Candidatos impedidos de entrar em comunidades de Macaé por não pagarem taxa ao tráfico
02/10/2018 | 08h21
Por não pagar uma “taxa”, o candidato à Assembleia Legislativa, o vereador de Macaé, Marcel Silvano (PT), foi impedido por traficantes de entrar na Nova Holanda no último sábado (29) e conversar com os moradores do local. “Fui informado de que só poderiam entrar os candidatos que pagassem uma taxa. Fiquei ainda mais horrorizado com a possibilidade de alguém ajudar a financiar o crime organizado dessa maneira”, declarou.
E a situação não é inédita: Também vereador e candidato a deputado estadual, Valdemir da Silva Souza (PHS), o Val Barbeiro, confirmou ter vivido situação semelhante. “Em uma ocasião, fui impedido de panfletar nas ruas e, em outra, arrancaram os adesivos do meu carro para que eu pudesse entrar em uma certa comunidade”.
A Câmara divulgou uma carta de repúdio. Confira a sua íntegra abaixo:
A Câmara Municipal de Macaé torna pública manifestação oficial à população macaense para o processo eleitoral que ocorre no próximo domingo.
Cumprindo o papel de zelar pela democracia e pela livre manifestação e escolha do cidadão por seus candidatos, o Poder Legislativo vem a público repudiar a prática política que busca, pelo poder econômico, impedir o livre trânsito de candidatos e cidadãos a regiões que sofrem a influência de facções criminosas.
Essa prática política de aliar candidatos e crime dá resultados muito negativos para toda a sociedade. Prejudica qualquer debate sobre direitos de cidadania, em especial, a melhoria de condições de vida das populações mais pobres. Assim como inviabiliza qualquer política de superação da violência.
O fato se torna mais grave quando um vereador em pleno exercício de seu mandato é impedido de acessar bairros do município. Essa situação é inaceitável!
A Câmara Municipal de Macaé orienta cada eleitor, cada cidadão macaense a aprofundar suas análises e pesquisas sobre o histórico dos candidatos e a avaliar com muita atenção se o candidato em que pretende votar adota essa inaceitável prática.

Os vereadores de Macaé se manifestaram, na sessão desta terça-feira (2), sobre a tentativa de facções criminosas impedirem que parlamentares e candidatos a cargos públicos entrem em algumas localidades durante o período de eleições. Foi aprovada uma nota de repúdio a pedido do vereador Marcel Silvano (PT), que denunciou a situação em plenário.

Segundo Marcel, que também é candidato a deputado estadual, ele foi impedido por agentes do tráfico de entrar nas Malvinas no último sábado (29) e conversar com os moradores do local. “Fui informado de que só poderiam entrar os candidatos que pagassem uma taxa. Fiquei ainda mais horrorizado com a possibilidade de alguém ajudar a financiar o crime organizado dessa maneira”, declarou.

O vereador Valdemir da Silva Souza (PHS), o Val Barbeiro, também postula uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e confirmou ter vivido situação semelhante. “Em uma ocasião, fui impedido de panfletar nas ruas e, em outra, arrancaram os adesivos do meu carro para que eu pudesse entrar em uma certa comunidade”.

Para Maxwell Vaz é lamentável que candidatos tenham que pagar pedágio ao tráfico para conversar sobre suas propostas com os moradores das áreas de periferia. “Isso é muito grave, pois impede o diálogo e a livre escolha da população”, advertiu.

A carta de repúdio à ação que compromete a democracia e o livre exercício do voto popular foi aprovada por todos os parlamentares presentes. Confira a sua íntegra:

A Câmara Municipal de Macaé torna pública manifestação oficial à população macaense para o processo eleitoral que ocorre no próximo domingo.

Cumprindo o papel de zelar pela democracia e pela livre manifestação e escolha do cidadão por seus candidatos, o Poder Legislativo vem a público repudiar a prática política que busca, pelo poder econômico, impedir o livre trânsito de candidatos e cidadãos a regiões que sofrem a influência de facções criminosas.

Essa prática política de aliar candidatos e crime dá resultados muito negativos para toda a sociedade. Prejudica qualquer debate sobre direitos de cidadania, em especial, a melhoria de condições de vida das populações mais pobres. Assim como inviabiliza qualquer política de superação da violência.

O fato se torna mais grave quando um vereador em pleno exercício de seu mandato é impedido de acessar bairros do município. Essa situação é inaceitável!

A Câmara Municipal de Macaé orienta cada eleitor, cada cidadão macaense a aprofundar suas análises e pesquisas sobre o histórico dos candidatos e a avaliar com muita atenção se o candidato em que pretende votar adota essa inaceitável prática.

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Adolescentes apreendidos por suspeita de envolvimento em estupro coletivo
24/07/2017 | 12h39
Quatro adolescentes, com idades entre 14 e 16 anos, foram apreendidos na manhã desta segunda-feira (24) por suspeita de participação nos casos de estupro coletivo no Colégio Estadual Padre Mello, em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense. A informação é do site Itaperuna News.
Alvo de um dos mandados de busca apreensão, o jovem apontado pela vítima como namorado não teria sido encontrado. A menina de 13 anos teria sido vítima de estupro coletivo nos últimos 45 dias. O caso foi denunciado pelo irmão dela.
O diretor da escola, que teria conhecimento do caso, mas não avisou à Polícia, foi afastado.
O caso foi destaque, em matéria de Cléber Rodrigues, ontem, no Fantástico.
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Crise no Espírito Santo repercute em Campos
06/02/2017 | 04h11
Folha da Manhã
A crise no Espírito Santo, provocada pela greve dos policiais, já tem reflexo em Campos.
Empresas de ônibus interestaduais no município estão vendendo passagens para municípios do Espírito Santo de maneira restrita e alterada.
Campistas que estão no estado vizinho não conseguem voltar. A informação é que existe um toque de recolher.
No último final de semana, foram 51 homicídios só em Vitória, contra quatro em janeiro.
Os policiais militares não saem às ruas desde sábado. Como a lei proíbe que eles façam greve, os PMs alegam que não podem trabalhar, porque grupos de parentes dos PMs fizeram bloqueios na frente dos batalhões.
Atualização:
De acordo com os guichês das empresas em Campos, as passagens estão sendo vendidas. Porém, por telefone, a informação era que a venda para ônibus executivos estavam suspensas. A orientação, extra-oficial, foi para que evitassem a viagem.
Já a Viação Águia Branca emitiu comunicado informando que, em função da crise da segurança, mudou o horário de seus ônibus:
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Músico da Orquestrando a Vida assassinado em Guarus
05/02/2017 | 10h43
O músico da ONG Orquestrando a Vida, Marlon da Conceição Gomes, 21 anos, foi assassinado a tiros ontem, em Guarus. Bolacha, como era conhecido, foi atingido por três disparos.
Marlon, que era casado e eletricista, morava no Parque São Silvestre e chegou a ser socorrido para o HFM, mas não resistiu.
(Com informações de Marcus Pinheiro)
Em sua página no Facebook, o maestro Jony William, do Orquestrando, lamentou a perda:
Atualização: 
A edição de hoje da Folha da Manhã traz matéria mostrando que o número de homicídios cresceu em 2016 65% quando comparado a 2015 (confira)
* A esposa de Marlon, Talita Tavares, informou que ele fez parte do Osquestrando durante 10 anos — dos 10 aos 20.
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Sobre o autor

Suzy Monteiro

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