Comemoração do Jubileu de Ouro da Faculdade de Odontologia de Campos com Rafael Corrêa Abrindo a Boca para Marco Barcelos
Marco Barcelos

1- Rafael Corrêa, qual a sensação de ser Coordenador da Faculdade de Odontologia e qual a programação prevista para as comemorações no Jubileu de Ouro?

R: Quando recebi o convite, em 2018, foi como um chamado. Havia me formado em 2002 e desde então segui minha formação de especialização, mestrado entre outros cursos em Instituições distintas, no Brasil e Estados Unidos. Ou seja, havia perdido a conexão com a antiga FOC (Faculdade de Odontologia de Campos), hoje UNIFLU, onde passei anos tão importantes em minha vida pessoal e profissional. Por isso, senti naquele convite a oportunidade de retribuir tudo que a Odontologia me deu. Desta forma assumi a Coordenação do Curso, ciente dos desafios, mas determinado a construir um legado que unisse a tradição do curso às novas tecnologias do ensino e da Odontologia Contemporânea.
Teremos um ano inteiro dedicado a comemoração deste Jubileu, mas nosso “pontapé” inicial será em nossa Semana Acadêmica, que acontecerá de 18 a 20 de maio, onde temos como objetivo resgatar nossa história, oferecer à comunidade acadêmica uma grade científica de peso e realizar um grande encontro de alunos, ex-alunos, professores e funcionários em nosso Campus.


2 - Com a fusão da Faculdade de Odontologia, Direito e Filosofia para UNIFLU, como ficou a parte organizacional?

R: A fusão e transformação destas importantes Instituições (FOC, FDC e FAFIC) para o Centro Universitário Fluminense (UNIFLU) ocorreu pela Portaria Ministerial de 25/10/2004. Desta forma, a Fundação Cultural de Campos (FCC) que era a mantenedora das faculdades, passa a ser a mantenedora do UNIFLU, que, enquanto Centro Universitário passa a ter em seu Organograma a figura de uma Reitoria e Pró-reitoria unificada, e que possui como subordinados os coordenadores dos cursos da Instituição. Assim, as decisões acadêmicas passam a ser centralizadas, guardadas as devidas especificidades de cada curso.


3 - A união da Faculdade de Fonoaudiologia a de Odontologia foi uma grande integração. Como a sociedade campista poderá ter acesso a estes importantes atendimentos?

R: O Curso de Fonoaudiologia chegou para somar dentro do Centro Universitário, reafirmando nossa vocação até então apenas pela Odontologia, de formar profissionais na área da saúde de vanguarda, que sempre se destacam no mercado de trabalho. Com a Fonoaudiologia não vem sendo diferente, e nossos serviços, tanto na Odontologia, como na Fonoaudiologia, são ofertados em nosso Campus II, na Rua Visconde de Alvarenga, 143, no Parque Leopoldina, local onde por muitos anos funcionou a antiga FOC (Faculdade de Odontologia de Campos), e que hoje concentra os dois cursos da área da saúde.


4 - Rafael Corrêa, há 4 anos coordenando a Faculdade de Odontologia, quais foram seus principais desafios e conquistas?

R: O desafio inicial era conhecido, e consistia em organizar melhor nosso Projeto Pedagógico, trazendo as novidades que a Odontologia experimentou nos últimos anos e conferindo um ensino moderno, com ferramentas contemporâneas. Além disso, adequar toda a estrutura do curso às exigências do Ministério da Educação (MEC) e fortalecer nosso tripé sustentador: o Ensino, a Pesquisa e a Extensão.
Porém, além dos desafios conhecidos, eis que em 2020, surge um obstáculo inesperado: a pandemia do Coronavírus. Com o apoio de nossa mantendedora, da Reitoria, além dos professores e claro, alunos, conseguimos estruturar, em tempo recorde, o ensino remoto, que perdurou por meses a fio. Mas sabíamos que a Odontologia não se ensina apenas de forma remota, as atividades práticas são insubstituíveis. Assim, em julho de 2020, após uma grande reforma em nossa estrutura, e após criar um Protocolo rígido de Biossegurança, elaborado por uma Comissão de Biossegurança própria, conseguimos retomar as aulas práticas, estágios e atendimentos clínicos, que são fundamentais para a formação do egresso, com toda segurança e controle. Podemos dizer que fomos a primeira Instituição de Ensino de Odontologia do estado do Rio de Janeiro a retomar estas atividades, fato que foi seguido pelas demais escolas de Odontologia em outros momentos.
Hoje, com a retomada do que consideramos nosso “novo normal”, muitos protocolos foram mantidos, por entendermos que seriam benéficos para a formação do nosso aluno e proteção dos mesmos, além de professores e funcionários.


5 - No início da década de 90 estava cursando a antiga FOC e prestávamos concurso para Suseme que era o melhor estágio concorrido por todas as faculdades do estado e tínhamos um alto índice de aprovação. Atualmente qual o grau de interesse dos acadêmicos no aprendizado e desenvolvimento de suas habilidades?

R: Hoje, a realidade difere um pouco de outrora. O acesso à informação é quase instantâneo, as ferramentas tecnológicas criaram novas possibilidades de aprendizado e a realidade dos desafios da profissão pode ser reproduzida de maneira muito mais fiel. Porém, novas Instituições surgiram em profusão, e que infelizmente não possuem o mesmo compromisso no ensino que sempre prezamos, onde o aluno passa a ser “cliente” e o diploma quase que uma “mercadoria” que pode ser comprada. Com isso, passa-se a nivelar um pouco mais abaixo, o que certamente favorece os cirurgiões-dentistas formados pelo UNIFLU, pois o que não mudou foi o padrão de destaque que nossos egressos apresentam quando se colocam no mercado de trabalho.
Temos o orgulho de observar ex-alunos se destacando no Brasil e até mundo afora, e que exibem com orgulho o carimbo da Odontologia do UNIFLU (leia-se também FOC), e que possuem um enorme carinho pela nossa Instituição.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Marco Barcelos

    [email protected]