Ausência de si
21/04/2014 | 02h33
“O que mais dói na miséria é a ignorância que ela tem de si mesma. Confrontados com a ausência de tudo, os homens abstêm-se do sonho, desarmando-se do desejo de serem outros. Existe no nada essa ilusão de plenitude que faz parar a vida e anoitecer as vozes”. Mia Couto

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Campos com novo imortal
17/11/2013 | 12h49
O jornalista Alusysio Balbi (Folha da Manhã) é o mais novo imortal campista. A posse será nessa segunda-feira,18 de novembro, às 19.30h, na Academia Campista de Letras. Estarei lá!

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Lúcifer é julgado por campista
13/11/2013 | 02h35

É hoje, quarta-feira,  às 19h, no Sesc Campos, Av. Alberto Torres, 397. Garantia de boa conversa com Adriano Moura. O livro " O Julgamento de Lúcifer" já se encontra à venda em Campos na Livraria Honey Book, Av. Pelinca. Lançado recente no Rio de Janeiro, teve esgotada sua primeira edição. Vai pegar fogo!

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Millôr Fernandes: o homenageado da Flip 2014
12/11/2013 | 04h36
Mestre do humor recebe destaque em Paraty dois anos após sua morte; pela primeira vez um autor contemporâneo é homenageado pela Flip
Dramaturgo, editor, tradutor, artista gráfico, uma das figuras mais marcantes da imprensa brasileira, Millôr Fernandes será o autor homenageado da 12ª edição da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty. Morto em março de 2012, aos 88 anos, Millôr deixou uma inesgotável obra literária e intelectual, incluindo peças de teatro, livros de prosa e poesia, romances, desenhos, exposições de pintura, traduções, roteiros de cinema e textos na imprensa.Irreverente, participou de todos os movimentos de renovação cultural da segunda metade do século XX.
“Millôr trazia o mundo da Flip num homem só: da tradução de Shakespeare ao cartum, do jornalismo ao hai-kai. Sua crítica ao poder é fundamental no Brasil de 2014”, afirma Paulo Werneck, curador da Flip. O tom humorístico e ao mesmo tempo refinado, fio condutor do trabalho do artista, ganhou fama pelo país nas charges, textos e frases carregadas de crítica social.
Ao homenagear Millôr na data em que ele completaria 90 anos – ou 91, se considerarmos o ano real de seu nascimento e não o que consta em registro –, a Flip propõe a reavaliação crítica de um autor contemporâneo, colocando luz sobre sua vida e sua obra ao longo de 2014. “Homenagear um autor contemporâneo é um chamado ao presente, para que os nossos autores de hoje sejam mais conhecidos pelos leitores de hoje”, explica Werneck.
Além de inovar na escolha, optando por um autor cuja obra não fosse atual apenas no conteúdo, mas também na temporalidade, a Flip levará ao debate, pela primeira vez, a vida e a obra de um escritor que esteve na Tenda dos Autores: Millôr foi um dos convidados em 2003, ao lado de Ruy Castro – também convidado, Luis Fernando Veríssimo não pôde participar.
"Não foi por acaso que Millôr esteve entre os convidados da primeira Flip. Em seu trabalho, podemos reconhecer princípios que nortearam a festa literária, que dissolve fronteiras e promove a integração entre as artes. E que, assim como a obra de Millôr, fala para um público abrangente sem perder a erudição”, afirma Mauro Munhoz, diretor-presidente da Associação Casa Azul e diretor geral da Flip.
