Sufocado em Campos, como no Afeganistão
29/12/2014 | 01h43
O final do ano de 2014 anuncia a criação do mostrengo em pleno centro da cidade de Campos. De quem a paternidade? Pasmem, é da PMCG que se esmerou em elaborar um projeto bem caro que sepulta de vez com a bela arquitetura do quase centenário Mercado Municipal de Campos. O mais incrível é que o dito “projeto de revitalização do Mercado Municipal de Campos”, vai assinado por um arquiteto campista. Sei não, cada um tem o livre arbítrio de fazer o que bem entende com a sua carreira profissional, mas, na minha opinião, é triste ver a iniciativa desastrosa de ocultação do nosso patrimônio histórico com a chancela de um respeitado arquiteto. Se em décadas passadas, fizeram a estupidez de colar na construção do Mercado aquele trambolho, para instalar a feira e anos depois outra arataca para instalação do camelódromo, é mesmo lamentável que com os recursos dos royalties, tendo oportunidade de reparar a besteira, a PMCG queira tapar de vez uma das peças mais delicadas do patrimônio histórico campista. Ninguém em sã consciência pode desejar criar dificuldades, mas, aqui, a lei do menor esforço ainda prevalece. Basta ver a incompetência da prefeitura na gestão da mobilidade urbana, expressa na incapacidade de uma licitação para o transporte público que aponte solução nova no ir e vir da população. Buscar alternativa racional que contemple interesses distintos requer negociação exaustiva e visão de futuro, algo impensável para uma administração pública que se move exclusivamente por interesses eleitorais de curtíssimo prazo. Como diz o bordão, “cada eleição é um flash”. Perde-se a oportunidade histórica de devolver ao campista uma área totalmente reurbanizada, democratizada, aprazível e integrada ao que de bonito possui a cidade. Resta-nos protestar e tentar via petição online na Avaaz, dirigida ao Ministério Público Estadual deter as obras. A petição foi uma iniciativa cidadã do arquiteto Renato Siqueira e demais membros da sociedade civil. Segundo Renato, tais obras são ilegais; ferem o artigo nº6, da Lei nº 8.487, de 2013. Renato lembra que o artigo nº6 da Lei nº 8.487/2013 afirma que nada pode interferir na visualização, na ambiência e na qualidade urbanística de um bem que seja tombado como patrimônio histórico. Segundo ele, do projeto - aprovado pela maioria do Coppam - sobrarão visíveis apenas a fachada do Mercado voltada para a Rua Formosa e a parte de cima da torre do relógio (ou seja, nada). As obras propostas pela PMCG são no Shopping Popular Miguel Haddad (o Camelódromo) e na Feira Livre (a feira de frutas e verduras) - obras que, como defende a petição, “sufocam e descaracterizam” o Mercado. Ao estilo de um regime Talibã, a prefeitura de Campos enfia uma burca no precioso Mercado Municipal de estilo francês! Eu já assinei. E você?! Caso queira se somar assine aqui. Fontes: http://www.fmanha.com.br/cultura-lazer/mercado-em-debate, http://www.fmanha.com.br/cultura-lazer/coppam-deixa-sufocar. burca  
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666, "Zona eleitoral" e rock'n roll
03/10/2014 | 07h10
Ontem (2/10) o Porta dos Fundos divulgou o seu mais novo vídeo. Se chama “Zona Eleitoral”,  retrata um eleitor inconformado no ato de votar, ao não encontrar na urna eletrônica um nome que seja capaz de merecer o seu voto. Como postado pelo Blog Ponto de Vista, no dia de ontem (ver aqui) a " interpretação e a carapuça fica a cargo de cada um". [youtube]https://www.youtube.com/watch?v=e8h7D97w5Bo[/youtube]   Por uma dessas raras sintonias da vida, também ontem recebi de um grande amigo, exímio conhecedor do rock'n roll,  a letra que segue abaixo. The Number of the Beast é o hino do Heavy Metal, composição do Iron Maiden. Divirtam-se! "Tochas ardem e cânticos sagrados são recitados Choram, lamentam e erguem as mãos aos céus Na noite o fogo queima e brilha Deixando que Satan complete o ritual 666 é o numero da Besta... E os sacrifícios varam noite adentro". A letra me fez pensar nas prováveis horas finais, anteriores ao pleito do próximo dia 5, onde por debaixo dos panos "sacrifícios" podem acontecer, para desespero do infeliz do eleitor e da atenta justiça eleitoral.
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Indecisos fazem a festa dos compradores de voto
20/09/2014 | 09h03
Faltam somente 14 dias das eleições e sete em cada dez eleitores não sabem em quem votar para deputado, dado da última pesquisa do Datafolha, divulgada mídia nos últimos dias. Pela pesquisa, entre os que têm de 16 a 24 anos, 80% ainda não escolheram candidato a deputado federal. Para os candidatos a deputado estadual, a maior taxa de indecisos está entre os que têm ensino fundamental: 75%.

