Familiares, amigos e pacientes se despedem de João Bousquet
Paula Vigneron e Virna Alencar 16/09/2019 11:32 - Atualizado em 20/09/2019 13:53
Morreu, na noite desse domingo (15), o médico ortopedista João Peralva Bousquet, aos 71 anos. Ele estava internado no Hospital Doutor Beda, onde sofreu um choque séptico, e lutava contra um câncer de pâncreas há seis meses. A informação foi divulgada em primeira mão pelo blog Ponto de Vista, de Christiano Abreu Barbosa. O velório aconteceu no Anfiteatro Professor Jair Araújo Júnior, na Faculdade de Medicina de Campos (FMC), e o médico foi sepultado no início da tarde desta segunda-feira (16), no cemitério do Caju.
Formado na primeira turma da FMC, João atuou no serviço público e era sócio-proprietário da Clínica Santa Helena. Ele também lecionou na instituição de ensino por décadas e foi o chefe da cadeira de Ortopedia. O profissional deixou quatro netos e dois filhos, Marcos e André, que também seguiram a carreira médica.
Para o ortopedista Marcos Bousquet, o pai deixa não apenas um legado profissional, mas também pessoal e de inspiração para a família.
— Meu pai foi uma pessoa que influenciou toda a nossa família na formação, na união e, sobretudo, nos princípios morais e éticos que nos formam. É uma perda irreparável. Ele vai fazer muita falta para a gente. Meu pai foi professor-chefe da cadeira durante décadas. Com isso, nós seguimos a carreira médica e a especialidade de Ortopedia. Também somos professores da faculdade, seguindo os passos dele. Meu avô era empresário, mas meu pai optou pela carreira médica. Ele se dedicou integralmente à Medicina, especialmente à clínica, na qual trabalhou do início da carreira até os últimos dias. Deixo o nosso “muito obrigado” a tudo o que ele representou — afirmou Marcos.
Presente à cerimônia, Pompeo José Bravo, amigo de longa data de João, ressaltou que o caráter e a dedicação do médico eram algumas de suas principais características.
— João é uma pessoa que deixou um legado muito grande. Era um excelente amigo, um profissional gabaritado. Ao longo da sua jornada na FMC e como sócio-proprietário da clínica Santa Helena, ele sempre procurou atender a todos, indistintamente. Até os atendimentos sociais eram bem realizados por ele. Como amigo, não tenho palavras para qualificá-lo porque ele era perfeito. Sempre que precisávamos dele, estava pronto a atender, tanto na área médica, quanto na hora do lazer ou como amigo. Ele sempre compartilhava conosco, só trazendo alegria. Missão cumprida, mas deixa muita saudade — declarou.
O sepultamento aconteceu por volta das 13h30, no Cemitério do Caju, e foi marcado por aplausos. Na ocasião, o filho André Vieira Bousquet agradeceu, em nome da família, a presença dos amigos, grande parte da área médica, e a FMC, que cedeu o espaço para a realização do velório.
— É um momento difícil para a família, de dor, perda, mas ao mesmo tempo a gente vê o carinho que meu pai tinha através de tantas pessoas que estiveram presentes conosco para dar um abraço, um apoio. Deixo o meu agradecimento, em nome de toda família. Entre as suas características marcantes, destaco o amor, a dedicação à família, a devoção a gente, aos filhos, um exemplo de pessoa honesta, direita e trabalhadora. Agradeço a faculdade, onde meu pai se formou, foi da primeira turma e, hoje, eu e meu irmão somos professores — disse.
O médico Jair Araújo disse que João se destacava por ser um profissional excepcional e solidário com seus pacientes e amigos.
— João nunca perdeu a gentileza, a cordialidade e atenção para com seus pacientes, a qualidade do trabalho que ele sempre desempenhou e a discrição. Ele era uma pessoa muito discreta e solidária. Quero ficar com essa imagem dele — afirmou.

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