Versátil, multimídia, Millôr foi um dos primeiros artistas gráficos brasileiros a usar o computador em suas criações. Autodidata, no início da carreira sentiu necessidade de se aprimorar profissionalmente e matriculou-se no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, onde estudou entre 1938 e 1942. A experiência acadêmica o ajudou a refinar um estilo inconfundível, que influenciou gerações de ilustradores e caricaturistas brasileiros. Por sua vez, Millôr foi influenciado pelo célebre cartunista americano Saul Steinberg, com o qual dividiu o primeiro lugar num concurso de cartuns na Argentina.
Apesar de ter o humor como marca de seu trabalho, não elegia sempre esse gênero como foco: questionado se gostaria de ser chamado de humorista ou escritor, optou pelo último: "Ninguém é humorista o tempo todo. E eu, na maior parte das vezes, não sei se estou escrevendo coisa engraçada ou não engraçada”.
Millôr era um defensor ferrenho da liberdade de pensamento, o que o levou a enfrentar vários conflitos nas redações de jornais e revistas pelas quais passou. Em uma ocasião, na revista O Cruzeiro, durante a reforma editorial coordenada por Odilo Costa Filho, este disse a Millôr que ficasse tranquilo, poisa ele seria dada toda a liberdade. Ao que Millôr responde: "Odilo, você vai me perdoar, mas ninguém pode me dar liberdade. Pode tirar, mas dar, não pode". A briga por seu espaço criativo acabou culminandona saída de Millôr da revista mais importante do país nas décadas de 1950 e 1960.
Lançou sua própria revista, a Pif-Paf, um mês após o golpe militar, transformando seu estúdio em redação.Quinzenal, a publicação reuniu alguns dos maiores nomes do humor de então, como Ziraldo e Jaguar. Apesar de não ter uma proposta política ou ideológica definida, a revista foi perseguida, considerada pelo serviço de informações do exército como o início da imprensa alternativa no Brasil. Pif-Paf durou apenas oito números. Millôr teve papel relevante também na dramaturgia brasileira, e sua produção como tradutor foi considerada a mais importante do teatro no país, com destaque para as traduções das obras de Shakespeare.
Nas palavras de Paulo Werneck, Millôr “foi também um crítico da falsa cultura, das ilusões da glória literária e artística. Provou que erudição, humor e informalidade, juntos, formam uma liga indestrutível”. De quebra, inventou o frescobol (“o único esporte em que ninguém ganha”) e uma concepção muito particular (e universal) de democracia: “Todo homem tem o sagrado direito de torcer pelo Vasco na arquibancada do Flamengo”.
A Flip 2014 acontecerá entre 30 de julho e 3 de agosto. Realizada sempre no início do mês de julho, a Flip escolhe nova data para essa edição em função da Copa do Mundo, que acontece durante o mês de julho no Brasil.
assessoria de imprensa
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Metendo o bedelho
17/10/2013 | 04h23
Entro na conversa e meto meu bedelho. A irmã do Chico, hoje no Ancelmo, falou e disse: "Sou filha de historiador". Começam pelo escritor e seguem pelo jornalista. Quem se sentir caluniado, difamado que entre na Justiça. Assim é com todos nós desta república. Figura pública, é pública. Tem bônus e ônus.... Nossa Justiça é lerda, é falha? Mudemos a Justiça!
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Tiziu
29/09/2013 | 12h57
E para ilustrar o domingo, poesia brejeira do professor (presidente da Academia Campista de Letras) Hélio Coelho.
TIZIU                             
No remanso da fazenda,
Na manhã de céu aberto,
Por entre os capinzais,
Cheiro de bosta e canaviais,
O pássaro canta e pula.