O momento é ideal para os oportunistas que querem macular o processo eleitoral. Sabemos que em Campos, vaca voa! Mais do que nunca é preciso ficar de olho bem aberto à qualquer movimentação estranha. Na dúvida, denuncie ao TRE!  Para denunciar, basta telefonar para o Disque-Denúncia (21.2253-1177) ou preencher o formulário em www.tre-rj.jus.br/site/fale_conosco/clique_denuncia/clique_denuncia.jsp. Todas as reclamações serão redirecionadas para a coordenadoria de fiscalização da propaganda eleitoral do TRE-RJ, informa o tribunal.

Sobre o assunto, leia o Blog do Bastos, aqui.

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Novo Encontro em favor da Ong Orquestrando a Vida
19/08/2014 | 11h22
 

Quem ama a ARTE e reconhece o trabalho gigantesco e bonito que eleva tantas VIDAS através da música erudita em Campos, um novo momento de luta em defesa desse universo. Que a insensibilidade e os interesses mesquinhos sejam menores, que a gente possa se orgulhar de TODOS os que mantêm, no dia a dia, a garra e a disposição de TOCAR E LUTAR!

 

 

 

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Prefeitura de Campos impõe fim à Orquestra Sinfônica Municipal e ao Coro Municipal.
13/08/2014 | 09h56
Se alguém, ainda no início do ano de 2014,  poderia duvidar de que existia mesmo a intenção de não dar continuidade à Orquestra Sinfônica Municipal e ao Coro Municipal, administrados a partir de Convênio firmado entre a PMCG e a ONG Orquestrando a Vida, creio que agora, no oitavo mês do encerramento de suas atividades, já não duvida mais. Como prática mais do que manjada, a PMCG quer puxar para lama, todo um trabalho musical sério - são anos de dedicação exclusiva -, inclusive reconhecido fora das fronteiras do país. Em um município relacionado a falcatruas amplas, gerais e irrestritas, o mais fácil é tirar de si a responsabilidade e enxovalhar com a moral dos outros. A PMCG tergiversa, não assume publicamente que não tem interesse na manutenção da OSMC e do Coro Municipal. Me aventuro a afirmar que qualquer projeto cultural de longo prazo foge completamente do perfil da administração atual. Aqui se governa aos solavancos eleitorais. A "colheita" só interessa se rende dividendos de dois em dois anos. Bom, mas, aí já é a minha opinião, o que nem vem ao caso. Ontem, a Superintendência Administrativa e Financeira da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (ver blog Na Curva do Rio, aqui) divulgou nota oficial em que culpa a ONG Orquestrando a Vida, pela não renovação do convênio: a ONG não teria entregue a documentação exigida por Lei. Hoje, em resposta a simplória nota da FCJOL, a ONG Orquestrando a Vida rebateu a acusação com dados, datas, protocolos e esclarecimentos reafirmando que toda a documentação exigida foi entregue à prefeitura (ver blog Na Curva do Rio, aqui). Sugiro que leiam as duas notas. Como inteligentes que são, reflitam e concluam. Se desejarem mais embasamento, leiam também aqui e aqui. [caption id="" align="aligncenter" width="620" caption="OSMC, ano de 2013"][/caption]      
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Colorir não resolve, é pensar que somos burros
11/08/2014 | 03h52
Ontem (domingo), por volta das 13,30h, me dirigia ao almoço familiar em homenagem ao Dia dos Pais. Justo embaixo da ponte com cara de viaduto, do lado de Guarús, naquela faixa estreita que está sendo pintada de vermelha por Campos e que teimam em chamar de ciclofaixa, presenciei uma batida de duas bicicletas que vinham em sentido contrário. Um dos homens foi ao chão, bateu com a cabeça no asfalto, ficou desacordado um certo tempo, sangrando pela cabeça. Todos os que estavam presentes no momento se movimentaram para prestar socorro, um tenente bombeiro de pronto acionou a emergência do Corpo de Bombeiros que em menos de dez minutos chegou ao local. O clima de indignação com a falta absoluta de segurança que essas faixas "oferecem" aos ciclistas era evidente. Existem ideias mirabolantes na prefeitura de Campos que ninguém em sã consciência tem como endossar. Não dá! Na semana passada um ciclista já tinha sido atropelado por um carro e isso com a ponte/viaduto interditado, imaginem com o trânsito normalizado. Recuar, reconhecer equívocos, é característica dos bons. E é o que desejamos; que a PMCG repense o  traçado dessas faixas, que repensem a largura das mesmas e o perigo que proporcionarão aos ciclistas campistas. Uma cidade plana como a nossa já é fator a favor, vamos respeitar a vida alheia, observando o bom senso.  
