Rio Paraíba deve chegar a 11 metros ainda nesta quarta, diz Defesa Civil
A cheia do Paraíba também tem provocado o alagamento em várias ruas do município. Na avenida Francisco Lamego, ao longo da orla de Guarus, vários pontos estão com água que tem minado de bueiros. Próximo à subida da ponte Saturnino de Brito, também em Guarus, a água já cobriu todo asfalto na Francisco Lamego. Já na esquina da rua Araújo Silva com avenida Francisco Lamego, um monte de terra chegou a ser colocado, com o auxílio de uma retroescavadeira, para evitar que a água entre na rua.
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Pontos de alagamento também foram registrados no Parque Prazeres, Pecuária, comunidade Portelinha, Matadouro, entre outros. Na área central, a água já começou a verter na avenida XV de Novembro, próximo ao Palace Hotel.
No Parque Prazeres, onde a Defesa Civil chegou a colocar um dique emergencial nessa terça, a água do Paraíba tem minado por baixo da contenção e a avenida Francisco Lamego no trecho também começa a ficar alagada.
Já na comunidade Ilha do Cunha, na Pecuária, onde várias casas foram atingidas pela água e várias ruas estão alagadas, a Defesa Civil fechou uma comporta para evitar que o rio avance ainda mais pelo bairro.
A Defesa Civil orienta a polução a não transitar em algumas vias da cidade como a avenida Francisco Lamego, próximo à ponte da Lapa; na avenida Nunes Faria, próximo à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE); e na rua Adão Pereira Nunes, próximo à Portelinha.
Pascoutto pede que a população das áreas de risco se mantenha atenta. "O nível do Paraíba segue em elevação. Campos e São João da Barra são os últimos municípios o tempo todo recebendo esse volume de água e variações de todos os rios de influência direta no Paraíba".
Pela influência do Muriaé, ele explicou que o volume de água em alguns municípios está diminuindo, com faixa de estabilidade em Itaperuna e Italva. "Cardoso Moreira está descendo lentamente, porque o Paraíba impede o fluxo intenso do rio Muriaé entre com toda sua vazão aqui na chegada". No caso do Rio Pomba, ele disse que ocorreu uma agravante há dois dias, com acumulado de chuva na Zona da Mata Mineira. E no Sul Fluminense, o próprio Paraíba ainda recebe grande volume de água.
— Por isso, não se pode prever hoje uma estabilidade no nível do Paraíba. E podemos chegar a casa dos 11 metros, sim. E a população das áreas afetadas devem nos procurar — destaca o coordenador municipal da Defesa Civil, lembrando que o município está aceitando doação de sacos de areia e que a população pode solicitar.
Mocotó - Na área de Morangaba, o rio Mocotó, também está com nível elevado e 30 famílias continuam isoladas.
Para dar assistência às famílias afetadas, a Prefeitura de Campos montou um abrigo no Colégio 29 de Maio e, segundo o secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho, um novo abrigo deve ser instalado em Guarus. Ele ressaltou que o número de famílias atingidas pela cheia deve crescer. Até a noite dessa terça, Campos contabilizava 17 famílias desalojadas e sete desabrigadas. Algumas foram para casas de parentes e outras encaminhadas para o Colégio 29 de Maio, na Pecuária.
Na noite dessa terça, o prefeito Wladimir Garotinho se reuniu com o Gabinete de Gerenciamento de Crise para adoção de medidas, visando a avaliação e o enfrentamento do desastre de inundação no âmbito do município.
Diante do cenário, o prefeito estabeleceu que agentes da Defesa Civil, junto com diretores regionais e agentes de Desenvolvimento Local da secretaria de Governo, irão monitorar 24 horas, em esquema de prontidão, os pontos mais críticos do município, passando informações em tempo real para que o Gabinete aponte as medidas a serem adotadas de forma emergencial em cada uma das situações.
