentação do aeroporto e, consequentemente, da economia da nossa cidade — destacou o superintendente do aeroporto, Cipriano Oliveira.

— Mais opções de voos facilita receber empresários de fora com interesse em investir na cidade — disse o presidente regional da Federação das Industrias do Estado (Firjan), Fernando Aguiar. (A.N.)

O Bartolomeu Lisandro recebe, ainda, uma média de três voos diários da companhia de táxi aéreo CHC, que faz o transporte dos trabalhadores offshore da Shell. E para atender com maior conforto aos usuários, a Infra investiu em um novo terminal de passageiros, cuja obra está prevista para ser entregue na segunda quinzena de março.

Destinado aos voos offshore, o espaço terá capacidade para quatro companhias aéreas operarem (salas de briefing), duas lanchonetes, um saguão de passageiros, uma sala de embarque e uma sala de desembarque.

O aeroporto de Campos também contará com um novo Parque de Abastecimento de Aeronaves (PAA), que será operado pela Air BP, com capacidade de armazenamento de 200 mil litros de querosene e 20 mil litros de gasolina de aviação, aumentando a capacidade de abastecimento do aeroporto.

O projeto ainda prevê a reforma dos hangares, o que possibilitará o aluguel dos espaços para aeronaves particulares, que também costumam utilizar o aeródromo.

Até o momento, as obras do novo terminal de passageiros e do novo PAA já geraram cerca de 200 postos de trabalho.