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O MEU VOTO
29/07/2014 | 08h41
Amigos,
Quem de perto me acompanha pode já ter percebido a minha opção para as eleições próximas. Apesar de a prática política ter descido ladeira abaixo, no conceito de todos nós, preservo a convicção de que alguém a faz, portanto, não me esquivo de fazer as minhas escolhas em um cenário possível. Declaro meu apoio, com segurança de que não me frustrarei, a Dr.Makhoul, candidato a deputado federal, n° 1309. Em Campos e nas regiões norte e noroeste fluminenses é pessoa mais do que conhecida, por sua postura reta e direta, por sua folha de serviços prestados na área da Saúde há décadas, como médico humanitário que é. Um homem simples e direito que se recusa a engrossar as fileiras da hipocrisia nacional. Se recusa a comprar voto para poder garantir a independência do mandato. Se recusa a maracutaias que garantam uma eleição fácil.
Partilhamos da idéia de que a brutal desigualdade social no Brasil é o nosso Calcanhar de Aquiles; de que a coisa pública deva ser administrada com racionalidade nos métodos e justica social nos propósitos; de que a Educação é única porta capaz de nos alavancar ao futuro; de que a Cultura não é bem exclusivo de uns poucos. Com essa postura, Dr. Makhoul, vai para o risco assim como nós vamos, no dia a dia das nossas vidas. Quem se dispor a somar, será mais do que bem-vindo!
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Política diminutivazinha
04/05/2014 | 01h27
Desde a publicação da declaração do professor e ex-presidente da Fundação Municipal Teatro Trianon, João Vicente Alvarenga, feita (aqui) no dia 21 de abril, João Vicente se tornou o novo alvo de todo tipo de baixaria, na blogosfera e perfis das redes sociais afins aos representantes do governo local. O fato é que a fala dele repercutiu em Campos como uma bomba de nêutrons. A imagem do governo Rosinha, de tão combalida correu para se socorrer em propaganda televisiva colorida - a realidade cinza veio à tona. Não era a oposição que vinha, mais uma vez, a publico expor sua crítica à política cultural municipal. Todos sabem dos antigos laços de amizade que uniram o professor João Vicente ao deputado federal Garotinho, ao longo de três décadas. Mais fácil do que a correção do equivocado rumo , o surrado recurso da sorrateira desqualificação do autor (sujeito de alguma ameaça)  foi mais uma vez sacado pela tropa do grupo político rosáceo. Desde então, João Vicente vem sendo chamado dos piores nomes, recebe ameaças veladas. Disseram que se vendeu à oposição campista - como oficialmente sugerido na tribuna da Câmara Municipal por uma vereadora situacionista - para sanar  suas supostas dívidas. Um velho profissional de comunicação o chamou de porco. A rádio tamanco espalhou que João Vicente agia a pedido de Garotinho, em luta interna no governo da mulher... Não bastasse a velhacaria, inventaram a última há dois dias. Um ventríloquo empapelado bradou: "João Vicente tem problemas psiquiátricos". Sobre esse último veneno, o blog recebeu a declaração que segue. Você leitor, inteligente que é, tirará sua conclusão. " Acho que ele praticou um ato ilegal, acessando informações de sigilo profissional e também de caráter privado. Invasão de privacidade desqualifica o infrator. Não temer as possíveis consequências de um ato claramente irresponsável é porque ele não está agindo sozinho. Deve existir alguém que o oriente, garantindo sua impunidade. A minha vida particular diz respeito a mim e a quem são