Dias difíceis de Garotinho podem piorar com a delação de Cunha
09/07/2017 | 10h57
Ponto Final
Ponto Final/Ilustração
Não está sendo fácil
Os dias continuam não estando fáceis para o ex-governador Anthony Garotinho (PR), que volta e meia vê seu nome citado em denúncias que ganham repercussão nacional. Da derrota que sofreu ainda no primeiro turno da eleição ao Governo do Estado, em 2014, até hoje a maré não anda nada boa para ele, sendo refletida também em revés para o seu grupo político, inclusive na disputa à Prefeitura de Campos em 2016. O desgaste sofrido por Garotinho se revelou também na Prefeitura durante os oito anos de gestão da sua esposa, a ex-prefeita Rosinha (PR). Talvez aí esteja a pior conta deixada por ele: o suposto rombo nos cofres por uso da máquina pública para interesses pessoais políticos.
De todos os lados
Chequinho, Lava Jato, JBS e CPIs na Câmara são só alguns dos assuntos que já pairam sobre o inferno astral que vive o marido da ex-prefeita, que só pode pisar em Campos, se liberado pela Justiça. E o pior: as consequências das denúncias envolvendo o seu nome ainda são desconhecidas em todos estes casos. Citado na “Delação do fim do mundo”, por exemplo, Garotinho ainda não sabe como vai ficar sua situação após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, encaminhar as delações da Odebrecht à 7.ª Vara Federal Criminal do Rio.
Executivos em Campos
As delações foram feitas ao Ministério Público Federal, pelos ex-diretores a Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Leandro Andrade Azevedo. Mas, muito antes de vir à tona todo o esquema de propina e caixa 2 da empreiteira a políticos, em Campos o Ministério Público Estadual (MPE), desde 2011, já investiga a relação do governo Rosinha com a empreiteira, gerando um inquérito em 2015, que no último dia 26 trouxe a Campos Benedicto e Leandro Azevedo, como mostra reportagem exclusiva da jornalista Suzy Monteiro, nas páginas seguintes desta edição. Leandro já tinha estado na terra dos Garotinho para assinar o “Morar Feliz”, cujo o valor das casas foi o que motivou a investigação inicial do MPE.
Confirmam tudo
Em seus depoimentos à 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Campos, eles detalham como conseguiram os contratos do “Morar Feliz”, orçados em quase R$ 1 bilhão dos cofres públicos do município, maior contrato dos seus 182 anos de história. Eles também confirmam os R$ 20 milhões de Caixa 2 destinados a campanhas do casal. Outra informação confirmada pelos executivos é a de favorecimentos para que a empreiteira vencesse a licitação. A manobra já havia sido noticiada pelo “Ponto Final” em 29 de maio de 2009, quando foi antecipado que a Odebrecht ganharia a concorrência, o que se confirmou quatro meses depois.
Na delação de Cunha
E se tudo mostrado até agora nesta coluna já parece muito e grave, não se sabe também ainda as consequências para Garotinho da delação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), preso pela Lava Jato. A jornalista Mônica Bergamo, na coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo, destaca que “Cunha dedicou especial atenção a adversários de seu Estado, o Rio. Segundo aliados, Anthony Garotinho (PR) é citado em diversos trechos”. Já se antecipando, como costuma fazer ao que é previsível sobre ele, em nota pela assessoria, o ex-governador diz que, se houver citação ao seu nome será por “vingança” e que “delação sem prova não vale nada”.
Ligação
Na nota, Garotinho diz que “Cunha é bandido” e que ele provou isso. “Ser citado por Eduardo Cunha não é novidade. Vai apenas responder mais um processo”. A relação de Cunha e Garotinho é antiga. Antes aliados, foi o ex-governador que colocou Eduardo de volta a um cargo público, após envolvimento num escândalo da Telerj em 1989. Ele voltou ao cenário político em 1999, durante o mandato de Anthony, como governador do Rio. Ignorando o esquema da Telerj, Garotinho convidou Cunha para assumir a presidência da Companhia Estadual de Habitação (Cehab), de onde saiu sob uma chuva de denúncia. É atribuída também a Garotinho a articulação para que Cunha entrasse no PMDB, partido que já foi dele.
“Siga o bandido”
Coincidência ou não, a nota da coluna da Folha de S. Paulo que trata de Garotinho é seguida por outra, na qual cita que Cunha tem dito que, após sua colaboração, a expressão “siga o dinheiro” (“Follow the money”) — conhecida durante a investigação feita pelos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein que levou à renúncia do então presidente dos EUA, Richard Nixon — cairá em desuso. “Será siga o bandido”. De quem o ex-deputado federal está falando ainda não se sabe ao certo. Mas não deve demorar muito a revelação. Délio Lins e Silva, advogado de Cunha, deve tratar no início dessa semana com a Procuradoria-Geral da República a proposta de delação do peemedebista. O conteúdo deve atingir em cheio o presidente Michel Temer (PMDB), alguns de seus ministros e a cúpula do Congresso.
