Empresas anunciam investimentos para ajudar indústria naval fluminense
O estado do Rio de Janeiro deverá receber uma importante parcela dos investimentos programados pela Shell e Equinor para o Brasil, ajudando a movimentar a indústria naval fluminense. Representantes de dois dos principais players do setor de óleo e gás anunciaram novos investimentos, durante reunião virtual da Comissão Especial de Indústria Naval, Offshore e de Petróleo e Gás da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nessa segunda-feira (13). Executivos e parlamentares discutiram também como o poder público pode ajudar a impulsionar a indústria marítima.
O gerente de relações governamentais da Shell, Thomas Lucena, afirmou que a empresa desenvolveu 160 projetos de pesquisa e inovação no Brasil, e que 82 deles foram realizados no Rio de Janeiro. Além disso, Lucena disse que a empresa deve investir mais R$ 1,6 bilhão no Brasil nos próximos cinco anos. “Metade dos projetos realizados pela Shell tem como executor primário uma instituição localizada no estado do Rio, são 42 desenvolvidos com universidades e outros 40 com instituições de pesquisas ou nossos fornecedores. A UFRJ é uma grande parceira nossa. De 2016 a 2020, tivemos 29 iniciativas com eles, que somam R$ 360 milhões em investimento. São 16 laboratórios e 360 profissionais envolvidos”, ressaltou.
Já o diretor de contratos e suprimentos da Equinor, Rafael Amaral, disse que a empresa - presente há 20 anos no Brasil - já investiu U$ 11 bilhões e vai disponibilizar mais U$ 15 bilhões até 2030. “Pretendemos destinar esse investimento para o desenvolvimento de projetos, operação e manutenção e recursos renováveis. No meio desse orçamento, há a contratação de prestadores e fornecedores do Rio de Janeiro, que vão contribuir para a geração de emprego e renda no estado”, comentou.
Comissão passará a ser permanente
Durante a reunião, o economista Mauro Osório, diretor-presidente da Assessoria Fiscal da Alerj, antecipou que está em fase de conclusão uma segunda nota técnica a ser emitida sobre o setor. A Comissão Especial de Indústria Naval, Offshore e de Petróleo e Gás pode vir a integrar as Comissões Permanentes da Casa, o que animou seus integrantes.
— É preciso reforçar a escuta sobre a indústria naval offshore para compreender de que forma as esferas estadual e federal podem contribuir para a melhoria desse cenário econômico. Dessa forma, as empresas que operam no Brasil poderão contribuir também com a economia do nosso estado — disse presidente da Comissão, deputada Célia Jordão (Patriota).
Fonte: Alerj

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