Ponto Final - Promotora pede afastamento do caso Marielle
02/11/2019 08:51 - Atualizado em 22/11/2019 14:16
Fora da investigação
A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho pediu, ontem, o afastamento das investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a morte da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, executados em 14 de março de 2018. Ela pediu para deixar o caso após a repercussão de posts em redes sociais que mostram seu apoio a campanha do então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). A informação foi confirmada pelo MP e pela própria promotora, em carta aberta. A Corregedoria-Geral do MP instaurou procedimento para análise das postagens de Carmen.
Coletiva sobre prova
Carmen participou, com outras duas promotoras do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de uma coletiva sobre o caso na quarta-feira, um dia após o Jornal Nacional, da TV Globo, mostrar que o porteiro do condomínio de Bolsonaro citou o presidente como quem tinha liberado a entrada de Élcio de Queiroz — suspeito do crime contra a vereadora e o motorista — no condomínio onde mora Ronnie Lessa, outro preso pelos assassinatos. Na coletiva, as promotoras afirmaram que um áudio provava que o Élcio teve sua entrada libe-rada por Ronnie.
Apoio da Amperj
Na quinta-feira, o MP recebeu questionamentos sobre o fato de Carmen ter feito campanha para Bolsonaro na cor-rida à presidência — como mostraram o The Intercept Brasil e a Folha de S.Paulo. No mesmo dia, em uma reunião tensa no MP, a promotora se recusou a sair do caso. Ontem, a Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Amperj), apresentou “seu irrestrito apoio ao trabalho” das três promotoras no caso Marielle. A nota diz ainda que “críticas e comentários à atuação” “fazem parte do ambiente democrático”. Porém, ressalta que “comentários desrespeitosos e ofensivos” “comprometem o salutar debate”.
Desfecho
Apesar do apoio da associação, Carmen deixou o caso. Em carta aberta, ela afirma: “Em razão das lamentáveis tentativas de macular minha atuação séria e imparcial, em verdadeira ofensiva de inspiração subalterna e flagrantemente ideológica, cujos reflexos negativos alcançam o meu ambiente familiar e de trabalho, optei, voluntariamente, por não mais atuar no caso Marielle e Anderson”. No texto, a promotora destaca que “não há, nesses 25 anos, um só episódio que tenha sido apontado como comprometedor de minha imparcialidade na atuação funcional”.
Voos diários
A Azul anunciou ontem o voo diário, de segunda-feira a sexta-feira, de Macaé para o aeroporto do Galeão, no Rio, a partir de 09 de dezembro. Haverá um voo direto do Galeão para Macaé às 10h, com chegada às 10h50. E um voo de Macaé para o Rio, com conexão em Campos, decolando de Macaé às 11h20, pousando em Campos às 11h50 e saindo do Bartolomeu Lisandro às 12h20 para chegar no Galeão às 13h20. A partir de 02 de fevereiro, assim como em Campos, Macaé passará a ter dois voos diários, de segunda a sexta, da Azul, para o Galeão. Os preços serão a partir de R$ 130,25.
Triangular
Os voos serão operados pelo ATR 72-600 da Azul, com capacidade para 70 assentos. Haverá serviço de bordo, com snacks e bebi-das à vontade e sem custo adicional. Na verdade, a companhia aérea fez uma rota triangular entre Campos, Macaé e Rio, com dois voos diários conectando as cidades, alternando ora para Campos, ora para Macaé, o privilégio de ter o voo direto, garantindo um deles pelo menos, por dia, por cidade, em cada sentido, com o avião sempre “pernoitando” no Galeão.
Startups
Com objetivo de desenvolver a tecnologia em Campos, gerar emprego e exportar inovação, foi lançado pelo prefeito Rafael Diniz (Cidadania), ontem, na Uenf, o “Programa Municipal de Apoio a Startups”. Para a criação do programa, um termo de cooperação técnica foi assinado entre Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), superintendência de Ciência, Tecnologia e Inovação e a Incubadora de Empresas (Tec Campos). A iniciativa visa ao crescimento de novos negócios de tecnologia e inovação no município.

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