Porto do Açu: crescimento com foco no baixo carbono
24/05/2025 08:42 - Atualizado em 24/05/2025 08:42
Divulgação Secom Porto do Açu
Um dos mais novos portos do Brasil, o Açu, em São João da Barra, já é economicamente vital para o desenvolvimento econômico do país e do norte fluminense. Em operação há 10 anos, se consolidou como principal vetor de oportunidades e catalisador de projetos e atuação industrial, gerando empregos, impulsionando a cadeia de fornecedores locais, atraindo investimentos e impostos para a região.
“Temos um compromisso em priorizar a atração e desenvolvimento de talentos e fornecedores locais, contribuindo para a economia regional. Queremos gerar oportunidades onde estamos instalados, com ações para fortalecer o empreendedorismo e a qualificação profissional. Queremos crescer impulsionando também o desenvolvimento das comunidades do entorno do Açu”, ressalta Eugenio Figueredo, CEO do Porto do Açu.
Com operações contínuas, soluções customizadas e localização estratégica, o Porto do Açu movimenta diferentes tipos de cargas e produtos essenciais.
“O Açu nasceu com vocação para servir à indústria de óleo e gás. E estamos expandindo. Temos infraestrutura completa para escoar todo o tipo de carga, incluindo a produção do agronegócio. Desde 2020, incluímos o Rio de Janeiro no mapa do agro no Brasil e temos ampliado nossa atuação no setor”, pontua Eugenio.
Divulgação Secom Porto do Açu
Hoje, o Açu é o segundo maior porto do Brasil em movimentação de cargas, atrás apenas de Santos. Em 2024, foram 78 milhões de toneladas de carga movimentadas. Por lá passam cerca de 40% das exportações brasileiras de petróleo bruto, pelo terminal da Vast. O Açu abriga a maior base de apoio a plataformas de óleo e gás no mundo e o maior parque termelétrico da América Latina, construído e operado pela Gás Natural Açu, a GNA. Também conta com 11 Terminais de Uso Privado (1/3 dos disponíveis no Rio de Janeiro). Outras 28 companhias instaladas estão algumas das líderes globais estão no complexo.
Atualmente, os setores de mineração e O&G são os maiores responsáveis pelo dinamismo do porto. Ao mesmo tempo, o Açu já se prepara para o futuro da energia, e trabalha com a realidade da transição energética e na atração da cadeia de valor do hidrogênio de baixo carbono.
“Estamos prontos para ser um porto-indústria e abrigar um ecossistema com integração de negócios. Ao contrário de outros portos do mundo, que não têm espaço para onde crescer, o Açu tem 44 km2 de área disponível para alocar empresas e projetos que atendam o objetivo de transição energética”, reforça Eugenio.
No complexo portuário, o futuro já uma realidade prestes a ser consolidada. Único porto do país a contar com uma área pré-licenciada para projetos de hidrogênio de baixo carbono, o Açu aposta neste insumo como indutor da neoindustrialização. São 1 milhão de metros quadrados de área pronta para a instalação de companhias que estejam interessadas atingir as ambiciosas metas globais de carbono zero dos próximos anos.
“Os projetos de hidrogênio de baixo carbono no Porto do Açu estão em diferentes fases de maturidade. O hub pré-licenciado será alimentado pelas plantas de energia solar e eólica offshore, que serão instaladas em alto-mar. Essa integração proporciona maior circularidade, eficiência e sustentabilidade. Tudo com a possibilidade de ser interligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), cujas linhas já existem para receber a energia gerada pelo parque termelétrico abastecido por gás natural. Dessa forma, será possível a compra de energia elétrica limpa certificada. E, em um segundo momento, a energia limpa produzida no Porto poderá ser repassada também para o SIN”, projeta o CEO do Açu.
Em consonância com a necessidade de transição energética e das exigências de descarbonização em curso no mundo, a aposta é no hidrogênio verde como um insumo fundamental para uso industrial no Brasil. Ele pode ser usado para produzir amônia verde, metanol verde, óleo vegetal hidrotratado, fertilizantes e HBI (ferro briquetado a quente), empregado nos alto-fornos das siderúrgicas.
A área do hub já está totalmente reservada para duas empresas que desenvolverão plantas de renováveis na área do Porto: Fuella AS para implementar uma usina de amônia verde de até 520 MW, baseada em eletrólise de água e a HIF Global para desenvolver uma instalação de e-Metanol, com aplicações que abrangem desde o transporte até a geração de energia.
 
Divulgação Secom Porto do Açu
 
Indústria & desenvolvimento
Além da atração de novos players para a ocupação da retroárea industrial disponível, o Açu deve iniciar, ainda esse ano, a ampliação da área de pré-licenciamento de hidrogênio de baixo carbono, atendendo à grande demanda.
Com mais empresas interessadas em se instalar no porto, aumenta também a demanda por mão de obra local. Hoje já são 7 mil colaboradores que atuam todos os dias no empreendimento portuário, 70% de São João da Barra e Campos.
A instalação dessas plantas, usinas e a materialização destes projetos trará mais oportunidades de capacitação e formação, fazendo o Norte do estado do Rio a região mais pujante do país.
Atenção do governo - A interlocução da Prefeitura de São João da Barra com o Porto do Açu também ocorre. “O complexo portuário do Açu hoje é uma realidade que atrai olhares externos para a cidade, nos colocando cada vez mais na rota do desenvolvimento e também das energias renováveis. Há necessidade de um crescimento sustentável”, destaca a prefeita Carla Caputi.
 
Novas oportunidades de negócios
No que diz respeito aos projetos de geração de energias renováveis, o Porto do Açu tem algumas peculiaridades que lhe favorecem além do espaço disponível para abrigar usinas e fábricas. Ele está em uma área de grande irradiação solar e com excelente quantidade, velocidade e constância de vento — acima de 60%, maior do que a média mundial. Para captação de vento onshore é considerada uma das melhores do mundo. Outras localidades no Brasil com boa quantidade e velocidade de vento não têm a constância registrada na região do Porto do Açu.
Em relação à energia eólica offshore, o objetivo é tornar o Açu a principal base de apoio para parques eólicos marinhos na Região Sudeste e um hub de apoio ao desenvolvimento de parques eólicos marinhos. A distância de futuros parques eólicos offshore (20km) e águas rasas, fazem do Porto do Açu uma infraestrutura competitiva para reduzir tanto os investimentos de longo prazo quanto as despesas operacionais de curto prazo do projeto. 

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