A Justiça determinou a internação do adolescente de 14 anos que confessou ter matado os pais e o irmão em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (26) pelo delegado Carlos Augusto Guimarães. Segundo o delegado, o jovem já passou pela audiência de apresentação ao Ministério Público nesta tarde. Agora, o delegado aguarda o respectivo mandado com o Oficial de Justiça para encaminhá-lo para o local que ainda será definido pela Central de Vagas, podendo ser Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) em Campos.

Os teria sido motivado pela proibição dos pais em relação ao namoro do adolescente com a jovem do Mato Grosso. A menina também prestou depoimento nesta quinta-feira (26) na delegacia de Água Boa, no MT. Apenas a mãe acompanhou o depoimento. “Estamos aguardando a vinda da respectiva documentação para anexarmos aos autos aqui em Itaperuna e analisarmos a eventual participação dela na empreitada”, explicou o delegado.

Quanto aos exames das vítimas, os laudos periciais ainda não foram concluídos. As investigações seguem em andamento.

Relembre o caso:
Três pessoas de uma mesma família foram encontradas mortas dentro da cisterna de uma casa no distrito de Comendador Venâncio, em Itaperuna, nesta quarta-feira (25). As vítimas são pai, mãe e filho. Elas foram identificadas como Inaila de Oliveira Freitas, de 37 anos, cabeleireira; Antônio Carlos Teixeira, de 45, enfermeiro; e o pequeno Antônio Freitas Teixeira, de apenas 3 anos.

Os assassinatos aconteceram no sábado (21), enquanto as vítimas dormiam. Durante o depoimento, o menino afirmou ter utilizado uma arma do próprio pai, que era Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Os disparos atingiram a cabeça do pai, a face da mãe e o pescoço do irmão, segundo relato do garoto.

Além da linha de investigação relacionada à proibição de namoro com a adolescente de Mato Grosso, a segunda hipótese apontada pela Polícia Civil é a de que o menor estaria interessado no saque de valores referentes ao FGTS do pai, cerca de R$ 33 mil, conforme já havia verificado no celular da vítima.