Uma Ampla no meio do caminho
03/02/2014 | 04h28
Ampla no meio do caminho I No meio do caminho do progresso da região tem uma Ampla. É grande a expectativa para que o Porto do Açu entre em funcionamento, mas as obras ainda estão sendo tocadas com energia de um grande grupamento de geradores de alto custo movidos a diesel. O grave problema ainda tem outros aspectos preocupantes. Ampla no meio do caminho II Com inauguração prevista ainda para o primeiro semestre deste ano, a fábrica de tubos flexíveis da francesa Technip, um investimento de 650 milhões de reais, já está com a sua planta industrial semipronta e seu cais concretado. Obras também realizadas com energia elétrica proveniente de geradores próprios, só um deles consumindo diariamente 700 litros de combustível. Mas esbarra em um grande obstáculo para começar a fabricar seus 200 quilômetros de tubos anuais. Até agora, os cabos de energia da Ampla não chegaram ao Porto do Açu. Para complicar ainda mais a situação, quando as máquinas da fábrica forem acionadas, a energia consumida terá que ser, por contrato, fornecida pela concessionária do porto, a Prumo Logística, a preço Ampla. O alto custo do cumprimento dessa cláusula contratual vai refletir diretamente no início da operação do Porto do Açu. Ampla no meio do caminho III E os problemas relacionados ao fornecimento de energia elétrica para o Porto do Açu estão só começando. Vizinha da Technip, a National Oilwell Varco está com as obras da sua fábrica a todo vapor com objetivo de, também, iniciar a produção prevista de 250 km de tubos flexíveis por ano ainda nesse primeiro semestre, e com os mesmos obstáculos relacionados à energia elétrica da concorrente. Ampla no meio do caminho IV Ainda iniciando as obras de instalação de uma planta de montagem e produção de grupos geradores e propulsores azimutais no Porto do Açu, ironicamente, a Wärtsilä também terá que recorrer a geradores semelhantes ao que pretende produzir para poder realizar as suas obras. A Wärtsilä é uma empresa finlandesa, líder global no fornecimento de motores e prestação de serviços para navios e usinas termelétricas. Ampla no meio do caminho V Na fila para enfrentar a Ampla no meio do caminho, a InterMoor, do Grupo Acteon, está instalando uma unidade para apoio logístico e serviços especializados à indústria de óleo e gás, com 90 metros de frente de cais e 52.302 m² de área total, com início de operação previsto para 2014. Diante dos fatos, o que se vê é que a Ampla coloca em risco a esperança de progresso e desenvolvimento para toda a região, apesar das traumáticas desapropriações realizadas para passar as suas linhas de transmissão. Esse é um caso para ser visto de perto pelas autoridades, principalmente pelo Ministério Público.
Comentar
Compartilhe
Engenharia política sanjoanense
29/01/2014 | 05h31
Engenharia política I O poder político em São João da Barra está dividido, porém equilibrado. Neco e Carla Machado juntos tinham 70% do eleitorado, divididos, um com nome forte, outro com a “caneta” na mão, cada um deverá ficar com 35%. Por fora corre Betinho Dauaire, um nome a ser respeitado. Mas ainda deve correr muita água debaixo da ponte, a atual conjunção está propícia ao surgimento de novos nomes. Engenharia política II Como seria uma reeleição de Neco sem Carla ou contra Carla, que tem grandes chances de se eleger deputada com 35 mil votos e depois voltar a disputar a prefeitura de São João da Barra na cômoda posição de não estar com o mandato em risco? O cenário é só de incertezas.
Comentar
Compartilhe
Otimismo no Porto do Açu
14/01/2014 | 02h59
