Luta contra a Aids com homenagem ao trabalho de Fátima Castro
Dora Paula Paes 01/12/2021 14:31 - Atualizado em 01/12/2021 15:04
  • Encontro marca o dia de luta contra a Aids

    Encontro marca o dia de luta contra a Aids

O Dia Mundial de Luta contra a Aids, nesta quarta-feira (1º), chama atenção para o Dezembro Vermelho na Associação Irmãos da Solidariedade, há 33 anos símbolo de resistência e luta em favor dos portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em Campos. Com a presença do secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano; da primeira-dama, Tassiana Oliveira; do padre da Paróquia Santo Antônio, Walace Azevedo; do médico infectologista, Nélio Artiles; colaboradores da casa e assistidos, o trabalho realizado pela presidente da instituição em todos esses anos, Fátima Castro, foi reverenciado. "Uma luta árdua, sem trégua para o preconceito, mas que se tivesse que ser feito todo de novo, eu faria", disse ela.
A associação conta 40 moradores e assiste a mais de 100 pessoas. Também é cheia de história e de amor, o que não deixou de ser exaltado por Paulo Hirano. Os presentes lembraram que no início da atuação, quando o trabalho começou a ser realizado em Campos, a associação teve até ameaça de ser incendiada.  
"É um dia para refletir sobre a vida. Às vezes a ciência não consegue superar o momento, mas no final o que supera é o amor. Quando não se pode resolver, aquela palavra de carinho, aquele gesto, essa força que tem o abraço é muito mais do que um remédio ou intervenção média. A Fátima ensinou a todos nós isso", disse o secretário, que foi acompanhado nas palavras pela primeira-dama.
Representando o prefeito Wladimir Garotinho, Tassiana levou o abraço à Fátima e à equipe e reforçou que as portas da secretaria estão abertas para demandas. "A gente tem muito orgulho pelo trabalho realizado aqui de prevenção, orientação e cuidado", disse.
Para o médico infectologista Nélio Artiles, a palavra que define essa data e a própria Fátima é "reflexão". "Desde o início da década de 1980, a gente participa junto deste enfrentamento a uma doença desconhecida. Envolveu a questão discriminatória também, com denominações como 'doença de gay', uma doença que incorporou a questão imunológica à social. E ainda hoje existe essas dificuldades dentro das famílias, da sociedade, o medo do julgamento. Na verdade, a doença acomete qualquer um de nós. Hoje, existe uma cura funcional tomando os remédios", destaca.
Artiles disse que a Aids não acabou, porém pouco se vê de campanhas dos governos. "Ela continua presente, afetando dos jovens aos idosos, muitas vezes isolados por falta de informação, trazendo atraso no diagnóstico e tratamento. E a pandemia da Covid-19 trouxe um agravamento muito grande desta questão. Muita gente deixou de ir aos ambulatórios e hospitais", concluiu.
 O padre Walace, no momento da oração, destacou: "que falte tudo, menos a fé".
 

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