Charge do dia
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Garotinho palpiteiro? Abre o olho, Crivella
30/06/2017 | 11h31
Ponto Final
Ponto Final/Reprodução
Com Crivella
O ex-governador Anthony Garotinho (PR) nunca escondeu que, após sua derrota esmagadora na cidade natal nas eleições municipais, teria que buscar no Rio um espaço para ele e seu clã. Ao perder no primeiro turno em Campos, o jeito foi focar no segundo que ainda ocorreria na cidade do Rio, em uma disputa na qual Marcelo Crivella (PRB) sairia vencedor sobre Marcelo Freixo (Psol). Naquele momento Garotinho tentou virar uma espécie de palpiteiro na campanha de Crivella, embora o próprio bispo tenha tentado mostrar distanciamento do aliado e disse que não negociaria cargos com ele. No entanto, Clarissa Garotinho (PRB) e outros nomes do grupo logo assumiram cargos no Rio.
Bem interessado
Uma gravação telefônica interceptada pela Polícia Federal (PF) no dia seguinte à eleição de Crivella à Prefeitura já mostrava a expectativa de Garotinho de que a filha fosse nomeada. Na conversa, ele citava um acordo com o então candidato do PRB para que Clarissa comandasse o Desenvolvimento Social, uma pasta que, em Campos, serviu, segundo investigações do Ministério Público e da PF, a interesses eleitoreiros, inclusive gerando prisões na Chequinho. Ele classificou a pasta no Rio como “operacional”, importante para montar uma base para seu grupo político. À filha, no entanto, coube a secretaria de Emprego.
Apoio de perdedor
Com o PMDB ruim das pernas no Rio, até Garotinho teria força por lá, embora não tivesse tido em Campos naquele pleito de 2016 e nem no de 2014, quando perdeu também no primeiro turno a disputa ao Governo do Estado e viu seu apoio não valer muito para Crivella no segundo. Ao declarar o seu apoio ao bispo, Garotinho não garantiu a ele uma vitória nem em Campos. Das sete Zonas Eleitorais do município, Luiz Fernando Pezão (PMDB) ganhou em cinco. Por mais que o marido da prefeita tente não ver, ali já era um prenúncio da sua derrota também dois anos depois.
Palpiteiro
O ex-secretário de Governo de Campos anda pelas redes sociais ensaiando palpites de como fazer “Campos não ir para o buraco”. A sua própria esposa e ele mesmo já tinham levado o município assumidamente a isso. Durante o primeiro governo Rosinha e até metade do segundo, quando ainda se dividia entre Campos e Brasília, onde era deputado federal, o “prefeito de fato” — como foi apontado pela Justiça na decisão que o levou à prisão, em novembro — atuou como palpiteiro, sem cargo, mas dando toques aqui e ali. Agora longe de Campos, por ordem judicial, e mais uma vez sem cargo público, ele pode ter voltado à função, agora do prefeito Marcelo Crivella.
Será?
Será que partiu de Garotinho a “dica” para Crivella contrair empréstimos para o governo municipal, que já somam mais de R$ 700 milhões? De acordo com a coluna Extra, Extra, a Câmara dos Vereadores do Rio autorizou a Prefeitura a contrair um subempréstimo com a Caixa Econômica Federal (CEF) de R$ 49 milhões. Na semana passada, outro empréstimo com a CEF, bem maior, já havia sido adquirido: R$ 652 milhões, pelo programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento.
Charge do dia
Charge do dia 30/06
Charge do dia 30/06/Jose Renato
Nem Crivella
Até onde se sabe, nem mesmo o próprio Marcelo Crivella tem buscado empréstimos por meio da resolução 2/2015 do Senado — proposta aprovada por ele ainda como senador, num acordo com Garotinho —, que prevê o empenho de 10% dos royalties do petróleo para antecipação de recursos. Coube ao marido de Rosinha se tornar especialista e conseguir “vender o futuro” três vezes, sendo que o último empréstimo ocorreu às vésperas do impeachment da petista Dilma Rousseff, em meio a uma possível negociação do voto da filha Clarissa, que anunciou ser favorável ao afastamento da presidente, mas repentinamente, após alguns encontros do seu pai, resolveu pedir licença por conta da gravidez.
