Trouxa. Quem é trouxa?
17/09/2015 | 10h10
Sou leitura costumaz do Luis Fernando Veríssimo. Não sou daquelas que idolatram ser humano. Nem cantor, nem músico, artista, ator, diretor teatral, poeta, intelectual. Em suma, aprecio a obra e ponto final. Parto daquela premissa de que "de perto ninguém é normal", daí me prendo ao que fica quando tem qualidade, inteligência ou força poética. Mas confesso, como resistir à simplicidade, humor e leveza do Veríssimo?! Raros - não me lembro de algum - são seus textos desinteressantes, até porque o modo como ele enxerga os fatos do cotidiano é peculiar. De tudo ele extrai assunto com um ponto de vista sensível, típico de um homem culto amável. Vamos lá! Ia reproduzir seu artigo de hoje (17) no O Globo. O título é "TROUXAS"  e começa com a frase do ator Charlie Sheen, no filme 'Quero ser John Malkovich' em que diz: “A verdade é para os trouxas”. Daí, ele parte para indagações como, "Ele quis dizer que a verdade é para quem não tem imaginação e vive preso à realidade? Ou que trouxas são os que não veem que não existe uma “verdade”, mas muitas, e elas se contradizem? Ou ele estava apenas bêbado"? Ou ainda,  "A frase do Sheen só quer dizer mesmo que a fantasia é preferível ao fato, e que trouxa é quem nega isto. E vive sem aceitar que tudo é irreal: a política, as paixões, a justiça e as injustiças, e até a morte". Filosofias de lado, Verissimo está matutando que a tal frase cai como luva no Brasil atual e continua ao justificar, "Nunca as 'verdades' de cada um foram tão antagônicas, e nunca os antagonistas se xingaram tanto (“trouxa” é o mais brando dos epítetos trocados). Para um lado, trouxas são os que acreditaram no passado e ainda acreditam nas verdades mentirosas do PT. Para o outro lado, trouxas são os que participam de um golpe sem se darem conta da sua cumplicidade numa ruptura política e social possivelmente incontrolável. Nos dois lados, a retórica obscurece a verdade. Qualquer verdade". Que a gente está num mato sem cachorro, acho não restar dúvida. Que sobram gatos e ratos, outra certeza!
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Quem é normal?
22/07/2015 | 04h22
Por Suzana Herculano-Houzes ( Neurocientista)
Dizem que o cérebro humano é o sistema mais complexo do universo, aquele cuja definição requer a maior quantidade de informações. Parte dessa complexidade –a que cabe em combinações variadas de uns 10 a 20 mil genes, não mais– é definida geneticamente; outra parte, enorme e impossível de se quantificar, é definida ao longo da vida, ao sabor da construção autorregulada do cérebro e do seu próprio uso
Em termos biológicos, é espantoso que mais coisas não deem errado mais vezes. É tão maravilhoso que um sistema tão complexo funcione tão bem na maioria dos casos, e na maior parte do tempo, que seguimos alheios à multiplicidade de bombas por explodir em nossos corpos, acreditando na normalidade da vida. A tal normalidade é um conceito enganoso. Em português comum, ser "normal" significa ser saudável, perfeito. Matematicamente, contudo, "normal" é apenas aquele que cai no centro da distribuição estatística de um parâmetro. E dada a complexidade do cérebro, dificilmente alguém matematicamente normal é também perfeitamente saudável. Duvida? Vejamos. De acordo com as estatísticas dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, ao menos 30% dos adultos sofrem, sofreram ou vão sofrer de um transtorno de ansiedade em algum momento da vida; mais de 20%, de depressão, mania ou bipolaridade; quase 20%, de enxaquecas. Dos idosos com mais de 65 anos, 13% tem doença de Alzheimer, e dentre aqueles com mais de 85 anos, 45%. Cerca de 9% dos adolescentes sofrem de algum grau de distúrbio de déficit de atenção, cerca de 9% das crianças e adultos tem algum distúrbio de personalidade (borderline, evitante ou antissocial). Cerca de 4% das pessoas sofrem ao menos um ataque epiléptico ao longo da vida, e 3% sofre ao menos um AVC. Dos jovens adultos, 2% tem transtorno obsessivo-compulsivo; cerca de 1% da população tem algum grau de autismo (ou síndrome de Asperger); outro 1% sofre de esquizofrenia. E um número enorme ainda escolhe destruir o próprio cérebro com drogas variadas. Assim como a pessoa "média" não existe –aquela com exatamente a altura média, o peso médio, a distância entre os olhos, a frequência cardíaca média da população–, a chance de alguém ser normal a vida toda, sem qualquer transtorno neurológico, é ínfima. De perto, ninguém é normal. Nem deveria ser: porque normal, afinal, é não ser normal. Ainda bem que a medicina está aí para isso.
