O corpo clínico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarus paralisou mais uma vez os atendimentos ambulatoriais, exceto os emergenciais, desde as primeiras horas desta terça-feira (07), por tempo indeterminado. O comunicado ao Sindicato dos Médicos de Campos (Simec), órgão sindical que representa a categoria médica no município, foi feito na tarde de segunda-feira (6). O motivo, de acordo com a nota, é o não pagamento dos salários relativos ao mês de outubro dos 44 médicos que atuam na unidade hospitalar. Este é o terceiro movimento de paralisação na unidade em menos de três meses pelo mesmo motivo. Em nota, o Governo do Estado negou a paralisação na unidade e disse que a secretaria de Estado de Saúde (SES) realizará nesta quarta-feira (08) o pagamento referente aos meses de novembro e dezembro para a Organização Social (OS) Instituto Lagos Rio, que é responsável por repassar o pagamento dos médicos da UPA-Campos.

Segundo o comunicado dos profissionais, representantes do Instituto dos Lagos Rio teriam afirmado, durante reunião, realizada no último dia 25, que os salários relativos ao mês de outubro seriam pagos entre os dias 30 de novembro e 5 de dezembro (domingo). O que não teria ocorrido.

A diretoria efetiva do sindicato, em nota, “reitera a fundamental importância da manutenção da pontualidade do pagamento dos vencimentos salariais dos trabalhadores e comunica que está adotando as medidas cabíveis para a breve solução do caso, com a finalidade de evitar que a lesão financeira, de origem comum, que atinge aos médicos da UPA-Campos, perdure e que os profissionais permaneçam sob a ausência de previsibilidade do ordenado em aberto”.

Ainda segundo a nota do Estado, o "pagamento estava pendente porque a OS não havia apresentado documentação que precisa ser repassada à SES a cada faturamento, conforme previsto em lei. O valor será creditado na conta da organização até o fim desta semana, devido ao fluxo bancário".

A Secretaria de Saúde informou, ainda, que está implantando um sistema de prestação de contas em tempo real para melhor controle das despesas das OSs que administram unidades do estado. "Desde setembro, todos os editais de seleções de organizações sociais voltados para a gestão de unidades de saúde trazem uma cláusula que obriga as OSs contratadas a implantarem uma plataforma eletrônica com o objetivo de sistematizar os procedimentos de prestação de contas. Três editais já foram publicados com esse item", concluiu.