Veja Campos
Mas se realmente palpites estão sendo dados a Crivella por Garotinho, é bom que o prefeito do Rio fique bem atento com o que já aconteceu com Campos e ainda pode piorar. A Procuradoria-geral do município, hoje governado pelo prefeito Rafael Diniz (PPS), já apontou diversas inconformidades da última “venda do futuro” em relação ao que prevê a resolução do Senado. A ex-prefeita teria feito acordos acima do permitido e também não teria aplicado o dinheiro da “venda do futuro” no que é determinado também na resolução. Para Crivella, fica a dica: venha visitar Campos antes das eleições de 2018.
Com colaboração da jornalista Suzy Monteiro
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Garotinho quer "ajudar" a tirar Campos do buraco em que ele colocou
29/06/2017 | 10h50
Ponto Final
Ponto Final/Reprodução
Mais irresponsável
A cada aprofundamento sobre a “venda do futuro” de Campos mais irresponsável ela revela ser. Não bastando os termos do contrato celebrado entre o governo Rosinha Garotinho (PR) e a Caixa Econômica Federal (CEF), no apagar das luzes do governo petista de Dilma Rousseff, as inconformidades em relação à resolução 2/2015 do Senado vão além da cobrança de bem mais do que os 10% dos royalties do petróleo recebidos por Campos, além da integralidade das suas Participações Especiais (PE).
Aplicação fora do previsto
Segundo a Procuradoria-geral do município, um levantamento da secretaria de Transparência e Controle constatou que os recursos provenientes da “venda do futuro” não foram aplicados conforme determinava a resolução do Senado e na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ao invés de abastecer o PreviCampos e investimentos novos, o dinheiro teria sido aplicado pelos Garotinho em despesas de custeio e obras que estavam paradas. No entanto, nem mesmo as obras paradas foram concluídas, a exemplo do que aconteceu com o novo Hospital São José.
Rosinha denunciada
Assim como fez ao pedir na Justiça a garantia de pagar o que está previsto na Lei, a Procuradoria vai tomar novas providências, ainda esta semana, sobre a não destinação correta dos recursos. A atual gestão vai denunciar a anterior nos Ministérios Públicos Estadual e Federal. Também se darão em duas frentes, no Tribunal Federal do Estado do Rio de Janeiro (TRF-RJ) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília, a reação jurídica da Prefeitura contra a decisão que derrubou a liminar anterior, que garantia ao município pagar à Caixa apenas os 10% dos royalties previstos na resolução do Senado.
Charge do dia
Charge do dia 29/06
Charge do dia 29/06/José Renato
Garotinho quer “ajudar”
A ex-prefeita Rosinha Garotinho, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que agiu estritamente dentro da lei e não perdeu a oportunidade de alfinetar a atual gestão. No entanto, seu marido, Anthony Garotinho (PR), já havia se antecipado nas redes sociais, onde ensaiou uma “aula de boa gestão pública”, pedindo “humildade ao prefeito Rafael Diniz” e ainda se ofereceu “para não deixar Campos ir para o buraco” após a queda da liminar. Só esqueceu que a própria esposa, ainda na sua gestão, dizia que a cidade já estava no buraco.
Conta do passado
Garotinho voltou mais uma vez a jogar para a galera. Criticou Rafael e equipe, mas não explicou detalhes de como se deu todo o empréstimo. Comparou Campos com o Governo do Estado, como se fosse possível em seis meses a atual gestão deixar a cidade na situação como está. Sobre o Estado disse que a situação começou com Cabral e passou a Pezão. E no município, quem deixou as arapucas que agora podem levar a Prefeitura ao colapso?
Experiente em empréstimo
O ex-secretário da esposa se gaba da experiência administrativa que diz ter e da sua inegável capacidade política. Afinal, como “prefeito de fato de Campos”, foi o único a conseguir “vender o futuro” da cidade três vezes, comprometendo recursos até 2030. Só junto à Caixa foram dois empréstimos, sendo que o segundo, de R$ 762 milhões, teve parte, R$ 200 milhões, destinada a pagar o primeiro. Em 2014, a gestão da ex-prefeita já havia pegado no Banco do Brasil outro empréstimo de cerca de R$ 200 milhões.
Bom conselheiro?
Se a ajuda oferecida por Garotinho a Rafael é a sua experiência em conseguir um empréstimo, Campos dispensa. É difícil aceitar conselhos de quem deve tanto à Justiça e é citado em escândalos nacionais como o da Odebrechet e JBS, além de outras manobras investigadas para se manter no poder, como a Chequinho. Se o conselho for negociar voto de filha deputada grávida, às vésperas de um impeachment presidencial, para obter benefícios, isto é pior ainda.
