— Iniciamos essa aventura com a proposta de conhecer novas tradições, culturas e comidas — afirmou Bruno, intercalando falas em português, inglês e francês. Segundo ele, apesar da preocupação da filha, de 38 anos, o projeto foi levado adiante.
A pandemia do novo coronavírus alterou os planos do casal em terras brasileiras. Bruno e Isabelle tiveram que retornar à terra natal em março, após a morte do pai dele, e só conseguiram retornar em outubro, devido às medidas restritivas impostas aos voos internacionais.
Nas bicicletas, os aventureiro trazem os poucos utensílios indispensáveis para o trajeto de quase 150 mil quilômetros e um pedido de ajuda: “Nós não temos muito dinheiro. Precisamos de doações para comer”.
Quando questionado sobre as características mais marcantes do Brasil, o casal, junto há 40 anos, citou a hospitalidade e o acostamento nas estradas. Em Bailleul, na região da Normandia, onde vivem, não existe a faixa adicional.
— Em todos os lugares por onde passamos, as autoridades nos ajudam oferecendo um lugar para descansar. Em cidades maiores, como Rio de Janeiro e São Paulo, passamos dois ou três dias. Mas aqui iremos ficar somente uma noite — contou o casal na ocasião, após entrar em contato com a Prefeitura local. A secretaria municipal de Turismo, Indústria e Comércio garantiu ao casal hospedagem na praia de Guaxindiba durante a passagem por SFI.
Bruno e Isabelle precisam chegar a Recife até 8 de março, quando expira o visto, marcando o início de uma nova etapa da peregrinação. O próximo destino será Dakar, capital do Senegal. Além do Brasil, os dois já passaram por países como Rússia, Coréia do Sul, Japão, Filipinas, Austrália, Vietnã e Canadá. Atualizações semanais são feitas pelos viajantes no site “Roues Libres”.