Artigo publicado na Folha de São Paulo
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A magia do baobá na obra de Saint Exupéry e Mia Couto
24/05/2015 | 01h51
Um pouco de magia e poesia para desembaralhar o dia, afinal folga para a maioria.
Por Nara Rúbia Ribeiro O baobá, também chamado de embondeiro, ou imbondeiro, talvez seja a árvore em torno da qual mais existam lendas, em todo o mundo. Árvore de idade incerta, posto que a sua madeira não possui anéis de crescimento, sua imponência, sua força, a fantasia que a envolve desafiam a imaginação humana. Cada um vê nessa árvore um diferente mistério. Uma magia peculiar. Com espécies nativas da África, de Madagascar e do Senegal, foi um baobá nascido em solo brasileiro (Natal, Rio Grande do Norte) que inspirou Saint Exupéry ao escrever “O pequeno príncipe” e no desenho das aquarelas. Neste livro, o baobá é visto como um iminente perigo ao minúsculo asteroide do protagonista, e razão pela qual ele necessita, urgentemente, de um carneiro que possa comer os baobás assim que brotarem do chão.
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Baobá que inspirou Saint Exupéry-  Natal, Rio Grande do Norte
Há uma outra história de que gosto muito, narrada por Mia Couto no livro “Cada homem é uma raça”. Concebida pelo escritor à sombra de embondeiro, ou, quem sabe, apenas à sombra de sua lembrança, trata-se do conto “O embondeiro que sonhava pássaros”. É a história de um passarinheiro negro que morava num embondeiro e que visitava, com recorrência, um bairro de brancos, despertando o encantamento das crianças e a desconfiança dos adultos. “O homem puxava de uma muska (Muska – nome que, em chissena, se dá à gaita-de-beiços.) e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava. Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos – aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar.” E assim o passarinheiro ganhou fama e passou a ser objeto de comentários de todo o bairro, despertando diferentes reações em cada um. Um preto ganhar fama não era algo aceitável, posto que nem mesmo a convivência era ali tolerada. Assim, os moradores do bairro trataram de denegrir a sua imagem. De desumanizá-lo, de sorte a poderem melhor discriminá-lo. Quiçá prendê-lo. Ou matá-lo. “Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.”13295_gg Diante do encantamento das crianças, especialmente de um menino chamado Tiago, o passarinheiro lhes transmitia lendas acerca da grande árvore:  “(…) aquela era uma árvore muito sagrada, Deus a plantara de cabeça para baixo.“Aquela árvore é capaz de grandes tristezas. Os mais velhos dizem que o embondeiro, em desespero, se suicida por via das chamas. Sem ninguém pôr fogo.” Mia Couto se vale, no conto, de sua poesia ímpar e das crenças africanas acerca do embondeiro. Ele discorre sobre a alma preconceituosa e medrosa dos homens, sobre a fantasia das crianças, e ainda sobre as desigualdades de um mundo em que a cor de um homem pode servir de fulcro  para a sua condenação cabal. Assim, o embondeiro é, tanto no conto quanto na vida, uma fonte de magia a cada um que de perto observar a sua imagem, trazendo-a ao coração. Ele nos mostra a grandeza da Natureza que nos cerca e do quanto a nossa mente ainda necessita expandir para bem compreende-la e integrar-se a ela. E, talvez, nas palavras de Mia Couto, quem sabe em breve tempo a humanidade já consiga assimilar o que, do embondeiro, o menino Tiago viu em sonho: “Dentro, o menino desatara um sonho: seus cabelos se figuravam pequenitas folhas, pernas e braços se madeiravam. Os dedos, lenhosos, minhocavam a terra. O menino transitava de reino: arvorejado, em estado de consentida impossibilidade. E do sonâmbulo embondeiro subiam as mãos do passarinheiro. Tocavam as flores, as corolas se envolucravam: nasciam espantosos pássaros e soltavam-se, petalados, sobre a crista das chamas.” Talvez ainda possamos enxergar os sonhos do embondeiro. Afinal, afirma Mia, que o embondeiro sonha pássaros. Sonhemos também! wp_large_20090227_3