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Passado que "vendeu futuro", Garotinho tem presente de ataques
28/06/2017 | 11h26
Ponto Final
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Passado x futuro
No apagar das luzes do governo Dilma (PT), no início de maio de 2016, o então secretário de Governo de Rosinha, seu marido Anthony Garotinho (PR), conseguiu a terceira “venda do futuro” de Campos. A forma como ocorreu na época já dava indícios do desfecho assombrante revelado hoje. A reaproximação de Garotinho com a então presidente Dilma e a justificativa da gravidez que levou sua filha, a deputada Clarissa, a pedir licença da Câmara no dia do início da sessão que votou a continuidade do processo de impeachment da presidente, foram demonstrações de que vale tudo pelo poder. Isso sem contar o fato de ter sido Campos o único município da região a conseguir o empréstimo.
Preço caro
O objetivo era tapar rombos já existentes nas contas da Prefeitura e ainda tentar manter o mínimo da aparência para garantir a continuidade do seu grupo no poder. Afinal, foi admitida pela própria Rosinha, ainda na sua gestão, que a cidade estava no buraco. Após uma derrota acachapante nas sete Zonas Eleitorais, ainda no primeiro turno, o que se viu foi o abandono geral da cidade e uma série de arapucas armadas para o prefeito Rafael Diniz (PPS). Além de dívidas, o prefeito tem convivido com a queda na arrecadação e o consequente déficit de cerca de R$ 35 milhões/mês, que chegou a ser de R$ 55 milhões em janeiro.
Caos à vista
No entanto, nada se aproxima do caos à vista, após a Caixa Econômica Federal ter derrubado uma liminar da Justiça Federal que impedia Campos de pagar a “venda do futuro” nos termos do contrato celebrado no governo de Rosinha. Isso significa que não há mais nada que impeça a CEF de cobrar bem mais do que os 10% dos royalties do petróleo recebidos por Campos, além da integralidade das suas Participações Especiais (PE). O atual governo chegou a conseguir junto à Justiça, em abril, uma liminar para que o contrato fosse revisado, uma vez que a Procuradoria apontou diversas inconformidades em relação à resolução 2/2015 do Senado, aprovada pelo então senador Marcelo Crivella (PRB), num acordo com Garotinho.
“Colapso”
O procurador-geral do município, José Paes Neto, informou que irá tentar restabelecer no TRF-RJ a liminar. Mas, se isso não acontecer, o próprio procurador já deu a dimensão do que o município pode sofrer: “Campos pode entrar em colapso (...) A decisão permite a Caixa a adotar medidas para obrigar o município a cumprir o contrato da forma como foi celebrado. E se a gente cumprir dessa forma, não vai sobrar dinheiro para arcar com as contas básicas, desde pagamento de servidor a fornecedor, água, luz, telefone. A conta que já não fecha hoje vai se agravar”.
Charge do dia  28/06
Charge do dia 28/06/José Renato
Na Câmara
A preocupação colocada pelo Executivo também esteve na pauta da Câmara ontem. Marcão Gomes (Rede) lembrou que a base do governo Rosinha no Legislativo aprovou o comprometimento de 10% dos royalties e que se a ex-prefeita praticou algo diferente no contrato com a Caixa “é uma fraude contra o povo de Campos”. Já o líder Fred Machado (PPS) falou que os vereadores que fizeram parte do último governo “talvez tenham sido enganados” e os convocou para assinarem um protocolo para que o Ministério Público investigue o caso. Mas, nenhum parlamentar, hoje oposicionista, se manifestou. Nem contra e nem a favor.
No Fórum
Ontem Garotinho esteve em Campos, acompanhado da ex-prefeita Rosinha, para ser interrogado no “escandaloso esquema” da Chequinho. O clima foi de tensão fora e dentro do Fórum Maria Tereza Gusmão de Andrade. Após protagonizar mais um dos seus destemperamentos, ao chegar a demitir publicamente o seu advogado Fernando Fernandes, ainda na audiência, Garotinho saiu do Fórum com o discurso que tudo foi esclarecido e aproveitou para atacar o prefeito Rafael Diniz e sua equipe. Foi aplaudido pelos que estiveram em seu governo e que ontem demonstraram o mesmo destemperamento do lado de fora.
Vai voltar?
Garotinho finalmente disse que pediu à Justiça para revertera decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o impede de voltar a Campos sem autorização desde novembro de 2016. A decisão pode sair em até 48 horas, segundo ele informou. Se for favorável, Garotinho prometeu voltar à sua terra natal para uma grande reunião, mas não cogitou de imediato o seu retorno definitivo. Ao que tudo indica vai continuar no Flamengo e fazendo programa de rádio por lá. Mais uma prova da sua grande preocupação com Campos.
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Rodrigo Gonçalves

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