Coagro aposta alto e trabalha duro para reabertura da Usina Paraíso
Ícaro Abreu Barbosa 21/05/2022 09:06 - Atualizado em 21/05/2022 09:10
O renascimento da indústria sucroalcooleira em Campos vem acontecendo gradativamente. Ele vem sendo cada vez mais palpável no município e a reabertura da Usina Paraíso, em Tócos, na Baixada Campista, é um importante passo logístico para seguir neste caminho. Ele marca, nas palavras do presidente da Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio do Janeiro (Coagro), Frederico Paes, “a consolidação da retomada do nosso setor”. O investimento chega na casa dos R$50 milhões e o objetivo é fazer da Usina Paraíso um “modelo” para a região.

A usina foi arrendada pelo grupo MPE, do empresário Renato Abreu, e então subarrendada para a Coagro, que aposta na nova unidade. Segundo Frederico Paes, “no primeiro ano a gente vai moer 300 mil toneladas de cana por lá... a expectativa é de chegar, dentro de 4 anos, a moagem de 800 a 900 mil toneladas”.

Ele ainda acrescenta que, no primeiro ano, a produção vai ser dedicada exclusivamente a fabricação de álcool, com uma produção estimada em 22 milhões de litros. “Já partir do terceiro ou quarto ano, vamos fabricar açúcar também, gerando algo em torno de 1500 à 2 mil empregos diretos”, continuou, animado, Frederico Paes.

Enquanto isso, mais de 80 homens trabalham pesado, de segunda a sexta-feira – abrindo algumas exceções aos sábados – para que tudo esteja restaurado, lubrificado e em pronto funcionamento. Esses operários, compostos em 80% por pessoas da localidade de Tócos, ainda recebem ajuda de trabalhadores das lavouras para a limpeza dos detritos gerados pela obra.

Em meio aos sons de matais das engrenagens se arrastando, faíscas explodindo e cerrando grandes peças de aço, ao cheiro de graxa, ferrugem e suor, fica clara uma certa pressa para concluir a reforma. Por isso os esforços não são aleatórios e se concentram, hoje, a quatro partes específicas do parque fabril: “A destilaria, a moenda, as caldeiras e a área de recepção da cana”, explica Levi da Silva, técnico de segurança do trabalho da Coagro.

Ele ainda conta que as obras começaram em outubro do ano passado, apesar de ainda estar em fase de preparação: “Tudo acontece com muita agilidade e o objetivo final é, principalmente, trazer modernidade para os produtores da Baixada Campista”.

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