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Era um desastre anunciado a debacle orçamentária que levou do céu da fartura de recursos ao atual inferno da penúria municípios cujas economias ficaram atreladas, sem diversificação de fontes de receita, ao recebimento de repasses de royalties do petróleo. Após uma década e meia de uma bonança que — desde 1999, com a abertura da participação dessas cidades nos dividendos da commodity — irrigou os cofres das prefeituras e do estado, o fechamento da torneira, consequência das seguidas desvalorizações do preço do barril no mercado internacional e da crise da Petrobras, teve como decorrência a inevitável apresentação da fatura. O duto do dinheiro fácil deu lugar à crise. Em lugar de pavimentar o desenvolvimento das regiões beneficiadas, o petróleo está lhes deixando um legado perverso. A crise, que no Estado do Rio como um todo tem dramática proporção, com atraso no pagamento de funcionários, fechamento de hospitais, escolas deterioradas, em níveis municipais também é assustadora. Claro, há também o efeito da recessão do país. Em cidades do Norte Fluminense, como mostrou reportagem do GLOBO no domingo, o quadro de abandono de projetos pelo meio, obras faraônicas degradadas pela falta de manutenção e outros aspectos administrativos deletérios decorrentes de gestões imprevidentes está diretamente ligado ao encolhimento dos royalties. O estado e as prefeituras nadaram na maré cheia e agora, na vazante, se afogam na própria inépcia. Os municípios desperdiçaram uma notável oportunidade de, com esse fluxo de recursos, pavimentar um crescimento ordenado. Em 1999, cidades fluminenses receberam R$ 222,7 milhões em royalties. Em 2014, os repasses já haviam sido turbinados em 2.000%. Era verba considerável para enfrentar demandas crônicas, principalmente em infraestrutura e outros setores estratégicos. No entanto, o que se viu foi uma gastança irresponsável em obras cosméticas. A prudência, por sua vez, também recomendava que as administrações se preparassem, na fartura, para esperadas quedas na arrecadação. Era uma contingência que não podia ser desprezada. Afinal, como toda commodity, o petróleo se valoriza ou se deprecia ao sabor do mercado. Não deu outra: o preço do barril, que no auge da valorização passou de cem dólares, hoje estagnou-se na faixa dos US$ 30. A crise da corrupção na Petrobras encarregou-se de agravar o quadro. E mais: além de a cotação ter despencado, negligenciou-se a particularidade que esse é um recurso natural não renovável. Mercado à parte, subordinar a economia de um ente público a uma riqueza finita é, no mínimo, gestão temerária. E nem se pode alegar que as administrações foram apanhadas de surpresa. Desde 2008, durante a crise financeira internacional, os sinais já eram preocupantes. A cotação do preço do barril não parou de cair, mas manteve-se a cegueira administrativa. A fatura, mais uma vez, ficará espetada na conta da sociedade.
IRREFUTÁVEL
03/03/2016 | 10h49
Editorial do jornal O Globo, publicado ontem (02). Reproduzimos integralmente pela realidade que nos toca e pelo sensato que é, até bem ponderado.
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Temporada de poesia
08/07/2013 | 12h45
Poetas estudantes, poetas não estudantes. Poetas - simplesmente poetas - estão abertas as inscrições para diversos festivais de gênero literário nas regiões Norte e Noroeste fluminense.
