A Tecnologia na segurança pública
22/01/2020 | 11h01
Essa semana foi notícia na cidade uma doação feita pelo Banco do Brasil à Prefeitura de Campos dos Goytacazes. No dia 16 representantes do banco oficializaram a doação de 51 câmeras de vigilância para o município. Esses equipamentos irão reforçar o sistema do CISP (Centro Integrado de Segurança Pública) que já utiliza 100 câmeras para monitorar pontos da cidade. Esse acréscimo é muito bem-vindo em um momento de grave crise nas contas públicas municipais e aponta para um caminho cada vez mais utilizado por administrações públicas.
O uso da tecnologia na segurança pública já é uma realidade na maioria das metrópoles mundiais. Londres, considerada uma das cidades mais monitoradas do planeta, contava em 2019 com cerca de 627 mil câmeras de vigilância, com previsão de aumentar esse número para impressionantes 1 milhão de equipamentos em 2025. Mas nada se compara a algumas cidades chinesas. Xangai, uma das maiores cidades da China, tem 2,98 milhões de câmeras de vigilância fazendo o monitoramento de 26,3 milhões de habitantes. Isso significa que para cada 9 habitantes há um equipamento de vigilância.
Em muitas dessas cidades os sistemas utilizados para vigilância conseguem inclusive fazer reconhecimento facial e identificar quase de forma instantânea se a pessoa é procurada ou não pela Justiça. Isso aliado ao monitoramento de deslocamento de veículos através da leitura das placas junto com o compartilhamento de bancos de dados pelas agências governamentais possibilita um ganho de escala em termos de segurança pública impensáveis para nossos padrões.
Claro que são realidades distintas, e comparar uma cidade do porte de Campos dos Goytacazes com metrópoles europeias e chinesas é impensável, mas o que fica claro é que o uso da tecnologia a serviço da segurança pública é uma realidade, e apesar do nosso município ainda estar dando os primeiros passos nessa direção, é importante apoiar essa inciativa, principalmente através de parcerias com empresas públicas e privadas, que podem contribuir muito para a construção de uma cidade mais segura para todos.
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Roberto Uchôa

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