É um passarim pretinho
Que canta e sobe
E desce e canta:
Tiziu...tiziu...tiziu...

Canta pula e canta
No mourão da cerca
Tiziu...tiziu...tiziu...

Canta bonito 
E ninguém põe na gaiola.

Porque é livre,
Canta...sobe...e desce
E voa por sobre as cercas
De arame farpado
Que demarcam os pastos
E os currais da propriedade
Onde estão presos
Os bois e outros animais...
Hélio Coelho (30.04.2006)
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Espaço para a imortalidade
07/07/2013 | 01h30
Na próxima quarta-feira, a Academia Campista de Letras (ACL), publica o primeiro de uma série de editais mensais para preenchimento das vagas existentes no corpo da instituição. Quando completa, a ACL congrega 40 acadêmicos. A academia campista se referencia em a Academia Brasileira de Letras que por sua vez inspira-se na Académie Française, ambas com 40 membros, os imortais. Como lhe é peculiar, o trânsito interno na ACL é cauteloso. A cada mês, subsequente ao do primeiro edital publicado, virão os demais, até que seja completado o número previsto em seus estatutos, que é o da eleição membro a membro, cadeira a cadeira. Assim se realiza uma das necessidades da entidade que é o de incorporar novas mentes e braços no cotidiano da casa. “Com esforço, a diretoria eleita pela Chapa “Amor e Unidade” está cumprindo o seu compromisso; manter a ACL ativa — ao oferecer a nossa parcela criativa à vida da cidade — e ao dar a partida no processo de renovação da academia. Agrademos de público aos membros que têm possibilitado a execução das nossas propostas”, fala o presidente Hélio Coelho. [caption id="attachment_6615" align="alignleft" width="390" caption="Ft. Folha da Manhã"][/caption] Nos dias de hoje a ACL se ressente da ausência de cinco acadêmicos falecidos e de cerca de mais dez que se encontram afastados por motivo outros como doença, idade avançada, ou por não mais residirem no município. “Temos algo em torno de um núcleo de 20 acadêmicos atuantes. Cada qual com suas agendas profissionais e pessoais intensas, é nossa responsabilidade arejar a instituição, capacita-la com novos quadros”, frisa Hélio. O processo eleitoral se inicia com o preenchimento da vaga da cadeira nº20, cujo patrono é José Bernardino Batista Pereira de Almeida. A última a imortal que ocupou esse assento foi Ivanise Rodrigues. As pessoas que se habilitam preenchem um requerimento (anexo o seu currículo), dirigido ao presidente e que será apreciado por comissão eleitoral específica. Sendo escolhido, ao discursar no ato da posse aos demais imortais, apresentará um estudo mais demorado sobre o patrono bem como sobre o último acadêmico que ocupou a cadeira. Para isso, poderá recorrer à própria biblioteca da ACL que possui material farto e também ao imortal e pesquisador campista, Wellington Paes, ele escreveu um livro que traça toda a trajetória dos patronos da academia. Uma vez publicado o edital, podem se candidatar aqueles que residam em Campos e que desenvolvam atividades reconhecidas como relevantes no campo das letras, ciências e artes, não é necessário que tenham livro publicado. “Não é necessário ser campista de nascimento e sim de coração. A falar pelo postulante é o curriculum vitae — sua vida e obra. Não precisa livro escrito, podem ser artigos, matérias jornalistas, construção poética, artigos acadêmicos, vinculação a atividades culturais, artísticas e ou científicas. Esperamos que o processo suscite debate que responda aos anseios de tantos que desejam ver a ACL aberta”, diz Hélio Coelho. A eleição dos novos imortais na academia campista é parte do processo que culminou na condução de Hélio Coelho à presidência. “Foram quatro meses de arrumação, continuidade e inovação. Estamos saindo da rotina das segundas-feiras, criando eventos nas sextas e aos sábados. Participamos de debates e programas de rádio ao falar de assuntos culturais. O espaço mensal aberto pela a Folha da Manhã nos aproxima da sociedade campista. Encontramos-nos em fase de agendamento de um encontro com a Prefeita. Há sinais de que algo positivo à academia resultará do encontro”, finaliza. Luciana Portinho Capa da Folha Dois, sábado, 06/07.    
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Comédia quase divina
17/06/2013 | 11h06
O ator e escritor Adriano Moura dedica seus dias ao trabalho em seu novo livro, que será lançado em setembro. “O Julgamento de Lúcifer” vai ao mercado pela Editora Novo Século (SP).  Adriano, que é campista — professor de Língua Portuguesa e de Literatura e professor convidado na Pós de Literatura, Memória e Sociedade do Instituto Federal Fluminense — deseja que o livro seja lido fora daqui, também. Essa a razão de buscar uma editora longe de Campos. Ao contrário da obra de ficção nova que escreveu, Adriano tem os pés no chão; vai encarar uma maratona para fazer com que “O Julgamento de Lúcifer” chame a atenção do leitor nacional. [caption id="attachment_6486" align="aligncenter" width="600" caption="Ft. Google"][/caption]

Por si, a história do livro vai atrair. Passa-se no inferno. Levanta polêmica. É latina. Através da mágoa de Lúcifer, que se considera o filho preterido, pois afinal, “Se tudo é criação de Deus, também faço parte dele”, crê o personagem.  Na ficção, Lúcifer aparece como um apaixonado de-le. Os outros querem culpa-lo por tudo de ruim que acontece. “Pretendo debater algumas coisas, entre elas, a responsabilidade de cada um, na mesma linha de Sartre em a afirmação célebre, “O inferno são os outros”, fala Adriano.

Na trama, um sobrevoo na era cristã, em dois mil anos de história — três líderes religiosos vão ao inferno, seduzem Lúcifer pela vaidade para que participe de um Reality Show. São investidos bilhões de dólares no programa. Querem que assuma crimes como o de ter sido torturador na ditadura militar brasileira, o responsável pela pedofilia e sedução de menores nas hostes da Igreja, um médium charlatão. Os fatos são tratados como ficção, o narrador usa a linguagem de direção de teatro, uma ficção (ou realidade) dentro da ficção. Ele vira o jogo, no julgamento público; se torna réu e, através de um controle remoto universal passa a disparar as barbaridades e hipocrisias dos que o acusam em imagens diretas — posts — exibidas nas telas do mundo inteiro.

