Uma pérola de Péris Ribeiro, que brilhou no jornalismo esportivo
Saulo Pessanha - Atualizado em 23/07/2025 07:16
O jornalista Péris Ribeiro, levado domingo (20) por Papai do Céu, foi um brilhante cronista esportivo. Pesquisador dos melhores do país, escreveu três livros e ganhou vários prêmios literários.
Um dos prêmios mais significativos foi o que obteve na terra natal, ao ficar em primeiro lugar no 2º Concurso de Crônicas da Prefeitura, no ano de 1990, com “Didi, o Gênio da Folha-Seca”.
Quatro anos depois, a biografia de Didi acabou virando um livro de sucesso. Nele, Péris fez questão de viajar livremente através da saga gloriosa do ilustre conterrâneo.
A maior ambição de Péris Ribeiro era pela criação, em Campos, do Memorial Waldir Pereira em homenagem ao bicampeão do mundo falecido em maio de 2001 no Rio de Janeiro.
Na imprensa de Campos, em que começou em fins dos anos 60, Péris militou em dois jornais: A Notícia e Folha da Manhã. E não faltam, em sua carreira, fatos divertidos no dia-a-dia de labuta.
Em determinada noite, Péris chega ao jornal A Notícia, já por volta das 23h, e passa pela oficina a caminho da redação.
Procura então saber o espaço para a cobertura do jogo Goytacaz e Sapucaia, que havia sido realizado mais cedo, no Rio, na preliminar da Flamengo e Botafogo.
O espaço era pequeno, pelo adiantado da hora. Apenas duas colunas, com pouco mais de 10 centímetros de altura para uma nota sobre o amistoso arranjado pelo presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Eduardo Vianna, o Caixa D´Água, para que os dois clubes se exibissem no Rio de Janeiro, recebendo, em troca, um cachê.
Péris fez a nota, mas o título para a vitória do Goytacaz sobre o Sapucaia, em pleno Maracanã, pelo espaço curto, reservado pelo funcionário Capitólio, estava demorando a sair.
O jeito foi reduzir o tamanho das palavras. E saiu esta pérola:
“Goyta fatura Sapuca no Maraca”

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