Marcão Gomes: Sobre a campanha de vacinação
- Atualizado em 19/01/2021 09:15
Marcão Gomes
Marcão Gomes
A vacinação nacional contra a covid-19 começou e a distribuição das doses da Coronavac para cada Estado foi iniciada na manhã desta segunda. Após o recebimento, caberá aos governos estaduais a definição sobre agendamento da vacinação dos grupos prioritários, formados por profissionais de saúde da linha de frente no combate ao coronavírus, idosos que vivem em asilos e indígenas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou neste domingo, 17, o uso emergencial de 8 milhões de doses das vacinas Coronavac (6 milhões) e Oxford/AstraZeneca (2 milhões).

Logo após a aprovação da Anvisa, o Estado de São Paulo iniciou a imunização de profissionais da saúde. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, autorizou o Plano Nacional de Imunização nesta segunda-feira, 18. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), já fez evento para começar a aplicação de doses em profissionais de saúde na capital paulista neste domingo, 17, e a campanha segue nesta segunda, com a vacinação desse grupo no Hospital das Clínicas da capital e em outras cidades do interior.

Conforme o Ministério da Saúde, os primeiros a receber as vacinas são os profissionais de saúde da linha de frente do combate à covid-19, idosos que vivem em asilos e indígenas. Essas pessoas vão receber a imunização nos locais onde vivem/trabalham, sob a coordenação de cada município. Cada Estado definirá a necessidade ou não de cadastro e os seus postos de vacinação, ou seja, ainda não é hora de se dirigir a postos de vacinação em busca de vacinação ou até mesmo de informações complementares. Em São Paulo, é possível fazer um pré-cadastro no vacinaja.sp.gov.br, que não é um agendamento, mas ajudará os profissionais a organizar o esquema de vacinação e evitar aglomerações.

Inicialmente, a vacina será aplicada apenas pelo Sistema Único de Saúde, de forma gratuita a toda população. Quanto a eficácia, significa que, de cada cem pessoas vacinadas que tiverem contato com o vírus, 50,38% não vão manifestar a doença graças à imunidade conferida pela vacina. Para quem acabar ficando doente, possui 78% de eficácia em relação a casos leves e 100% em relação a casos graves que precisem de assistência médica. As duas vacinas têm eficácia suficiente para ajudar no combate à pandemia.

A imunidade depende de cada vacina. Um imunizante geralmente demora de duas a três semanas para fazer efeito. As duas vacinas (Coronavac e Oxford/AstraZeneca) precisam de duas doses para atingir a eficácia total. No caso da Coronavac, as vacinas devem ser aplicadas com intervalo de 28 dias. Já a vacina de Oxford pode ter espaço de 21 dias a 3 meses entre as aplicações. As orientações dos profissionais são para que pessoas com febre aguardem para receber a vacina e quem está tomando antibiótico deve conversar com o seu médico antes.

Quanto maior o número de pessoas vacinadas, mais rápido terminará a pandemia, isso porque diminuirá a circulação do vírus, enquanto isso não ocorre é fundamental manter o isolamento sempre que possível e usar máscara e álcool em gel. Sigamos em frente.

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