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Campos: da fumaça ao fogo ou ao pó
13/04/2015 | 04h42
A Câmara Municipal de Campos preocupada em acelerar a sua Escola Municipal de Gestão Pública do Legislativo (Emugle) já homologou o Pregão 011/2015 cujo objeto é a locação de veículos, incluindo motorista sem fornecimento de combustível para atender às necessidades da Escola do Legislativo. O valor : R$ 66,7 mil (ver aqui). Agora, é aguardar o Pregão do combustível. Também foi contratada a empresa para prestação de serviços de recepção, zeladoria e portaria, visando atender às necessidades da Emugle. Valor: R$ 71,7 mil. Vigência: 90 dias. Aqui, coloco um ponto de interrogação. Sendo um projeto de atividade continuada, qual razão de ser só por três meses? Criada no final do ano passado, anunciada pelo autor do projeto de implantação, o vereador Mauro Silva, como "A Escola de Gestão terá como função o aperfeiçoamento da administração pública, através de aulas, cursos, conferências e programas de treinamentos, que servirão não apenas para os que exercem cargos ou funções públicas, mas para toda a comunidade, àqueles que pretendem um dia ser um gestor público. Será de fundamental importância para a melhoria da qualidade da prestação dos serviços para a comunidade”. Aguarda-se a publicação de sua grade de cursos, treinamentos e conferências. Aguarda-se, também, como em qualquer instituição de ensino e de qualificação séria, a divulgação de sua forma de avaliação. Certamente, bem ao gosto de projetos desta natureza, serão confeccionados programas, material didático, certificados e afins. Aguarda-se, então, o Pregão para prestação deste serviço. Me perdoem os nobres vereadores campistas, a intenção pode ser elevada, mas, morrer como tantos outros programas e projetos brilhantes que a gente vê serem jogados às traças por absoluta falta de continuidade na administração pública de Campos. Constituem-se equipes de planejamento, contratam-se empresas de consultoria,  criam-se novas siglas com curiosa sonoridade, grande estardalhaço midiático e de concreto: pouco.
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Moradores do Horto inconformados
01/03/2015 | 11h50

