No primeiro dia de sessão após o arranca-rabo entre os vereadores José Carlos (DC) e Cabo Alonsimar (PTC) no plenário da Câmara de Campos, não houve sessão. Alguns poucos parlamentares estiveram ontem no Legislativo, mas o quórum não foi atingido. Na última quarta-feira, os dois trocaram ofensas e os demais integrantes da Casa precisaram se levantar para apaziguar os ânimos. José Carlos acusou Alonsimar de “não acrescentar nada”. Na sequência, o político do PTC respondeu: “Acho que até a excelência, quando se olha no espelho, tenta se engolir de tão ignorante”.

A crise no PSL só expõe o racha dentro do partido desde o início dos mandatos dos deputados estaduais e federais. São 12 representantes em Brasília e outros 12 na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Com votações expressivas em todas as esferas do poder público, as divergências internas sempre ficaram claras. Na Alerj, por exemplo, houve desentendimentos desde a formação da mesa diretora, quando o partido, com a maior bancada, não se decidiu sobre uma candidatura própria, acabando isolado e sem nenhum cargo importante. Na briga entre bolsonaristas e bivaristas, a cotação está bem dividida entre os fluminenses.

A prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco (DEM) receberá, hoje, a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria concedida pela Alerj. A indicação é do deputado Gil Vianna (PSL) e a cerimônia acontecerá no Palácio Tiradentes, na Praça XV, no Rio de Janeiro. Como a coluna anunciou ontem, na solenidade de hoje também será homenageado, por indicação do mesmo deputado, será homenageado o delegado titular da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), Pedro Emílio Braga.

Na sessão de ontem, a Alerj aprovou por 34 votos favoráveis, 30 contrários e uma abstenção as contas do último ano da gestão de Luiz Fernando Pezão (MDB) e de Francisco Dornelles (PP), referentes ao ano de 2018. A matéria foi votada em discussão única e será promulgada pelo presidente da Casa e publicada no Diário Oficial do Legislativo nos próximos dias. A decisão dos deputados contraria o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que recomendou a reprovação do relatório referente ao ano que Pezão nem chegou a concluir o mandato, uma vez que foi preso pela Lava Jato há quase um ano.

A Comissão de Orçamento da Casa já havia emitido, no mês passado, o parecer favorável às contas. Na ocasião, o relator do projeto, o deputado campista Rodrigo Bacellar (SD), justificou o parecer com base no momento histórico vivido pelo então governo desde 2014. Ontem, no plenário, o presidente da Comissão de Tributação, deputado Luiz Paulo (PSDB), declarou voto contrário à aprovação, dando ênfase ao descumprimento dos índices constitucionais de investimento em Educação (25%) e Saúde (12%).

Se a votação fosse apenas entre os parlamentares que representam o Norte e Noroeste Fluminense, a aprovação das contas de Pezão e Dornelles seria com uma vantagem mais ampla. Relator do projeto pela aprovação na Comissão de Orçamento, Rodrigo Bacellar manteve sua posição. Da região, também votaram pela aprovação os deputados Bruno Dauaire (PSC), líder do partido do governador Wilson Witzel na Casa, Gil Vianna, João Peixoto (DC) e Jair Bittencourt (PP). Os macaenses Chico Machado (PSD) e Welberth Rezende (PPS) foram contrários a provação.

O governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da secretaria de Estado de Fazenda, informou ontem que vai quitar amanhã — décimo dia útil, conforme prevê o calendário oficial — os salários de outubro para 466.657 servidores ativos, inativos e pensionistas. O dinheiro começa a circular na praça um dia antes do feriadão prolongado da Proclamação da República. Segundo o governo do Estado, o valor líquido da folha de outubro é de R$ 1,8 bilhão. Os pagamentos serão efetuados ao longo do dia, mesmo após o término do expediente bancário.