Mês de abril, o que a Igreja ensina?
Pedro Henrique Figueiredo - Atualizado em 07/04/2025 09:35
Autismo 2 de Abril
Autismo 2 de Abril / Portal Divina Misericórdia
Todos são criados à imagem e semelhança de Deus. O catecismo da Igreja Católica enfatiza a importância da inclusão, do amor ao próximo e a valorização da vida de cada indivíduo, seja qual for suas limitações. No último dia 02 de abril, foi comemorado o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo. Não é muito diferente a Igreja, ela acolhe a todos sem distinção.
É importante se atentar, em um trecho relevante sobre o tema, o parágrafo 2276 do catecismo, que trata da dignidade das pessoas em qualquer condição:
“§2276. Aqueles que têm uma vida deficiente ou enfraquecida reclamam um respeito especial. As pessoas doentes ou deficientes devem ser amparadas, para que possam levar uma vida tão normal quanto possível”.
Além do mais, a Igreja ensina que cada pessoa tem uma missão no plano de Deus aqui na Terra e, as limitações físicas ou intelectuais não diminuem o valor de nenhum ser humano. O Papa São João Paulo II e o Papa Francisco (atual Papa) reforçaram várias vezes a necessidade de acolhimento e inclusão das pessoas com deficiência na sociedade e na Igreja (o Corpo de Cristo).
“Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
O Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC), localizado nos EUA, lançou um documento que atualizava a prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA). E já podemos ver uma mudança no cenário, cresce cada vez mais o número de diagnóstico de TEA.
"A Síndrome pode afetar crianças de qualquer raça ou cultura e a expressão dos sintomas pode variar de leve a severo através dessas três áreas fundamentais. É um transtorno invasivo do desenvolvimento que persiste por toda vida, incurável e, não possui causas conhecidas, porém terapias que trabalham na redução dos comportamentos indesejados têm sido frutíferas e aberto caminho para convivência social do portador." (OMS 2014).
A Igreja Católica, como instituição divina e humana não deve excluir os Autistas, considerando, portanto, o exemplo do seu Fundador que chama para o meio um deficiente físico na passagem de Marcos 3, 1-5, por exemplo.
As pessoas humanas, são nossos irmãos. Precisamos sentir o amor e compreender além do contato físico com essas pessoas, os Autistas. O amor se revela na compreensão de suas limitações e habilidades.

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