— Um reality show, o BBB, por exemplo, é editado, roteirizado. Quem está lá interpreta 24h, é ficção pura — alerta. Na realidade quando em setembro o livro impresso chegar às livrarias, 40% dele, poderá ter sido lido virtualmente através do sítio eletrônico, www.ojulgamen-todelucifer.blogspot.com.br. Nele, semanalmente é baixado um capítulo. “A sociedade está mediatizada, se ninguém ouviu falar em você no ambiente virtual, você não existe. Esta prática também é adotada pela música e o cinema. Se você não está no écran é como se não existisse. Os repetidos vídeos em que pessoas aparecem cantando, dançando, fazendo uma palhaçada qualquer, atestam essa realidade. São os tais 15 minutos de fama do Andy Warhol”, frisa ele. Além disso, o livro que já foi peça teatral, “fiz o caminho inverso”, volta em Campos ao palco como dramaturgia e como debate. Adriano quer montar uma mesa com um espírita, um católico e um evangélico, ele corre atrás de patrocínio.  O livro está em fase de produção, nele o escritor não pode mais fazer alterações, só revisões gramaticais. “É gostoso escrever o livro. Chega o momento de dar fim, enviar à editora e esquecer, pois senão a cada leitura que faço altero alguma coisa”, conta demonstrando total prazer na escrita. “O poder de criar vida nos personagens, de manipular a vida deles é meio de criação mesmo, de Deus. O personagem ganha vida própria, a gente quer mudar o rumo e ele não deixa”, elucida. Adriano se expande ao falar do ato de escrever, “Não acredito em inspiração e sim em ideias. As ideias já estão aí, são pré-ideias. O autor as pega, brinca com o som, imprime sentido. A literatura é imagem. Palavra criando imagem é como manusear a imagem. “O Julgamento de Lúcifer” levou cerca de um ano e meio para ser escrito. Ele gosta de escrever de manhã, com a cabeça fresca. Perde ideias? “Muita coisa. O que toma tempo não é escrever a história. Ela está escrita e aí você começa a buscar a palavra, a encontrar a forma, a sintaxe da frase, a escolha do verbo certo. São semanas, é algo meio esquizofrênico, um monte de personagem falando. Se o som não agrada, mudo tudo”, relata. A aposta é que divirta muita gente. “Se vai vender ou não é sem controle. Sei que o mercado editorial é difícil para o autor desconhecido”.  É boa aposta. Luciana Portinho (Capa da Folha Dois de ontem, domingo, 16/06)  
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Tonico Pereira, um campista porreta
14/06/2013 | 10h54
Na noite de hoje, o talentoso ator campista Tonico Pereira, lançou o livro " Primeiro (e talvez o último) almanaque à mão das Toniquices do Pereira", no saguão da Câmara de Vereadores. O evento foi uma iniciativa da Academia Campista de Letras  e da Câmara Municipal de Campos. Tonico impressiona por sua simplicidade, ausência de vedetismo. Afirma que foi para o Rio de Janeiro, atrás de um meio de sobrevivência;  sempre trabalhou muito para se manter, " Férias para mim é sinônimo de desemprego".  Se declara grato a Campos pelo reconhecimento que ele até nem sabe ao certo se é merecedor. Também brinca, recorre a Nélson Cavaquinho: já que é para homenageá-lo,  "Que seja agora, vivo". Dos discursos da cerimônia, antes dos autógrafos, o dele foi o mais bonito. "Carrego Campos dentro de mim. O tempo me permeia, não preciso voltar no tempo. Meus parentes, amigos e os fatansmas dos que já morreram estão dentro de mim, presentes, me sopram o que devo fazer",  falou extravasando o completo amor por sua origem. Pela natural humanidade, pela manifesta sensibilidade aos excluidos da sociedade, Tonico Pereira engradece Campos. Foi um prazer conhecê-lo de perto.  
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Caixa de tesouros
27/05/2013 | 10h55

“Para mim, a literatura é outra realidade, é um território onde eu regresso à minha infância feliz, que é a minha grande caixa de tesouros, onde estou autorizado a olhar o mundo de novo como um brinquedo, e eu vivo circulando entre esses dois mundos”. Mia Couto.

Por unanimidade o biólogo e escritor moçambicano Mia Couto ganhou o Prêmio Camões 2013, um dos principais da literatura em língua portuguesa. Com isso,  receberá 100 mil euros. O anúncio foi feito hoje, 27/05, pela Fundação Biblioteca Nacional - ligada ao Ministério da Cultura. A nota lembra que o romance "Terra sonâmbula" foi considerado "um dos dez melhores livros africanos no século XX" e que o autor é "comparado a Gabriel Garcia Márquez, Guimarães Rosa e Jorge Amado". O Prêmio instituído em 1989 pelos governos do Brasil e Portugal, desde então, os autores nacionais contemplados foram Dalton Trevisan (2012), Ferreira Gullar (2010), Lygia Fagundes Telles (2005), Rubem Fonseca (2003), Autran Dourado (2000), António Cândido de Mello e Sousa (1998), Jorge Amado (1995), Rachel de Queiroz (1993) e João Cabral de Melo Neto (1990). A escolha do ganhador do Prêmio Camões 2013 foi feita no Palácio Capanema, no Rio. O júri era formado por Clara Crabbé Rocha e José Carlos Vasconcelos (de Portugal); Antônio Alcir Pécora e Alberto da Costa e Silva (do Brasil); João Paulo Borges Coelho (de Moçambique); e José Eduardo Agualusa (de Angola).    
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Sobre o autor

Luciana Portinho

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