Artista fidelense integra exposição inédita do Centro Cultural Banco do Brasil
25/08/2025 16:55 - Atualizado em 25/08/2025 16:55
Obra “Abaporu” de 2010
Obra “Abaporu” de 2010 / Divulgação
O artista visual Alexandre Mury, natural de São Fidélis (RJ), participa da exposição “MEME: no Br@sil da memeficação”, projeto inédito realizado pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) com itinerância pelas unidades de São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. A mostra, com entrada gratuita, abre no CCBB São Paulo nesta quarta-feira (27) e segue até 3 de novembro, reunindo nomes consagrados da arte contemporânea brasileira e criadores de conteúdo que marcaram a cultura digital recente. No núcleo “Da versão à inversão”, Mury apresenta duas de suas obras mais reconhecidas: “Abaporu” (2010) e “Cristo Redentor” (2010), ambas já integradas a importantes coleções museológicas e particulares.
Com curadoria de Clarissa Diniz e Ismael Monticelli, e colaboração do perfil @newmemeseum, a exposição parte de um olhar crítico sobre o Brasil na era da internet, explorando como o humor, a apropriação e a circulação em rede transformam imagens em potentes instrumentos de narrativa, crítica social e construção de identidade.
Sobre as obras, o "Abaporu", de Mury, está no MAM-RJ e no Museu da Fotografia Fortaleza. Já o "Cristo Redentor" encontra-se no Museu de Arte do Rio. Bom destacar que "Abaporu" de Mury esteve em 2013 no CCBB Rio de Janeiro, na exposição "Virei Viral" de grande sucesso, com outra curadoria. As fotografias, concebidas como autorretratos performáticos, retomam ícones visuais da cultura brasileira — o célebre quadro modernista de Tarsila do Amaral e o monumento carioca projetado por Heitor da Silva Costa — para construir uma reflexão sobre identidade, memória e iconofagia cultural.
Obra “Cristo Redentor” de 2010
Obra “Cristo Redentor” de 2010 / Divulgação
Embora tenham alcançado grande repercussão nas redes sociais, as obras de Mury transcendem o registro rápido e efêmero dos memes. Sua elaboração envolve rigor conceitual e pesquisa iconográfica, operando simultaneamente com ironia e reverência histórica.
Para Mury, participar desta mostra é também um gesto de afirmação do potencial crítico das imagens virais: "O fato de uma obra ganhar circulação como meme não a esvazia; pelo contrário, amplia sua potência simbólica. O desafio é manter a integridade artística e aproveitar essa difusão para gerar novas leituras".
Com informações de assessoria

ÚLTIMAS NOTÍCIAS