Otimismo I Depois da decepção com Eike e a assunção da EIG no Porto do Açu, paira no ar um otimismo reprimido pela cautela. Otimismo II Mas, veja só o que está no site da EIG Global Energy Partners: “Nós já investimos cerca de US $ 500 milhões para completar o desenvolvimento do projeto do Superporto do Açu, no Brasil, uma peça-chave da infraestrutura de energia relacionada com o desenvolvimento e comercialização de enormes reservas de petróleo offshore do Brasil”. Ou seja, nada dos mirabolantes planos de Eike. A EIG está com os pés no chão e os olhos no pré sal. Otimismo III Para mostrar que os americanos sabem muito bem onde pisam. Esta semana a Petrobras divulgou que todos os poços exploratórios do pré-sal perfurados em 2013 acusaram presença de petróleo e gás.
Comentar
Compartilhe
Aprumando o Porto do Açu
15/12/2013 | 01h13
Com a mudança de nome da LLX para Prumo Logística Global, o que mais se espera é que as coisas se aprumem nas obras do Porto do Açu. A Prumo já assumiu o site da LLX que, ao ser acessado, direciona o usuário para www.prumologistica.com.br.   Aparentemente pouca coisa mudou no site, mas só aparentemente. Aquele “mapinha” dos empreendimentos que ocuparão o Porto do Açu foi totalmente atualizado e apenas 13 logotipos de empresas, incluindo o Prumo, figuram ali. Os outros empreendimentos são tratados de forma genérica, e um triunvirato aparece nas rédeas da empresa: Eugenio Leite de Figueiredo, Diretor Presidente e de Relações com Investidores (interino) e Diretor Financeiro; Flávio Valle, Diretor Jurídico, de RH e Sustentabilidade; e Luis Eduardo Simonetti Baroni, Diretor de Implantação.   No seu vídeo institucional a Prumo declara: “Uma nova cultura que vai impulsionar o Porto do Açu em direção ao futuro”.   Como diria o Gois: “Que Deus a abençoe e não nos desampare...”
Comentar
Compartilhe
Inveja
06/11/2013 | 12h34
Na temporada desse ano, vão atracar 136 transatlânticos no pequeno píer de Búzios. No “Superporto” de São João da Barra, ainda nenhum navio... É de dar inveja... Mas vai melhorar... Sintoma Nesse fim de semana, as cúpulas de duas empresas espanholas que atuam nas obras do porto circulavam na cidade. Pelo menos um bom sintoma.
Comentar
Compartilhe
Relatório da GSA/LLX diz que terras no Açu são apenas para aluguel e lucros
24/10/2013 | 07h41
Parece existir mais problemas nas desapropriações no Açu do que as acusações de atuação de milícias armadas e intimidações aos agricultores e suas famílias, como contradições na finalidade das desapropriações no Açu e recibos de pagamentos de I.T.B.I. (imposto sobre transmissão de bens imóveis) à prefeitura de São João da Barra registrando apenas o nome do adquirente (comprador) e não do transmitente (vendedor), deixando em branco o espaço. O documento (recibo de I.T.B.I.) é indispensável para o registro de propriedade do imóvel no cartório. O Relatório Administrativo citado pode ser lidos na íntegra no link no final dessa matéria. A cópia de um dos recibos de  IBTI  está publicada abaixo. Veja só que coisa estranha e quantas contradições. A Grussaí Siderúrgica do Açu S.A. (GSA), que atua como um braço imobiliário da LLX, com capital social de R$ 32.670.020,00, controlada pela LLX Açu Operações Portuárias S/, com 99.0%, e pela LLX Logística S/A com 1.0%. A GSA, amplamente beneficiada com terras provenientes das desapropriações da Codin no Açu, declara em Relatório Administrativo, publicado em 29 de maio deste ano no Diário Oficial do Estado (item 8), que todos os terrenos adquiridos através das desapropriações são para aluguel a terceiros, e, em nota divulgada a imprensa essa semana, a sua controladora LLX diz que irá utilizar as terras da família Toledo para serviço, passagem de linha de transmissão e instalação. CONTRADIÇÕES: Em trecho da Nota, divulgada pela LLX essa semana, a empresa também contradiz o que afirma no Relatório Administrativo, no item 3 do Contexto Operacional. Leia abaixo parte da Nota e