Recebi por e-mail, antes por telefone a reclamação abaixo dos moradores do Horto. Há mais de um mês se organizam em debates, registram com fotografias aquilo que eles titulam como "Empresa privada ocupa e degrada terreno do Horto Municipal". O fato os incomoda, procuraram a imprensa e blogs, colocam a boca no trombone. Vamos ler?!

" Os moradores do bairro do Horto desejam levar ao conhecimento da comunidade campista o que está acontecendo em um dos seus mais preciosos bens, o Horto Municipal. Solicitamos a imprensa e aos cidadãos conscientes que divulguem ao máximo a situação surpreendente e revoltante que está ocorrendo escondida da opinião pública.

A Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, através da Secretaria de Meio Ambiente, cedeu à empresa EMEC Service, para uso como base operacional em Campos, uma área superior a 6.000 metros quadrados situada no interior do Horto, na parte dos fundos, tendo a referida empresa construído no local um grande galpão para abrigar seus escritórios, demais acomodações e necessidades. A EMEC atualmente presta serviços a Prefeitura de Campos, no cuidado de praças e jardins. Já o Horto Municipal possui seus próprios funcionários efetivos.

Esta cessão levanta imediatamente a questão da legalidade de uma empresa privada utilizar um bem público sem que haja um real benefício para a comunidade. Só este aspecto já bastaria para gerar uma séria discussão na Câmara Municipal, mas a controvérsia não acaba aí, como descrito a seguir.

 A empresa também transferiu para o mesmo terreno cerca de dezenove veículos de grande porte, incluindo caminhões-pipa e de transporte de terra, ônibus, além de ruidosas retro-escavadeiras. Para executar as tarefas diárias fora do Horto, a frota de veículos pesados precisa percorrer um caminho de centenas de metros ao longo de toda a extensão do Horto Municipal, passando ao lado de residências vizinhas e de um playground situado na parte da frente do Horto, expondo crianças ao risco de atropelamento e à enorme poeira levantada. A empresa EMEC, já tendo conhecimento das críticas que vínhamos fazendo sobre o risco de morte a que as crianças estavam submetidas, acabou de construir uma cerca de proteção, neste final de março. Mas continua a exposição à poeira e à poluição dos veículos.

 Os moradores das residências próximas também vêm sofrendo com o excesso de poeira no ar e com a poluição gerada pela combustão de óleo diesel. São diversos os relatos de problemas de saúde, principalmente de ordem respiratória e oftalmológica. Será que a solução da empresa vai ser asfaltar boa parte do Horto? As queixas também se referem ao ruído dos veículos e ao surgimento de rachaduras nas casas, com a movimentação de veículos de grande porte.

 A área atualmente ocupada pela EMEC é mencionada em uma página divulgação oficial da Prefeitura, em 23 de maio de 2011 (ver anexo), como sendo um local (dentro do Horto) onde os visitantes poderiam ter contato com canteiros de hortaliças, leguminosas e plantas medicinais. Na verdade, estes canteiros passaram por processo de deterioração nos últimos anos.

 A comunidade tinha a expectativa da implementação de um projeto de recuperação da flora naquela parte do terreno do Horto, para usufruto pela população, fosse para lazer, projetos educacionais, ou como parte de uma reserva ecológica. Ao invés disto, o que se viu nos últimos anos, foi a contínua degradação da área, inclusive com a aplicação de herbicidas em larga escala, culminando agora com a devastação da maior parte da flora para possibilitar a construção do enorme galpão da empresa e a transformação de grande parte do referido espaço em uma garagem de veículos pesados.

 São incluídas fotos que mostram os danos causados ao Horto com a vinda da empresa EMEC. Dentre estas, algumas indicam que a empresa estaria despejando dejetos in natura provenientes dos banheiros químicos e dos banheiros do galpão. Neste caso, será inevitável a contaminação do lençol freático.Os moradores estão revoltados e procurando todas as formas de denunciar  este descalabro, e, desde já, se colocam à disposição da imprensa para uma reunião, inclusive como forma de facilitar a visualização da região afetada, já que a esta parte do Horto só é permitido o acesso com autorização da EMEC. O espaço público antes acessível à comunidade foi efetivamente “privatizado”."

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 Fotos recebidas junto ao email cujas identidades estão preservadas, mas, arquivadas.

