Marcão Gomes: Vamos vacinar nossas crianças
Marcão Gomes - Atualizado em 05/01/2022 22:30
Marcão Gomes é advogado e suplente de deputado federal
Marcão Gomes é advogado e suplente de deputado federal / Divulgação
O resultado da consulta pública realizada pelo Ministério da Saúde sobre a vacinação em crianças de 5 a 11 anos de idade mostrou que a maioria se manifestou contrária à necessidade de apresentação de prescrição médica para vacinação. Ao todo mais de 99 mil pessoas participaram neste curto intervalo de tempo em que o documento esteve para consulta pública, sendo que a maioria se mostrou concordante com a não compulsoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidade. A maioria foi contrária à obrigatoriedade da prescrição médica no ato de vacinação.
Disponível por 11 dias, a consulta pública colocou em discussão a inclusão de crianças no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. O ministério tem se posicionado a favor de que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade ocorra mediante a apresentação de prescrição médica e o consentimento dos pais. Técnicos do ministério informam que a vacinação será realizada obedecendo a uma ordem, os primeiros a se vacinar seriam as crianças de 5 a 11 anos de idade com deficiência permanente ou comorbidades e crianças que vivam em lar com pessoas em alto risco para a evolução grave da Covid-19. Na sequência, se vacinam as crianças sem comorbidades. Primeiro as de 10 e 11 anos de idade, depois as de 8 e 9 anos de idade, em seguida as de 6 e 7 anos de idade, e, por fim, as de 5 anos de idade.
A vacinação em crianças de 5 a 11 anos de idade foi liberada pela Anvisa há duas semanas. A agência reguladora autorizou a aplicação da vacina da Pfizer, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que as doses para crianças de 5 a 11 anos de idade devem começar a chegar ao Brasil na segunda quinzena de janeiro. O laboratório Pfizer, fabricante do imunizante, confirmou o prazo previsto pela pasta.
O representante da Sociedade Brasileira de Pediatria defendeu a prioridade na vacinação de crianças na faixa etária proposta. Segundo o médico, os dados mostram que, apesar do número de óbitos de crianças em decorrência da doença seja menor do que em relação à população adulta, as crianças têm mais chances de morrer quando estão internadas. A cada 15 crianças hospitalizadas com Covid-19, uma delas, infelizmente, acabava sendo vitimada com Covid e boa parte das que sobreviveram ficou com sequelas cognitivas, respiratórias, cardiovasculares, além do impacto que essa doença traz.
A ciência nos mostra que todas as vacinas até hoje utilizadas realizaram um papel fundamental naquilo que é o principal objetivo da vacinação: prevenir hospitalizações e complicações da doença. A Covid-19, graças à vacinação, deixou de ter o impacto de hospitalizações e mortes que teve desde o início da pandemia, mas a gente não pode menosprezar essa nova variante, a Ômicron.
Sigamos em frente com vacina no braço!

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