parte do Relatório: Nota “... Importante destacar que a área desapropriada do Sr. Adeilço será utilizada em sua maior parte para instalação de infraestrutura comum do Distrito (estradas internas do Distrito Industrial de São João da Barra e linha de transmissão de energia, entre outros). Inclusive no local já está sendo construída uma Linha de Transmissão, que ligará o Distrito Industrial ao Sistema Interligado Nacional e que está sendo construída pela LLX. No local, já estão depositados equipamentos e cabos para instalação das torres. Outra parte menor do imóvel será utilizada pela GSA, empresa administrada pela LLX...” Relatório (aqui uma confissão de que os terrenos são apenas para auferir lucros para a empresa) 3. Principais políticas contábeis b) Propriedade para investimento Propriedade para investimento é a propriedade mantida para auferir receita de aluguel ou para valorização de capital ou para ambos, mas não para venda no curso normal dos negócios, utilização na produção ou fornecimento de produtos ou serviços ou para propósitos administrativos. 1. Contexto operacional A Grussaí Siderúrgica do Açu S.A. (“GSA” ou “Companhia”), foi constituída em 28 de fevereiro de 2008 com objetivo de participar em outras sociedades como sócio, acionista ou quotista. Em 31 de julho de 2008 a LLX Açu Operações Portuárias S.A. (“LLX Açu”) adquiriu 99,99% das ações da Companhia, visando o desenvolvimento do Superporto do Açu e seu objeto social foi alterado para a fabricação, transformação, comercialização, importação de produtos siderúrgicos. A Companhia possui seus terrenos com o objetivo de aluguel a clientes que venham a desenvolver seus projetos na área do Superporto do Açu no Distrito Industrial de São João da Barra. 8. Propriedade para investimento ... No exercício de 2012, a Administração determinou que todos os terrenos adquiridos seriam utilizados para arrendamento e, dessa forma, reclassificou os saldos anteriormente registrados como imobilizado para propriedades para investimento, conforme demonstrado na tabela acima. As propriedades para investimento são avaliadas pelo método do custo, porém em atendimento a norma contábil CPC 28 - Propriedade para investimento assim que for possível a Companhia irá avaliar, para fins de divulgação, o valor justo dos terrenos. Em outro trecho da Nota a empresa afirma que: “... a área em questão (da família Toledo) foi desapropriada pelo Estado do Rio de Janeiro, através da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro – CODIN, para a implantação do Distrito Industrial de São João da Barra, sendo que o valor da indenização foi depositado em juízo e está à disposição dos réus desde 17/5/2013, no valor de R$ 742 mil...” Seria esse o valor justo que a empresa afirma no relatório ainda não ter sido possível avaliar? Documentos incompletos O blog teve acesso a vários recibos de pagamento de I.T.B.I (imposto sobre transmissão de bens imóveis) e, estranhamente, em todos eles, o espaço reservado para o vendedor está em branco, constando apenas o nome do comprador GSA – Grussaí Siderúrgica do Açu. Link para Relatório Administrativo da GSA/LLX. Clique Abaixo: IOERJ GSA
Comentar
Compartilhe
Pajero utilizada para intimidar a família Toledo pertence a LLX
22/10/2013 | 09h35