O V festival Aberto de Poesia Falada de São Fidélis vem para valorizar os poetas fidelenses e dar sustento ao topônimo ‘’Cidade Poema’’. Também busca promover o intercambio e entrosamento entre poetas da região e do país ao reunir escritores de idades variadas em um grande espetáculo artístico e cultural, objetiva divulgar positivamente a poesia. O evento acontece nos dias 20 e 21 de setembro, é organizado pela Prefeitura Municipal de São Fidélis através da secretaria de Cultura e Turismo. As inscrições são feitas pelo Correios e têm que ser postadas até o dia 23 de agosto, no endereço da secretaria Municipal de Cultura e Turismo –“Cidade Poema”, Praça Guilherme Tito de Azevedo, 135 – Centro. Cep: 28400-000. São Fidélis – RJ. O Festival já faz parte do calendário cultural da cidade e da região. Podem participar poetas brasileiros residentes ou não no país, com idade mínima de 14 anos. A modalidade é livre bem como o tema, não sendo consideradas participantes inscrições de trovas. Serão julgados: conteúdo poético, estruturação textual, interpretação, interação – poesia/intérprete/público. Interessante destacar que sendo um festival de poesia falada, a leitura do poema não será contada como interpretação. Além de troféus, os vencedores receberão prêmios em dinheiro: 1º lugar – R$ 5 mil 2º lugar – R$ 4 mil 3ºlugar – R$ 3 mil - Melhor interprete – R$ 3 mil e Menção Honrosa – R$ 2 mil + certificado. Os interessados em participar podem obter mais informações pelo telefone. (22) 2758.6829, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas e pelo endereço eletrônico: [email protected]. Em Macaé foi lançada a primeira edição do Prêmio Literário Universitário de Macaé (Pluma). O Pluma foi criado aproveitando a comemoração dos 200 anos do município e o centenário de Vinícius de Moraes. Está aberto a todos os poetas - brasileiros ou não - residentes no Estado do Rio de Janeiro por mais de dois anos e que sejam estudantes universitários, graduandos ou pós-graduandos. As inscrições foram abertas no dia 10 de junho e podem ser feitas gratuitamente até o dia 10 de agosto. O Prêmio é uma iniciativa da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), leia-se, Prefeitura de Macaé. O objetivo do Pluma é abrir espaço na Literatura do Estado do Rio de Janeiro para que estudantes universitários, poetas e/ou performers, é o que esclarece o organizador, o professor, publicitário e jornalista Gerson Dudus. “A ideia surgiu das muitas críticas que se ouvem a respeito da nova geração. Nelas, afirma-se que os jovens atuais não curtem coisas boas, só ouvem música de má qualidade. O Prêmio tem papel de fomento cultural, ocupa uma lacuna no estado. Partimos da premissa de que poesia é fundamental na cultura.”, diz Gerson Dudus. O formato do concurso é bacana. Haverá performance na apresentação final, “Não chamo de poesia falada, pois acho pobre” frisa Dudus. Dos inscritos serão selecionados, na 1ª fase, 20 poemas, esses integram a publicação da antologia. Destes 20 poemas sairão 10 concorrem às melhores performances que se transformarão em – na fase final- em o DVD que acompanhará a publicação. Os três melhores autores terão sua produção poética publicada e livro exclusivo do autor. “O projeto final é então uma caixinha que contém a Antologia, os três livros e o DVD”, simplifica o professor. A premiação final será no Dia Nacional do Livro, 29 de outubro, no auditório da Cidade Universitária, às 19h. A data limite das inscrições é o dia 10 de agosto de 2013 e terão como data válida o dia de postagem nos Correios na cidade de origem. O poema deve ser remetido por via postal, mediante carta registrada, com aviso de recebimento (AR) pela Coordenadoria de Cultura. Maiores esclarecimento no sítio da prefeitura, www.macaé. rj.gov.br. Em Campos estão abertas as inscrições para os concursos literários promovidos pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, o XV FestCampos de Poesia Falada e o III FestCampos Estudantil de Poesia Falada. As inscrições seguem até o dia 16 de agosto no Departamento de Literatura no Palácio da Cultura. O XV FestCampos de Poesia Falada vai oferecer R$ 11 mil em prêmios, aberto aos poetas, brasileiros ou não, desde que residentes no Brasil por mais de dois anos. Já o III FestCampos Estudantil de Poesia Falada tem o objetivo de envolver jovens estudantes do município. Para este concurso, as premiações são notebooks, celular, câmera digital e livros. Os regulamentos de cada concurso estão disponíveis pelo site www.campos.rj.gov.br. As inscrições podem ser no Palácio da Cultura, que funciona na Praça da Bandeira S/N, no bairro Pelinca, das 9h ás 17h. Luciana PortinhoCapa da Folha Dois de hoje, 08/07.
Educação no horizonte
29/05/2012 | 12h58
Registro que recebemos, da recente visita dos professores - André Raeli (diretor da Faculdade Redentor, em Campos) e Luis Adriano Silva (diretor executivo geral da Faculdade Redentor) - ao prefeito de Macaé, Riverton Mussi. Uma visita de cunho educacional. São os reflexos da expansão regional de serviços, provocada pelos gigantescos investimentos no Porto do Açu. Só não vê quem não quer.
Ft. Nino Bellieny
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Luciana Portinho
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