Ponto Final - Agenda positiva dos irmãos Garotinho em Brasília
- Atualizado em 12/12/2019 08:59
Agenda positiva
Depois de um dia com agenda negativa, com o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para o retorno do casal Garotinho à prisão, os filhos tiveram uma agenda positiva. A deputada federal Clarissa Garotinho (Pros) foi eleita, ontem, presidente da Comissão Especial que vai analisar o Projeto de Lei 1.440/2019, que cria o Fundo de Desenvolvimento Econômico da Região do Norte e Noroeste Fluminense. De autoria do deputado federal Wladimir Garotinho (PSD), o projeto classifica os municípios dessas regiões como áreas de semiárido. A mudança na classificação possibilita importantes mecanismos de crédito com juros mais baixos.
Dados da estiagem
Clarissa lembra que a estiagem de 2017, por exemplo, gerou perdas consideráveis para o Norte e Noroeste do Estado do Rio: 20 mil cabeças de gado foram perdidas, gerando um prejuízo de R$ 70 milhões; o abastecimento de água ficou bastante comprometido; e 14 municípios da região decretaram situação de emergência. A comissão foi instalada no dia 30 de novembro e terá 40 sessões. Caso seja aprovado, sem recurso para votação no plenário da Câmara dos Deputados, o projeto vai direito para o Senado. O relator na comissão é também do Rio de Janeiro: o deputado federal Felício Laterça (PSL), campista com base eleitoral em Macaé.
Chegou para dar show?
Em seu blog, hospedado no Folha 1, Frederico Monteiro relata que, querendo dar “show”, prefeito de Nova Friburgo, Renato Bravo (PP), promoveu modificações no governo na última semana. Entre as mudanças, uma velha conhecida na cidade campista assumiu um cargo de relevância: Patrícia Cordeiro foi nomeada na secretaria de Comunicação. Aliada fiel da família Garotinho, teve uma gestão polêmica à frente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL). Em 2017, a Justiça admitiu uma investigação contra a ex-presidente da fundação por suspeita de ter contratado de maneira reincidente a banda do ex-marido.
Turbulência
A chegada de Patrícia coincide com o período de um racha político entre o prefeito e o presidente da Câmara de Nova Friburgo, Alexandre Cruz (Cidadania). Por lá, a repercussão da entrada de uma garotista no governo tem causado bastante burburinho. Cruz, não poupou críticas a maia nova “aquisição política” de Renato Bravo: “É uma lástima que o prefeito traga uma aluna da escola Garotinho para nossa cidade. Esse nome já diz por si só. Depois de estar em um governo que afundou Campos, espero que não aconteça o mesmo aqui”.
Por onde anda?
Há quem aposte, em Nova Friburgo, que Patrícia chegou com potencial para dar as cartas na gestão. Quando estava na Prefeitura de Campos, ela era muito próxima de Rosinha e da assessora especial da então prefeita, a hoje vereadora afastada Linda Mara Silva. A ex-presidente da FCJOL foi para Prefeitura de Nova Friburgo, já Rosinha, enquanto aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido da PGR, anuncia sua venda de doces gourmet no Rio. E depois de 64 dias foragida, condenada à prisão na Chequinho, por onde anda Linda Mara?
Betinho comenta
O ex-prefeito de São João da Barra Betinho Dauaire, funcionário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro desde à época que seu pai, Alberto Dauaire, era deputado estadual, divulgou um vídeo, em grupos de WhatsApp, ontem, comentando a reportagem da TV Globo que apontou, na semana passada, supostas irregularidades em sua vida funcional. Segundo a matéria, Betinho recebeu integralmente o salário, mesmo com a comissão permanente de licitação, onde está lotado, só tendo iniciado os trabalhos no final de fevereiro. De acordo com Betinho, ele só começou a fazer parte da comissão em abril.
Escolhas na Alerj
Sobre a questão das férias, três seguidas, o ex-prefeito de SJB disse não ter gerencia ou influência sobre o setor que deferiu os pedidos e lembrou que não há ilegalidade no ato. Betinho informou, também, que o pedido foi para tratamento de saúde. Pai do deputado estadual Bruno Dauaire (PSC), o ex-prefeito sanjoanense fez questão de lembrar que desde o primeiro mandato do filho não fez parte de nenhuma assessoria que estivesse relacionada a ele, para evitar conflitos éticos ou que gerassem dúvidas na opinião pública.

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