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Nosso pirão se foi...
01/11/2014 | 08h47
Quem nesta semana circulou pelas ruas da cidade de Campos, assistiu os canais de TV locais, leu jornais ou blogs, ficou sabendo que os cofres municipais, teriam sofrido uma  sangria nos últimos meses. Houve denúncia (desmentida em nota oficial da PMCG, ver aqui) de um suposto "rombo de R$ 600 milhões" - é dinheiro! A denúncia, apesar do desmentido oficial, podia ser vista ainda ontem, sexta (31/10),  no grande painel luminoso, em plena rua Conselheiro Otaviano. De um modo geral, logo após as eleições, os blogs de Campos, trouxeram à tona uma choradeira dos pequenos e médios empreiteiros e prestadores de serviço, estariam com os pagamentos atrasados, por conseguinte, na eminência de cortes em suas folhas de pagamento, justo nas barbas do Natal. (ver aqui , aqui e aqui) Ontem, sexta (31/10), foi anunciado a entrada de R$ 51 milhões no caixa municipal (ver blog do jornalista Ricardo André aqui); são referentes aos generosos royalties, que Campos não sua para ganhar e menos ainda para torrar. Por locação de veículos foram pagos, a parcela de R$ 661.921,41,  à empresa Lumentech. Fiquei curiosa em saber quantos veículos e com que finalidade são alugados. Se não bastassem esses, verifiquei que também foram pagos R$ 777.494, 49 à empresa Prime Adm , pelo aluguel de ambulâncias. Ou seja, quase R$ 1,5 milhão só de aluguel de veículos diversos. É uma frota! Mais surpreendente ainda, foi o valor pago por "refeições coletivas". Seria de bom tom que se esclarecesse que refeições são essas e em que quantidade. No total, a firma Denjud recebeu três pagamentos nos valores R$ 300.992, 59, R$ 459.208, 17 e R$ 506.670.54. Somados perfazem R$ 1,266 milhão. Estipulei um farto preço unitário de R$ 50,00. Dividi o valor total pelo preço unitário arbitrado e me assustei com a conta obtida. Daria para pagar 25 mil e 340 refeições coletivas. Haja quentinha!      
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Lá e cá: Dilma e Rosinha
22/09/2014 | 10h32
  O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, assumirá nesta noite ( 22/09), a Presidência da República no lugar da presidente Dilma Rousseff. Ela embarca para Nova York quando discursará na Cúpula do Clima, nessa terça, 23, e participará da abertura da Assembleia Geral da ONU, na quarta-feira. (Agência Estado)   Diferentemente em Campos,  a prefeita Rosinha Garotinho, entrou de mala e cuia na campanha eleitoral do marido que é candidato ao governo. Partiu para o Rio de Janeiro, onde é constantemente fotografada em atividades eleitorais particulares e não se licenciou do cargo público para o qual foi eleita. (gazetalitoral.blogspot.com)
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Mais um suposto "crime" eleitoral em Campos?!
10/09/2014 | 12h15
Ontem, 09/09, recebi de uma leitora (servidora pública municipal) denúncia, daquelas que confirmada, é grave. Cai como uma bomba! A cidadã campista (por motivos óbvios) me pediu sigilo quanto ao seu nome. Aos fatos. A mesma é lotada em uma secretaria municipal: trabalha no Centro Administrativo da Prefeitura de Campos, mais conhecido como Cesec. Tentou acessar por mera curiosidade, de um computador naquele que é seu ambiente de trabalho, às 15.17h (como demonstrado no canto direito da foto, tirada por ela), o site do candidato a deputado federal, Dr.Makhoul. Estranhamente o site do Dr. Makhoul está com o acesso bloqueado (censurado?) a todos os servidores lotados no Cesec. Mais estranhamente, o site da candidata à deputada federal Clarissa Garotinho está liberado para acessos aos servidores lotados em secretarias do Cesec. Todos sabem que D. Makhoul é um candidato de oposição ao governo da senhora prefeita Rosinha Garotinho. Todos sabem que a candidata Clarissa Garotinho é filha da prefeita Rosinha Garotinho. É um abusivo uso do poder econômico, ou seja, manipulação da "máquina" municipal com claro propósito em favorecer a candidatura da filha da prefeita? Ou, esta blogueira está a ver miragens? Abaixo, a fotografia reveladora. Avaliem com seus próprios olhos e raciocínio, e digam.

