Faetec vai convocar professores e abrirá mais 700 vagas em 2022
30/10/2021 | 10h33
A Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) vai convocar 48 aprovados no último concurso público realizado pela instituição, em 2019, e planeja realizar nova seleção, em 2022, para preencher 700 vagas. A informação foi dada pelo presidente da instituição, João Carrilho, em audiência pública realizada pelas comissões de Educação e de Ciência e Tecnologia, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nessa sexta-feira (29). No encontro virtual, foi apresentado o relatório anual com os indicadores educacionais da rede.
De acordo com Carrilho, foram nomeados 209 professores do concurso de 2019. Os outros 48 já estão previstos no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Estadual (MPRJ). O presidente da Faetec também informou que o concurso de 2022 já está previsto no novo Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Ele elencou as mudanças realizadas na instituição desde que assumiu a gestão, em dezembro de 2020.
— Estamos realizando licitação para todos os serviços, rompendo modelos de contratos emergenciais, estabelecidos há muitos anos. Hoje temos nove empresas terceirizadas contratadas. Utilizamos com frequência o pregão eletrônico — afirmou.
Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, o deputado Waldeck Carneiro (PT) questionou a possibilidade de retorno ao ensino totalmente presencial. “Acho temerária a volta às aulas presenciais sem a opção remota aos alunos, e não apenas pelas comorbidades. A pandemia modificou os arranjos familiares, muitos alunos que moravam próximos à escola tiveram que se mudar para outro local. Não podemos fazer esse retorno sem garantir alternativas e assegurar oportunidades de manutenção do processo de escolarização de quem não pode retornar à dinâmica educacional”, destacou.
Presidente da Comissão de Educação, o deputado Flavio Serafini (PSol) também criticou a falta de planejamento para a volta às aulas. “O ensino remoto foi uma questão de sobrevivência. O governo do estado fez um processo de retorno sem nenhuma transição. Muitas famílias estão desempregadas, há diferentes arranjos de vida, que não comportam uma volta repentina”, alertou.
Pagamentos feitos em cheque
A diretora da Escola Técnica Helber Vignoli Muniz/Faetec, em Saquarema, Cecília Ribeiro, relatou a burocracia na instituição, que ainda realiza pagamentos por meio de cheques. "Utilizar um cartão corporativo facilitaria a prestação de contas em meios digitais. É uma demanda dos gestores, que já foi passada diversas vezes", afirmou.
Laboratórios defasados
Representando os alunos da Faetec, Rafael Lacerda fez críticas à estrutura da fundação, e relatou problemas ocorridos pela pandemia. “Nossos laboratórios estão ultrapassados, os programas de informática são muito antigos. Além disso, os principais convênios de estágio eram de micro e pequenas empresas, as mais afetadas com a crise provocada pela pandemia. Grande parte dos alunos não conseguiu encontrar estágio”, contou.
O presidente da Faetec concordou com a constatação de defasagem dos laboratórios, e declarou que já estão sendo realizadas licitações para a modernização dos de mecânica, com um investimento previsto de R$ 2,29 milhões.
Fonte: Alerj
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Alerj debate melhorias nos aeroportos do estado
27/10/2021 | 01h48
Audiência pública
Audiência pública / Reprodução
Ampliar as rotas aéreas para o interior, melhorar as rodovias estaduais e aumentar a segurança no entorno dos terminais foram alguns dos caminhos apresentados por representantes dos seis aeroportos instalados no estado do Rio de Janeiro para dinamizar os terminais. As propostas foram recebidas pelos parlamentares da Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em audiência pública realizada nesta quarta-feira (27).
A presidente da comissão, deputada Alana Passos (PSL), anunciou a realização de visitas técnicas nos aeroportos de Campos, Macaé, Cabo Frio, Angra dos Reis e Rio de Janeiro. Ela antecipou que também será feita uma discussão aprofundada sobre o Santos Dumont (SDU) e o Terminal Internacional Tom Jobim (Galeão).