meus parentes e amigos. O conteúdo de seu texto não interessa a ninguém, não tem o menor valor jornalístico. Entendo que estamos inseridos numa grande tribuna virtual, onde capazes e incapazes se arriscam a colocar num blog a sua marca. Escrever é mais que tropeçar em palavras, figurando um triste cenário sombrio onde a luz nunca alcançará. Os fatos a que você se refere, de forma alguma, são mentirosos. São equivocados. Em 2012 fui acometido por uma severa depressão que me fez buscar auxílio de um profissional. Estou em pleno exercício de minhas faculdades mentais, emocionais e intelectuais. O profissional a que me refiro jamais sairia de sua postura ética para passar declarações, ainda mais declarações cujo teor não correspondem com a verdade. É um profissional competente, responsável e atento aos compromissos de ética da sua profissão. Não temo suas palavras de rancor e ressentimento. Coisa injustificada, pois não te conheço, não me lembro de ter estado com você em ocasiões sociais, por isso gostaria de saber se você está a serviço de algum interesse. Gostaria de saber também se o que você diz tem alguma relação com o que refleti sobre a cultura em Campos, embora fique difícil fazer qualquer relação." João Vicente Alvarenga
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Queremos os nossos direitos
02/05/2014 | 03h08
Ontem, se comemorou o Dia Internacional do Trabalhador com mais um feriadão. De feriadão em feriadão vamos começar o ano, na verdade, no dia cinco de maio. Este ano não é bissexto, mas, é bissexto pela sucessão de feriadões e, ainda por cima, vem a Copa do Mundo e para culminar as eleições com a campanha eleitoral tendo início em cinco de julho, isso em plena  vigência da disputa do título mundial. Ou seja, começará para valer em 14 de julho. No cenário mundial, as conquistas dos trabalhadores - ao longo de um século e um quarto - parecem que foram muitas se partirmos do tempo da escravidão e chegarmos aos dias atuais. No entanto, para quem tem uma visão social, humanística e igualitária, verifica que não se avançou tanto quanto deveria, haja vista, que teoricamente não existe mais trabalho escravo no mundo, mas, na verdade somos escravizados de outras formas. Existem várias ditaduras políticas vigorando que manietam os seus povos, e em países democráticos existem ditaduras da mídia, de padrões estéticos, de consumo e de valores que são introduzidos contrariando o mais elementar bom senso e a mínima ética, não deixam de ser uma forma de escravidão. Saindo da questão internacional e voltando ao nosso país, mais especificamente à nossa região, as técnicas manejadas pelos detentores do poder são no sentido de manter a população alienada e submissa ao seu comando. Onde estão os direitos e as conquistas dos trabalhadores no caso dos terceirizados da prefeitura? Onde estão os direitos dos alunos terem aulas e formação - não só escolar como cultural – e, os direitos dos professores de terem condições de trabalho e remuneração digna para que possam formar as futuras gerações? Onde está o direito à saúde, dever do Estado, conforme reza a na nossa Constituição, nos artigos 196 a 198? Parêntese: as conquistas dos trabalhadores preveem isonomia salarial aos que exercem a mesma função, fecha parêntese. Onde está essa conquista já que os aumentos salariais, na área da saúde, foram diferenciados em total desacordo com o Direito? Onde estão os direitos dos trabalhadores da área da saúde com salários dignos, condições de trabalho, material e equipamentos, para que possam exercer o seu mister e cumprir o que determina a nossa Constituição Cidadã? Onde está o direito do trabalhador de ir e vir livremente no exercício da sua jornada e voltar para casa sem estresse que é sabido fator de adoecimento? Parece que não temos muito que comemorar. Para comemorarmos devidamente temos que fazer mudanças e não poucas.   Makhoul Moussallem                                       Médico conselheiro do CREMERJ e CFM Presidente do PT em Campos dos Goytacazes
 