O veículo Pajero TR4 preto, placa LPY1800, utilizado pelos homens acusados pela família Toledo de fazer ameaças e intimidações na última quinta-feira foi identificado por esse blog pelo registro no Detran como de propriedade da LLX, o que reforça as denúncias do agricultor Adeilço Toledo de que os homens que teriam ameaçado a sua família estavam a serviço da LLX. Segundo Adeilço, eles eram chefiados por Leandro Tavares, chefe da Segurança da LLX, e exibiam crachás da empresa quando foram até a propriedade da família tentar retirar novamente o gado que, anteriormente, havia sido levado por uma equipe da Codin e, posteriormente, devolvido por decisão judicial. Segundo testemunhas e a família, apesar dos indivíduos portarem armas de fogo, a família impediu a retirada do gado, sua única fonte de sustento, já que, até hoje, a família não recebeu do Governo Estadual a indenização pela desapropriação. O lamentável episódio só chegou ao fim quando os indivíduos percebendo a chegada de jornalistas ao local com câmeras de TV, saíram em disparada arrancando a cancela da propriedade. O que não impediu que a ação fosse fotografada e o carro identificado pelo DUT em nome da LLX. Sobre a Nota da LLX Em nota enviada ao Jornal do Brasil, A LLX nega que funcionários da empresa teriam participado do suposto atentado à família de Noêmia Magalhães (tiros durante a noite na entrada da propriedade). E também que tenham feito qualquer tipo de ameaça ou confronto com a família Toledo. A LLX ainda afirma que a empresa não possui contrato de segurança armada para proteção de suas áreas e frisa: "a empresa atua em observância às leis e tem mantido um diálogo sempre aberto com a comunidade local, atendendo a todos aqueles que a procuraram para a busca de soluções a qualquer questão que se apresenta à empresa. A empresa atua e orienta seus funcionários e suas contratadas a agir sempre na busca de soluções amigáveis, proibindo qualquer tipo de confronto".
Comentar
Compartilhe
Ameaças e tiros no Açu no calor das desapropriações
21/10/2013 | 12h06
  O Porto do Açu mudou de dono, mas o conflito agrário está acirrado. Na quinta-feira, os filhos do falecido José Irineu Toledo foram surpreendidos por homens se dizendo representar a Codin, mas portando crachás e vestimentas da LLX, que queriam retirar da sua propriedade as 32 cabeças de gado que haviam sido resgatadas do confinamento em pasto de areia na Fazenda Papagaio, da LLX. Como a família ainda não recebeu um centavo da desapropriação, em disputa judicial, optou por colocar o gado no único lugar disponível, o Sítio Camará, de sua propriedade há décadas. Ao observar que uma equipe de reportagem chegava ao local, os homens saíram em disparada destruindo a cancela da propriedade. Mas, a coisa não parou por aí. No meio da noite o Sítio do Birica, de propriedade de Noêmia Magalhães, uma das lideranças da resistência às desapropriações foi alvejado por desconhecidos. Muito estranho... e perigoso...
Comentar
Compartilhe
Super Porto rebaixado
10/10/2013 | 11h03
O clima nas empresas que se instalam no Porto do Açu e que resistiram à tempestade que varreu os negócios de Eike Batista é de cauteloso otimismo, mas de certeza de que o empreendimento é irreversível. Só não aceitam mais que seja chamado de super... Foi reduzido a porto. Simples assim. Faixa de Gaza Apelidaram a divisão de ânimos no Porto do Açu de Faixa de Gaza. De um lado do canal as empresas independentes construindo a todo vapor, do outro, o de Eike, só desolação...
Comentar
Compartilhe
Venda da LLX gera onda de otimismo
22/08/2013 | 01h01

Uma onda de otimismo começa a varrer a planície com a notícia da venda da LLX para a Eig, principalmente no setor imobiliário, como mostra esse e-mail:

Porto do Açu: sai Eike, entra Eig, que representa o interesse de mega investidores. Agora, Campos e SJB vão bombar! Leia no Infomoney! Cliente Amigo! Ainda existem algumas unidades disponíveis à venda; não perca esta ótima oportunidade! Agora, após a aquisição do Porto do Açu, os grandes investidores virão com toda força para comprar tudo rapidamente”.

Sintoma

Depois do anúncio da venda da LLX, despencou a venda de antidepressivos em Campos.

Comentar
Compartilhe
< Anterior Próximo >
Sobre o autor

Esdras

[email protected]

Arquivos