Vejo a notícia da aprovação de mais um curso superior na Faculdade Redentor. Desta vez é para o campus de Itaperuna. Acaba de ser autorizado pelo MEC (Ministério da Educação) o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Bom lembrar que a Faculdade Redentor tem o melhor curso de Ciências Biológicas, segundo avaliação do próprio MEC.
A íntegra da matéria você lerá, no blog do jornalista Nino Bellieny, aqui.Um pouco da poética do campista Artur Gomes no Blog.
Aqui, redes em pânico pescam esqueletos no mar esquadras – descobrimento espinhas de peixe convento cabrálias esperas relento escamas secas no prato e um cheiro podre no AR caranguejos explodem mangues em pólvora Ovo de Colombo quebrado areia branca inferno livre Rimbaud - África virgem – carne na cruz dos escombros trapos balançam varais telhados bóiam nas ondas tijolos afundando náufragos último suspiro da bomba na boca incerta da barra esgoto fétido do mundo grafando lentes na marra imagens daqui saqueadas Jerusalém pagã visitada Atafona.Pontal.Grussaí as crianças são testemunhas: Jesus Cristo não passou por aqui Miles Davis fisgou na agulha Oscar no foco de palha cobra de vidro sangue na fagulha carne de peixe maracangalha que mar eu bebo na telha que a minha língua não tralha? penúltima dose de pólvora palmeira subindo a maralha punhal trincheira na trilha cortando o pano a navalha fatal daqui Pernambuco Atafona.Pontal.Grussaí as crianças são testemunhas: Mallarmè passou por aqui bebo teu fato em fogo punhal na ova do bar palhoças ao sol fevereiro aluga-se teu brejo no mar o preço nem Deus nem sabre sementes de bagre no porto a porca no sujo quintal plástico de lixo nos mangues que mar eu bebo afinal? Artur Gomes Publicado na Antologia Internacional - Eco Arte Para Re-Encantamento do Mundo, organizada pela Bióloga Michelle Sato e editada pela Universidade Federal do Mato Grosso – 2011 – Publicado na Antologia Poesia do Brasil Vol. 15 – 2012 – Proyecto Cultural Sur Brasil – Editora Grafiti - Faixa do CD Fulinaíma Rock Blues Poesia – a sair [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=UkQUxkLh9TA&feature=player_detailpage&list=UU3d8xoVqrdTDFZ2dKIfRanQ[/youtube]
Com o selo das Ongs Sete Capitães e IRLA, a edição foi integralmente produzida pelo Grupo MPE, assim como as demais. Finalmente acabado, já na capa uma foto deslumbrante, do ilustre fotógrafo campista Dudu Linhares. Nela, os elementos da natureza do Pontal e do homem nativo em integrado desafio marítimo. No prefácio ninguém menos do que o colega de profissão, o jornalista afamado da Globonews e editorialista do Jornal O Globo, George Vidor. Com o título, o autor fez uma paródia. Afinal foi no século XVIII que São João da Barra deu seu primeiro toque de modernidade na construção de um importante porto. “Tudo começou em Atafona, cuja origem árabe significa “moinho de vento”. No início se chamou São João da Praia, lindo nome dado pelo navegador Lourenço do Espírito Santo. Ele que chegou em 1624, vindo de Cabo Frio, ao ver o Delta do Paraíba se encantou. No entanto, sua mulher foi tragada pelas mesmas águas e morreu (a lenda diz que ganhou forma de bela sereia). Pelo infortúnio da perda foi movido Lourenço; deu as costas para o mar, avançou pelo rio e fundou o porto de São João da Barra que veio a impulsionar o progresso, inclusive o de Campos”, relata Balbi. Talvez, inspirado pelo o vento no moinho de sua afetividade, o livro ganhou forma de prosódia, segue cantado em palavras e parágrafos corridos. No princípio não foi intencional, mas, ele reparando o ter iniciado assim seguiu motivado a buscar sons afins, não rimas, como ele adverte por não se considerar poeta. “Sempre veraneei em Atafona, sou hoje um atafonense de inverno. Aquilo lá é para mim sinônimo de poesia e serenata, me faz pensar em Hervê e meu pai. Aborda fatos reais como o porre de Raul Seixas, com cachaça Praianinha que o impediu de cantar, em meados de 80. Faço uma história arejada, uma história pop. É um passeio sobre a orla da história, sem se preocupar com a velocidade do vento... abri as velas simplesmente. É uma história recontada, cantada e não requentada”, frisa ele. Aloysio Balbi quando jovem sonhou em ser músico. Participou, ganhando, em festivais, tem até música sua rodando no Youtube. Embora ainda seja instrumentista e seus amigos apostassem de que seria mesmo compositor, abandonou tudo, menos o ouvido para a musicalidade. Ele exerce a profissão de jornalista há 35 anos. É repórter do Jornal O Globo em Campos há 30 anos. Está no Jornal Folha da Manhã, desde 1981, de forma ininterrupta e, nos dias atuais, tem o orgulho de ser o mais antigo da redação. Não por acaso, “herdou” a mesa de trabalho no meio da redação da Folha que pertenceu ao fundador do jornal, o jornalista Aluysio Cardoso Barbosa. — Ao escrever, fugi do personalismo. O resultado é um livro de editora, de custo alto, íntegro. Sem o apoio da MPE, sem um grupo econômico por trás, o livro não teria a qualidade estética final. O livro São João da Barra, Do Porto ao Pontal, é dedicado à memória de dois mestres queridos: a meu pai, o também jornalista e escritor Luiz de Gonzaga Balbi e ao jornalista por excelência Aluysio Cardoso Barbosa. Com sua morte me senti inseguro, Aluysio me dava boa parte das respostas que eu queria. Ele tinha o poder de solucionar os problemas de quem ele gostava. Senti-me meio órfão, assim como quando perdi meu pai — disse Balbi. Nas palavras do próprio autor, “Este livro tenta ser um pouco colante, um pouco sexy que, ao ser lido, permite um relax, um calmante, como quem tenta parar um instante, pedindo ajuda ao senhor do tempo, dono de todos os momentos, de todos os segundos, dono da permanência de cada um neste mundo”.
Matéria publicada na edição da Folha da Manhã, sábado (8/12), na Capa da Folha Dois.
Sobre o autor
Luciana Portinho
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