Ponto Final - G8 e oposição impõem nova derrota a Rafael
19/12/2019 08:19 - Atualizado em 19/12/2019 08:35
Pacificador
A sessão de ontem na Câmara começou com a certeza de uma nova derrota do prefeito Rafael Diniz (Cidadania) nas votações dos três últimos projetos do seu pacote de contingenciamento. O racha na base governista já estava exposto oficialmente desde a última terça-feira. Para quem acompanha o Legislativo, a figura pacificadora do presidente Fred Machado (Cidadania) tende a ser muito mais presente a partir de agora. Com a aproximação do ano eleitoral, os ânimos dos vereadores se afloram e a grande presença de público com as votações importantes neste final de ano deixam alguns parlamentares ainda mais entusiasmados.
Exemplo
É muito importante para os vereadores manter a calma e a postura em momentos tensos. Mas um episódio, já na parte final da sessão de ontem, chamou a atenção negativamente. Marcelle Pata (PL) acompanhou a base governista nas votações. Em meio a provocações de manifestantes na plateia, ela diz ter sido ameaçada por uma pessoa do público e, exaltada, se retirou do plenário dizendo que iria prestar queixa na delegacia, o que é totalmente legítimo. Em um ambiente que precisa ser democrático, os parlamentares precisam dar exemplo para não “inflamar” o público e provocar atos lamentáveis como o que aconteceu com Marcelle.
Malabarismo
Dois terços das prefeituras do Brasil devem pagar os salários de dezembro em dia e 26,8% dependem de receitas extras para o pagamento, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) em 4.618 municípios, ou seja, 82,90% dos 5.568. Diante do cenário de crise, uma das soluções encontradas para atrasar a folha de pagamento do pessoal é a postergação dos pagamentos de fornecedores. Quase metade, 48,3%, afirmaram que estão com pagamentos de fornecedores atrasados. É a velha história que trata de “despir um santo para vestir o outro”.
Ilhas de prosperidade
O empresário Belmiro Gomes, presidente da Assaí, rede de atacado que acaba de erguer sua bandeira em Campos, acrescentou um aspecto de particularidade de cada região do país na análise que fez da crise nacional. “Nós apostamos nesse período de maior recessão. Obviamente que a crise no Brasil não é uniforme. Há estados que sofreram mais, principalmente os que ficaram dependentes de royalties. A distribuição dentro do Brasil é muito diferente. No Centro-Oeste faltam pessoas para trabalhar. Não tem crise, nem desemprego. As regiões mais impactadas foram os estados do Nordeste e o Rio de Janeiro.
Preço baixou
O mercado do boi gordo teve preços de estáveis a mais baixos ontem. O ritmo de negócios foi fraco no decorrer do dia, com frigoríficos atuando de maneira retraída na compra de boi, segundo comentaram ontem analistas entrevistados pelos canais de informações do setor. Os frigoríficos, principalmente os grandes, já estão com suas programações fechadas até a virada de ano. Alguns frigoríficos de menor porte continuam com escalas curtas, o que pode resultar em atuação um pouco mais agressiva por estes nas compras nos próximos dias. O mercado parece estar encontrando um ponto de acomodação após a volatilidade das últimas semanas.
Impeachment
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, ontem, o impeachment do presidente Donald Trump. Os deputados aprovaram dois artigos para cassar Trump, um por abuso de poder e outro por obstrução ao Congresso. O julgamento segue agora para o Senado, de maioria republicana, e existe a expectativa de que comece em janeiro de 2020. O Senado dos Estados Unidos é quem decide, por maioria de dois terços, se vai afastar, ou não, o presidente Donald Trump do seu cargo. Esta é a terceira vez que há um processo de impeachment na história americana, mas nunca nenhum presidente foi cassado.
Discussão
A votação foi conduzida pela presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi. Os democratas afirmam que Trump cometeu crimes e contravenções pressionando a Ucrânia a divulgar dados comprometedores sobre o principal rival democrata de Trump para ajudar sua campanha de reeleição e que obstruiu o Congresso atrapalhando as investigações sobre suas condutas, acusações que constam, respectivamente, no primeiro e no segundo artigos julgados. Já os republicanos, partidários de Trump, argumentam que a maioria dos democratas estava envolvida em uma “caça às bruxas” contra um presidente que temem não poder derrotar.

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