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Cabeças vão rolar
25/04/2014 | 01h23
Nessa crise que se agrava na Cultura em Campos, um assunto de difícil entendimento é o sururu feito com a Orquestra Municipal de Campos dos Goytacazes. Em síntese: não há mais Orquestra Municipal. O convênio assinado com a prefeitura, em meado de 2012, era breve e se acabou. Expirou, findou, sem que a PMCG tomasse qualquer atitude para renová-lo. Simples assim! No mais, é o silêncio imposto pela FCJOL. No mais, são os "ataques" dirigidos para denegrir o esforço incalculável da ONG Orquestrando a Vida de criar uma orquestra sinfônica com jovens campistas carentes, como o da criação manjada de um blog apócrifo para levar todos ao limbo comum em que se encontra a cultura atual. No mais, é a inveja daqueles que não conseguem mensurar o suor cotidiano de músicos empenhados em formar músicos e plateia para a música erudita na planície. O assunto tem sido trazido a público em algumas postagens como aqui, aqui e, mais recente, também aqui, no blog do jornalista Alexandre Bastos. Neste último, recebeu o comentário de um suposto aluno/músico que pediu para não ser identificado. Agora, também abaixo, segue um e-mail que recebemos, em resposta ao comentário feito no blog do Bastos. Leiam, peço, e tirem as suas próprias conclusões. "Como disse Carlos Drummond de Andrade “O anonimato combina o prazer da vilania com a virtude da descrição”. Por esse simples motivo me reservo ao direito de também me utilizar do recurso do (a) colega acima. Eu acredito que o problema da Orquestra Municipal é único e exclusivo do Sr. Jony William. Pois ensinar um instrumento a uma criança que nunca soube nada, que não possui em sua família sequer um músico profissional, em uma cidade que 20 anos atrás não tinha nenhuma tradição de orquestra (violoncelos, oboés, trompas, contrabaixos, tímpanos eram coisas de outro planeta). E conseguir através de lutas e protestos dar o primeiro emprego a este(a) jovem, que aos 16 ou 18 anos deveria abandonar os estudos de musica para se dedicar a qualquer outra coisa ou se mudar de sua cidade, como muitos já fizeram. Podendo no lugar disso contratar músicos profissionais de outras cidades que já viriam formados, digo com faculdade de música mesmo (o que provavelmente o(a) jovem acima não possui) é uma coisa totalmente insana. As falhas do Sr. Jony William não se limitam a isso, trazer professores dos EUA, Venezuela, Espanha e não cobrar nada por isso. Liberar músicos para se aperfeiçoarem em faculdades e cursos na capital e em outras cidades, sem descontar do salário ou exigir reposições de aulas. Fomentar 3 turnês internacionais para Bolívia, EUA e Portugal com tudo pago para 80 músicos (com apoio externo e pouca ajuda do poder público). Ceder instrumentos de luthier (feitos a mão e não de fabrica como vendem as lojas) para o aluno poder se aperfeiçoar e sentir seu progresso através de um instrumento que responda à altura. Por favor, não é, senhor JW, isso é uma barbárie. Imagina que mesmo depois disso tudo o senhor poderia simplesmente contratar apenas maiores de idade para atuar nas classes aos alunos novos, podendo pagar salários para atuarem como professores da rede municipal e músico de orquestra, como fazem Neojibá (importante projeto da Bahia), Orquestra de Barra Mansa, Orquestra de Volta Redonda, o senhor resolveu implementar na contratação, além dos maiores de idade, o programa do governo federal O jovem aprendiz, que toda grande empresa do país utiliza e que podemos citar alguns salários como CORREIOS que paga R$292,43 ou a VALE do RIO DOCE que paga R$ 426,76. O senhor me resolve pagar R$ 656,00, para o “profissional” (aluno que nem terminou o Ensino Médio) estudar pela manhã, compartilhar o que aprendeu ali mesmo das 14h às 17h e depois alguns ensaios e um concerto por mês. Por favor não é senhor Jony William. Isso é um atestado de imbecilidade. Acho que o senhor precisa entender que além de educar, ocupar o tempo ocioso, ensinar valores, ensinar um instrumento, e ainda o remunerar para tudo isso. Precisa ensiná-lo(a) que no país que nós vivemos nenhuma grande empresa aceita renovar um patrocínio sem a contrapartida (não estou falando de crianças carentes salvas pela música e sim de grandes porcentagens em dinheiro de retorno) e que patrocinar qualquer coisa em uma cidade que recebe 2 milhões em espécie por dia de royalties é um atestado de burrice. Também poderia ensinar que 40% das verbas de qualquer coisa aprovada pelo poder publico é revertido em impostos municipais, estaduais e trabalhistas. Também deveria ensinar que a ONG do ES que anteriormente iria administrar a Orquestra Municipal não pretendia trabalhar com ninguém de Campos (muito menos com crianças de projetos sociais), além de estar orçada em R$ 4.000.000,00 e ter salários exorbitantes para pessoas inclusive de outros estados. Por fim acho que deveria ter ensinado a esta pessoa a no mínimo ser grata por ter lhe ensinado (ou tentando) uma profissão. Gostaria de ver o grande músico acima nos agraciando com seu belíssimo som em qualquer outra orquestra profissional do país que tenha capacidade de se estabelecer. Será? Enfim, Sr. JW o erro é todo seu por insistir em acreditar em pessoas nessa cidade… Lamentável!
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Sobre o autor

Luciana Portinho

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