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Prefeita de Campos, assume o programa de rádio do marido
30/06/2014 | 06h31
Leio aqui no Blog do Bastos que a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR), assumiu com vontade o programa do marido, o deputado federal Anthony Garotinho (PR) que formalmente foi ontem lançado candidato ao governo do Rio de Janeiro. Como o blog diz o programa da Rádio Manchete muda de nome: o “Fala Garotinho” virou “Fala Rosinha”! Duas questões me vêm de imediato. Não seria um modo de burlar a legislação eleitoral que se propõe a garantir um pleito com igualdade de oportunidades entre os candidatos e lisura?! Já que a Lei  Eleitoral não permite Garotinho, na condição de candidato a governador, de continuar usando os microfones das mídias em seu favor, não estaria a esposa também impedida? Rosinha, em sua página na rede social Facebook convoca seus amigos, “Estarei no ar de segunda a sexta, das 8h às 9h, pela Rádio Manchete, com o programa Fala Rosinha. Em Campos, o programa é reproduzido pela Diário FM 100,7. Conto com sua audiência! Hoje, por ter agenda como prefeita no Rio, fiz o programa direto da Manchete”. A segunda questão que me soa estranha é que a Prefeita, em pleno exercício do seu mandato, de um município cheio de problemas de administração, vá passar a dedicar-se diariamente de um programa de proselitismo e distribuição de brindes, com suposto prejuízo da função pública para a qual foi eleita. Traduzindo: se já temos imensos problemas de gestão nas áreas de saúde, educação, transportes, trânsito e cultura, com a dedicação diária de radialista tudo tende a se agravar ainda mais. Ou não?! Todos sabem que a prefeita de Campos adora um microfone, mas, ao ter sido eleita, Rosinha não deveria prioritariamente se dedicar a governar Campos?! Em política tem situações que são legais, outras ilegítimas. Segundo o jornalista Alexandre Bastos, "Na eleição de 2010, quando Garotinho disputou uma cadeira na Câmara Federal, Rosinha, que na ocasião estava afastada da Prefeitura, também assumiu o programa de rádio." De público faço a pergunta: Pode isso TRE-RJ?
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O cúmulo dos acúmulos: caixa preta
28/06/2014 | 09h14

Desde quando você já ouviu falar em alguma prefeitura entrar na Justiça para não responder a pedidos formais de informação feitos por algum parlamentar no uso legal de suas atribuições? Pois bem, a prefeitura de Campos acaba de inventar mais uma. O governo da prefeita Rosinha Garotinho (PR) recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) contra a decisão da 2ª Vara Cível de Campos que tinha determinado que a prefeitura entregasse a lista completa de todos os concursados, contratados e terceirizados, pedido feito pelo vereador Rafael Diniz (PPS), em ação judicial do dia 20 de maio de 2014. Entre outras razões alegadas a prefeitura de Campos, alega "não possuir a listagem dos servidores terceirizados". Para Rafael Diniz, o recurso da prefeitura é indício de que o governo tem algo a esconder : " A gente lamenta porque isso significa um recurso contra a transparência. Não negam uma informação a mim e sim a toda sociedade. Não sabia que eles temiam tanto", frisou ele. O vereador se baseou na Lei de Acesso à Informação, cujo objetivo é tão somente extinguir as "caixas pretas" da administração pública brasileira, garantindo transparência à gestão pública no país. Bom que se diga que regra geral, desde que a Lei de Acesso à Informação foi promulgada, já na outra legislatura, o governo Rosinha não responde a pedidos de informação que venham dos parlamentares de oposição. Fonte. Folha da Manhã
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Sobre o autor

Luciana Portinho

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