— Essa comissão está aberta para ouvir as demandas e hoje tivemos um encontro muito produtivo. Identificamos os problemas enfrentados pelos aeroportos e agora precisamos verificar in loco como podemos ajudar — afirmou Alana.
Ampliar as rotas nos aeroportos do interior também foi um ponto tratado na reunião. Segundo o superintendente do aeroporto de Campos, Magno Cipriano, atualmente, a cidade tem dois voos diários que ligam a cidade do Rio ao município, mas isso não é uma constância. “Nossa região tem uma grande demanda. No contexto geral é muito oportuno entender que precisamos aumentar a malha viária do nosso aeroporto”, pleiteou Cipriano.
O presidente do Aeroporto Internacional de Cabo Frio, Rodrigo Abreu, ressaltou que a base aérea da Região dos Lagos funciona com apenas 10% da sua capacidade. “Poderíamos ter um movimento de cerca de um milhão de passageiros por ano no nosso aeroporto, como Porto Seguro, na Bahia. Só isso já geraria, uma injeção na economia para a região de, em média, R$ 400 milhões”, afirmou Abreu.
Na capital
A Alerj vem discutindo o projeto de concessão proposto pelo ministério da Infraestrutura que inclui a possibilidade de ampliar os voos no Santos Dumont. Na proposta original, que está em fase de consulta pública, o SDU poderá, inclusive, receber voos internacionais. A mudança já vem causando impactos ao Tom Jobim, que vem perdendo voos desde 2020. Segundo a chefe de Operações e Serviços Offshore do Galeão, Patrick Fehring, o terminal está operando com apenas 40% da sua capacidade.
— Temos trabalhado com incentivos agressivos para incentivar a retomada. Nossa previsão é de que, em dezembro, estejamos com 28% dos nossos voos internacionais funcionando e que a gente recupere 65% da nossa capacidade nos domésticos. As porcentagens ainda são baixas, mas estamos na faixa com a recuperação de outros mercados do mundo — frisou Fehring.
Melhoria nas rodovias
Para o representante da Federação Convention & Visitors Bureau RJ, Marco Navega, o governo precisa investir na melhoria das estradas. “Temos vias que remontam dos anos 50 e estão precárias. Como queremos ser essencialmente turísticos se não damos um transporte de qualidade para o passageiro que precisa se deslocar dos aeroportos para as cidades?”, questionou Navega.
Ele ainda informou que 40% dos turistas internacionais que visitam o país vêm para o Rio de Janeiro. Em resposta, o secretário de Estado de Turismo do Rio de Janeiro, Gustavo Tutuca, informou que o Executivo já vem reformando estradas no Rio, como a que dá acesso a Búzios.
Segurança nos arredores dos aeroportos
O gerente do aeroporto Santos Dumont, José Carlos Rodrigues, destacou que um dos desafios dos aeroportos da capital é a segurança no entorno da base aérea. “Os nossos passageiros precisam se sentir seguros e já estamos buscando uma aproximação com os setores de Segurança Pública do estado para que o Centro seja mais monitorado”, disse, complementando que é importante melhorar o ordenamento das pessoas nas chegadas e saídas dos aeroportos.
Tutuca adiantou que o governo irá implementar, até o final de novembro, um plano de policiamento na linha Amarela e Vermelha, que ligam o Galeão a diversos bairros do Rio. “O governo está disposto a implementar melhorias e queremos enfrentar esses temas dialogando com os aeroportos. O Galeão é o principal receptor de turistas do nosso país e ele, assim como o Santos Dumont, precisam da nossa atenção”, concluiu o secretário.
Também participaram da audiência as deputadas Célia Jordão (Patriota) e Adriana Balthazar (Novo) e os deputados Noel de Carvalho (PSDB) e Eurico Júnior (PV).
Fonte: Alerj
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Sobre o autor

Joseli Matias

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